quarta-feira, 31 de março de 2010

46 anos dos piores dias da nossa história

 
Muitos registros apontam como a noite do dia 31 de março, outros na madrugada das primeira horas do dia 1º de abril, mas como não queriam que coincidisse com o dia da mentira e ficasse na história, o dia golpe, ou revolução para eles, foi marcado no último dia de março de 64.

O dia pouco importa, a mentira que as forças armadas implantaram no país com apoio dos conservadores, principalmente de São Paulo, da UDN, do poder financeiro e monitorados pelo governo norte-americano que juntos desmontaram a nação.

Em um primeiro momento em 64, rasgou-se a constituição, acabaram com o país que se organizava, partidos políticos, todos os movimentos sociais, forças sindicais, entidades representativas dos estudantes, as liberdades de expressão e cultura, o direito de ir e vir, e o pior do golpe que torturou, humilhou e matou centenas de brasileiros.

Mais de 140 continuam desaparecidos, outros afirmam que esse número pode ser maior, muitas famílias ainda não tiveram o direito de enterrar seus entes. A história não confirma, mas aponta os indícios que foi na madrugada do dia 1º, o dia da mentira.

Não tenho certeza de que hora aconteceu, mas a noite do acontecimento deve lembrar a imagem da foto acima. Hoje a única coisa que contraria a mentira, é a instalação da "Comissão da Verdade" para apurar tudo que o golpe de 64 escondeu durante todos esses anos.

terça-feira, 30 de março de 2010

Nem todos conseguem ver as margaridas

A mídia golpista e alienada não mostra em sua programação de TV e nem nas capas de revistas e jornais a luta diária de mulheres trabalhadoras rurais por esse imenso país. Mulheres que trabalham 12, 14 horas diárias lavrando a terra e garantindo a produção de alimentos e cuidando da família, como as mulheres da agricultura familiar.

Grande espaço da programação e noticiário prioriza os casos de depravação de Paris Hilton, a socialite que tem fama internacional de devassa, ou as constantes prisões por alcoolismo do Noemi Campbell, ou Britney Spears, entre outras, como Madona que José Serra fez questão de recebê-la no Palácio dos Bandeirantes. A quem isso interessa?

A TV Globo prefere mostrar os glúteos femininos no BBB- Bial-Boçalidades-Besteiras, a TV é uma concessão do governo e faz parte da legilslação ter programação educativa e voltada a cultura do país. O formato do programa é importado. E nesses meses após o besterol segue a novela onde mostra traições, as mulheres e seus conflitos.Nada contra a beleza feminina, só a favor. Mas, é isso que querem ver?

Poucas pessoas conhecem a vida de milhares de trabalhadoras rurais como as integrantes do movimento Marcha das Margaridas, nome cooptado de uma líder sindical, Margarida Alves, que foi brutalmente assassinada na porta de sua casa com um tiro no rosto disparado por um homem encapuzado que atirou com uma espingarda calibre 12.

Margarida Alves foi assassinada a mando de usineiros na Paraíba por vingança, pelo fato que ela tinha denunciado o trabalho escravo cometido na Usina Tanques ao Ministério do Trabalho. 
De propriedade de Zito Buarque, a usina foi acusada de abusos contra canavieiros e o descumprimento da legislação trabalhista. 
Dos cinco acusados de serem os mandantes do crime, apenas dois foram julgados e absolvidos: Antônio Carlos Coutinho e José Buarque de Gusmão Neto, conhecido como Zito Buarque.

Agnaldo Veloso Borges já faleceu e os irmãos Amaro e Amauri José do Rego permanecem foragidos.Com repercussão internacional, o processo Margarida Alves está na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). 

Mesmo com a absolvição de Zito Buarque, a corte internacional permanecerá examinando o caso. José de Arimatéia Alves nunca mais vai se esquecer do dia 12 de agosto de 1983. Ele tinha apenas dez anos quando viu sua mãe, a líder sindical Margarida Alves, ser assassinada quando estava na porta de sua casa.

A cena do corpo de sua mãe todo ensaguentado e jogado no chão perturba José Arimatéia há 26 anos.A história de Margarida Alves e da luta das mulheres do campo é sem dúvida um retrato daqueles que lutam pela reforma agrária, pelos direitos dos trabalhadores do campo e da cidade, e pela igualdade social e por garantir a produção de alimentos.

A vida das mulheres trabalhadoras rurais não deve interessar a mídia alienada, golpista e também aos que não conseguem enxergar as margaridas e nem a necessidade da reforma agrária.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Funcionalismo deveria ser acionista do Governo Serra, do Metrô, das Concessionárias

Nos três primeiros meses do ano várias categorias do funcionalismo público estadual descerraram movimentos por reajustes salariais, os investigadores da policia civil, os delgados que estão em operação padrão, os professores há quase um mês em greve, e os da saúde em estado de greve, e devem parar nos próximos dias.

Muitos estão sem reajustes há cinco anos, outros mais de 7 anos e recebem desde 2000 o vale-refeição de R$ 4,00, conhecido como vale-coxinha, que é o que dá para comprar, e ainda reivindicam planos de carreira, sempre prometido, mas nunca cumprido pelo governo de estado de São Paulo.

O piso salarial de um professor de ensino básico foi estabelecido pelo Ministério da Educação em R$ 950,00, sem qualquer demérito, nenhum professor recebe menos que isso no Piauí.

Acreditem em São Paulo, cantado em prosa e verso como maior estado do país tem professor da rede pública estadual recebendo menos que R$ 900,00. Além de R$ 80,00 como auxilio alimentação, que é 20 dias de trabalho multiplicado por R$ 4,00, olha o vale-coxinha de novo.

A polícia militar paulista é uma das que tem o menor teto salarial, em comparação com outros estados. O orçamento de São Paulo passa da casa dos 130 bilhões de reais. E desde o ano passado quando foi aprovado não previa aumento para o funcionalismo.

A lei de responsabilidade fiscal, LRF, prevê o gasto com o funcionalismo em média 47% e no máximo 49% do orçamento, o governo Serra nesses últimos três anos manteve a média de 41% do orçamento com a folha do funcionalismo público, portanto 8% abaixo do limite.

Cada um por cento representa quase um bilhão e meio de reais, e os funcionários estaduais não receberam nenhum reajuste. Os que receberam abono ou valores do plano de incentivo alegam que abono não é salário, e não é mesmo.

O deputado Sidney Beraldo que responde pela secretaria da Gestão Pública até quarta-feira, se afasta para se candidatar a deputado federal, declarou ao jornal Valor Econômico nesta semana ao ser indagado sobre o teto da LRF e as reivindicações salariais do funcionalismo:

A decisão foi política, preferimos investir em obras que poderão ser usada por toda a sociedade”. E ainda completou, “se dermos o dinheiro para os servidores, se comprometemos muito as despesas, não podemos fazer obras como o Rodoanel, estradas e o Metrô”.

O secretário Beraldo ainda disse, “Que não podemos aumentar o vale-refeição de R$ 4,00 para R$ 14,00, o cobertor é curto, não dá para fazer tudo”. Será que ele também come coxinha no almoço, é a dúvida que fica.

O secretário da Gestão Pública foi direto em suas respostas ao repórter, mas deve ter pensado, “Em vez de pagar o funcionalismo é melhor fazer rodoanel, estradas, que ainda dá para encher de mais pedágios”.

Penso que todos os funcionários estaduais deveriam reivindicar ações das estradas, do Metrô, pois segundo Beraldo, é com arrocho do funcionalismo que o governo Serra consegue construir.

Já que o Governo Serra não usa a margem da verba disponível do orçamento para dar aumento ao funcionalismo e prefere utilizar em obras, pelo menos deveriam dar aos servidores públicos ações, do Metrô, do Rodoanel, das praças de pedágio.

O funcionalismo poderia ter ações das diversas concessionárias das estradas paulistas que têm 177 pontos espalhados pelo estado e que cobram as tarifas de pedágios. Com a inauguração do novo trecho do Rodoanel está prevista a criação de mais 12 praças de pedágios.

sábado, 27 de março de 2010

Assembleia na quarta-feira decide greve da saúde

As entidades representativas dos Servidores da Saúde de São Paulo marcaram uma assembleia geral da categoria, é aguardada a presença dos trabalhadores em frente a quadra da saúde como é conhecida a região do Hospital das Clínicas, no dia 31/03, quarta-feira, às 10 horas em frente à secretaria da saúde, ao lado do INCOR.

No mesmo horário, os trabalhadores do IAMSPE realizarão um ato público em frente ao prédio da Administração do Instituto e em seguida se juntam ao ato da saúde. A avaliação da direção do sindicato da saúde é que às 48 horas de paralisação foi bem sucedida, pois contou com grandes unidades na capital e no interior. 

Muitas realizaram paralisação de 24 horas e em outras unidades os trabalhadores organizaram manifestações. A paralisação conseguiu atingir seu objetivo de ampliar a mobilização da campanha salarial deste ano.Os servidores da saúde aguardam uma contraproposta do governo do estado. 

Para a imprensa, a Secretaria de Gestão Pública disse que analisa as reivindicações. Segundo os dirigentes de entidades da categoria, se o governo não apresentar nada, a tendência é de que a próxima assembleia delibere greve por tempo indeterminado.

Sérgio de Oliveira, dirigente da associação dos servidores do Hospital das Clínicas declarou, "O governo Serra tem que respeitar e valorizar a nossa categoria, somos mais de 100 mil servidores em todo o estado, e temos uma missão e um dever com esse movimento, a luta pelo reconhecimento dos servidores e pela saúde da população, principalmente a do SUS, a mais carente".

sexta-feira, 26 de março de 2010

Serra manda dá um abraço nos servidores

Os servidores da saúde em estado de greve, os professores em greve, os delegados da policia civil em operação padrão, todos por reivindicarem reajustes salariais congelados há anos, o valor pago pelo vale-refeição, que também é conhecido como "vale-coxinha" de R$ 4,00 que os servidores da saúde recebem desde 2001.

Os professores recebem também R$ 80,00 como auxílio alimentação, que dá no mesmo, são 20 refeições  por mês a R$ 4,00 para repor as energias. O pior que agora ninguém pode carregar uma faixa, um cartaz, ou manifestar-se principalmente quando o governador Serra está presente em alguma inauguração, por lá vem repressão.

Para se ter uma idéia de como o valor do vale-refeição do Governo Serra é defasado como mostra a pesquisa da  Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação convênio para o trabalhador) que apurou em recente levantamento sobre o valor médio pago aos trabalhadores ficou 45% abaixo do preço cobrado nos restaurantes.

O preço praticado no país referente ao valor cobrado pelos restaurantes ao trabalhador em 2009 foi de R$ 18,20 por refeição. Para o presidente da Assert, Artur Almeida, os benefícios em 2010 precisam ser revistos, e declarou que a legislação vigente prevê que as empresas privadas e públicas devem oferecer um valor adequado para o trabalhador.

A Assert realizou a pesquisa de preços em 3.224 estabelecimentos que operam com o sistema de vale-refeição em 22 cidades. Entre as cinco regiões do país, a refeição composta por prato principal, sobremesa e café a região Sudeste, com R$ 19,10 é a mais cara, não incluída a inflação dos meses de outubro/09 a março/10. 

Além dessa enorme diferença de R$ 4,00 pago pelo vale-coxinha do Governo Serra para o custo médio da refeição em São Paulo de R$ 19,10, agora tem também  o abraço dado pela segurança do governador. Qualquer manifestação antes ou depois do almoço, tem como opção no cardápio dos servidores abraços com molho de gás pimenta da truculência de Serra

domingo, 21 de março de 2010

Só tem um jeito de acabar com o MST

O movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento iniciado no final dos anos 70 e início dos anos 80 a partir da ação aglutinadora de entidades comprometidas com uma luta efetiva pela terra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada aos setores progressistas da Igreja Católica, é o melhor exemplo.
Os "excluídos" e "marginalizados" pelo desenvolvimento capitalista no campo encontraram um canal de expressão e puderam manifestar-se e se organizar através do MST.
A constituição e o crescimento do MST é, em parte, uma resposta ao próprio modelo de desenvolvimento capitalista da agricultura implementado durante o regime militar e à concentração da propriedade da terra dele decorrente.
O momento atual, o objetivo dos trabalhadores aglutinados pelo MST é, acima de tudo, fugir do desemprego, do subemprego, ou mesmo da possibilidade de, num futuro próximo, tornar-se um desempregado.
Uma espécie de busca de um "porto seguro", ou seja, como um meio capaz de garantir o sustento próprio e também o de suas famílias, longe da insegurança do emprego na cidade ou no campo
O MST também registra em sua história, e com especial orgulho, as 100 mil crianças e adolescentes que estão estudando em escolas conquistadas em suas áreas de assentamento e acampamento, as cirandas infantis, que aos poucos vão produzindo a cultura da educação infantil no campo.
O MST pode também ser definido como o “Movimento Sem TV”, pois a exposição na mídia dos casos envolvendo integrantes do movimento é sempre mostrada com a intenção deturpada pela violência.
Principalmente as redes de TV em que seus proprietários não são comprometidos com as causas sociais de país, e ainda fazem coro com a mídia impressa na divulgação dos casos em que envolve o MST. A mídia golpista.
O mais recente caso de distorção dos fatos aconteceu nas terras pertencentes a união, em Iaras - SP, onde a mídia destaca que o movimento invadiu as terras da Cutrale.
Quando a verdade só foi confirmada em divulgação da empresa que monopoliza o setor do agrosuco, a Cutrale, que devolveu à união as terras invadidas por ela antes de plantar o laranjal que foi amplamente mostrado destruído.
Em entrevista a imprensa João Pedro Stédile declarou que o movimento visava mostrar como empresas, até  multinacionais, invadem terras da união.
Ao ser perguntado como evitar as cenas que aconteceram no laranjal e qual solução para acabar com esses atos. Stédile não titubeou, e disse  "O MST só vai acabar quando aprovarem a reforma agrária". A reforma agrária não vai acabar com movimento e sim concretizar a justiça social no campo.  

sexta-feira, 19 de março de 2010

Servidores da saúde de São Paulo param por 2 dias

Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 19/03, os servidores da saúde aprovaram um protesto com  paralisação nos próximos dias 22 e 23, 2ª e 3ª feira dos serviços de saúde no estado de São Paulo. O movimento visa informar aos usuários dos serviços de saúde as péssimas condições de trabalho, e a falta de reajustes salarial a mais de quatro anos e do vale-refeição que desde 2000 é de R$ 4,00.

"É importante a população saber que as terceirizações e  privatizações promovidas pelo governo Serra acabam prejudicando a todos e principalmente os pacientes que tem como única opção de atendimento médico o Sistema Único de Saúde (SUS)", declarou o presidente do sindicato da categoria, Benedito Augusto.

O modelo de gestão implantada pelo governo Serra pretende privatizar todos os serviços pelas OSS - Organizações Sociais de Saúde. Os funcionários da saúde de São Paulo querem o fim das OSS e o retorno das unidades e serviços terceirizados para administração direta no estado.

Defender a saúde é lutar pela vida. Os profissionais e usuários do SUS  sabem que as privatizações, nas formas escancaradas ou amiúde como as OSS,  não significou nenhuma melhora na oferta de serviços e tampouco em condições de trabalho mais dignas aos servidores da saúde.

Após a resolução da paralisação os servidores da saúde reunidos no centro da cidade, na quadra dos bancários, seguiram em direção a avenida Paulista para se juntarem aos professores. Ambas categorias realizam uma manifestação em conjunto e exigem do governo Serra melhores condições de trabalho, nas áreas da saúde e educação. Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=snQRTvJfHOQ

segunda-feira, 15 de março de 2010

Precisa-se de papagaios, tratar com os tucanos


Uma das táticas do PSDB para alavancar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, à Presidência da República, será a contratação de pessoas para depois de submetidos a um curso sairão pelas ruas e vão tentar convencer as pessoas que o PSDB é melhor. 

O partido decidiu que usará à exaustão o poder de convencimento de seus filiados em áreas e estados onde a campanha do tucano ainda não decolou. Todo mundo sabe que o PSDB não tem militância, assim como o DEM, e precisam agir também nas campanhas com uma de suas grandes virtudes, como no seu jeito de governar, privatizar tudo, até a militância. 

A sigla já iniciou o cursinho para treinar os contratados e filiados que estão sendo chamados de "multiplicadores". A ação começou em estados da Região Nordeste e agora vai ganhar corpo Brasil afora.

Imagino como será uma das apostilas do curso, e destaco alguns itens que segundo os tucanos é para afastar fantasmas que assombram o imaginário do eleitor, em que o PT desenvolve com mais sucesso que o PSDB. Para os tucanos e demos deve ser difícil falar com o povão, então vamos ao curso.

PSDB. Curso para convencer os eleitores
1. Não falar nem por descuido as letras DEM que podem ser ouvidas tanto no começo ou no fim de qualquer palavra, como DEMorar, DEMônio, DEMente, e peDEM, entre outras. Cuidado quando estiver pelo nordeste e comer qualquer comida típica e não falar sobre a receita com óleo de DEMdê, pode dar confusão e azedar a conversa.
2. Dialogar com as pessoas e tentar convencê-las que privatizações acontecem desde que Cabral chegou por aqui, e que o fato da privatização de muitos serviços só trouxe benefícios, com pequenos probleminhas, como a telefonia, onde a conta de telefone, uma das tarifas mais caras do mundo. Assim como a banda larga, que é lenta e cara, e quase sempre não conecta e fica muito a desejar.
3. Dizer que o Bolsa-esmola, ou melhor, o bolsa-família vai continuar e será melhorada. Só não contar que nordestino e nortista não terão mais direito para aprender que não pode apoiar tanto assim o Lula.
4. Não falar com aposentado, pois ele pode lembrar que foi no governo de FHC que inventaram o fator previdenciário, aquele que diminuiu a aposentadoria.
5. Não ir à periferia das cidades governadas pelo PSDB e DEM, porque eles já descobriram que nós não gostamos de pobre. Se conversar com algum morador desses locais não fale para ele que não pode jogar lixo nos rios, e que se encontrar algum nortista e nordestino não lembrem que deveriam voltar para a cidade de origem.
6. Se você multiplicador quando a campanha começar em outras regiões, não se esqueça se passar em Brasília desminta que o Arruda, que tá preso, era o preferido de Serra para ser o vice na chapa.
7. Se estiver em Minas Gerais diga para as pessoas que Aécio Neves não quis fazer parte da chapa. E nem fizemos a eleição de quem seria o candidato porque Aécio sabia que iria perder.
8. No Sul, principalmente no Rio Grande não falem da Yeda Crusius, nem que ela apóia o Serra e nem façam brincadeiras com o nome dos candidatos para ser simpático, como, aqui estamos com Yeda Crusius e Serra “Cruzes”, faça um nome da cruz.
9. Na capital paulista digam que Serra brigou com o Kassab, e nem falem por qualquer motivo em falta de serviços de limpeza, uniforme escolar, porque até agora não entregaram, salas de aula sem carteiras, que não se limpa o rio Tietê a mais de três anos e que gastaram mais com pista de corrida da Formula Indy do que limpeza pública, e deu ainda muita enchente e falta de energia elétrica. 
10. Salário Mínimo agora está quase 300 dólares e na época do FHC, o guru do nosso candidato Serra, era só 78 US. Nem pensar em falar que o real valorizou, e no fim não vão entender nada, fiquem quietos.
11. Se fizerem comparação com a popularidade de FHC e a de Lula, que apóia a nossa adversária Dilma, mudem de assunto e levem a conversa para algo como "pular a idade". Não fica bem ficar falando que FHC quando saiu do governo a sua aprovação era de 26% e a de Lula chega ou passa de 80%.
12. Cuidado quando alguém responder em inglês a pesquisa ou a sua pergunta, ”você conhece o Serra?”, não se assuste, deve ser algum dos nossos investidores loucos para nós ganharmos e poder comprar bem barato mais alguma estatal. É gente nossa.
13. Se precisarem de atendimento médico e estiverem em São Paulo, Rio Grande do Sul, e Minas Gerais, não entrem nos hospitais públicos. Se notarem na sua prancheta o tucano, vão querer te bater, pois todos os governadores dessas cidades são do PSDB, tucanos, e nos últimos quatro anos pegamos o dinheiro do SUS e aplicamos no mercado financeiro. E pessoal da fila de espera e os das macas em corredor também já estão sabendo. 
E finalmente, se ver ou perceber pessoas com faixas andando nas ruas, gritando frases, do tipo "O petróleo é nosso" ou "tem que ser nosso", esconda a prancheta da pesquisa com o logo do tucano. Eles também sabem que se ganharmos a eleição vamos fazer de tudo para vender a Petrobras, o Petro-sal, Banco do Brasil, e tudo mais que acabar ou começar com bras.

sábado, 13 de março de 2010

Vexame, pista de gelo de Kassab e da Band


Três meses de obras para trazer um evento que movimenta milhões de reais, com custo de R$ 20 milhões, com um circuito montado em menos de três meses. Este item foi bastante exaltado pelo prefeito Gilberto Kassab e pelos organizadores da prova na apresentação oficial da prova, no Anhembi.

"Os custos para essa prova, quero registrar, pois são públicos, vão gerar uma receita de R$ 120 milhões. Gastamos R$ 12 milhões com cota de patrocínio mais R$ 8 milhões nas obras de infraestrutura. Esse custo vai diminuir, porque vamos reaproveitar muitas coisas, já que nós assumimos custos para os próximos anos.

A empresa que vai desmontar a pista é a mesma que vai armazenar e transportar tudo", disse o prefeito do trânsito caótico. A montagem da pista e toda a infraestrutura foram motivos de preocupação do prefeito. "O grande desafio foi, nas primeiras semanas, fazer todos acreditarem que era possível.

No início, o prefeito Kassab e Caio Luiz Carvalho, presidente da SPTuris, tínham a preocupação, de como fazer da forma correta, mostrar que era possível fazer isso em três meses". 

Após a reclamação dos pilotos sobre a falta de aderência da pista do Anhembi, a organização da São Paulo Indy 300 decidiu adiar o treino classificatório para a manhã do dia seguinte, domingo.O escocês Dario Franchitti, um dos pilotos mais experientes da categoria, disse que jamais viu "tamanho absurdo" na Indy. 

É uma vergonha o Brasil ter uma pista como essa. Lamento que a estréia da categoria na temporada seja nessas condições, ressaltou. E o vexame foi visto por mais de 200 países segundo a TV Bandeirantes. 

Só que o fiasco não deu para esconder, não estamos preocupados com o mundo da formula Indy, e nem com seus milionários patrocínios, nada disso é mais prioritário do que manter a marginal Tietê em boas condições de tráfego, coisa que nem a prefeitura de kassab e nem a secretaria de engenharia e transportes do governo Serra conseguem. 

Fica o registro do vexame em trazer um evento internacional e passar pelo fiasco em ter que suspender a etapa de classificação da corrida, para que não tem competência de manter a limpeza pública, os vários casos de incompetência administrativa para evitar os alagamentos de ruas que nunca registraram enchentes, entre outras desmazelas da administração municipal e estadual de São Paulo, a suspensão da etapa de classificação foi mostrada para o mundo. 

Vexame de Kassab com suas explicações pouco convicentes, pois a pista está em reforma nesse momento. O vexame fica também para o jornalismo da TV Bandeirantes que não soube explicar como o autódromo feito as pressas virou uma pista de gelo, sem nenhuma aderência. Os carros pareciam estar em uma versão da "Olimpíadas de Inverno de Vancouver" em pleno verão paulista.

Parabéns Arruda, mas conta tudo

O ex-único governador do DEM completa hoje um mês de prisão. Muitas coisas aconteceram nesses 30 dias em que o José Arruda, ex-filiado do DEM, que até hoje não se sabe, se saiu ou foi saído do partido, ex-quase candidato a vice da chapa José Serra e José Arruda, ex-senador e ex-líder do governo FHC no Senado e também ex-fraudador do painel de votação do Senado Federal junto com Antonio Carlos Magalhães, o ACM.

Muitos comentários nesse período de confinamento em uma sala da Policia Federal, com frigobar e ar condicionado, a votação pela instalação do processo de impeachment de Arruda, a expectativa de renunciar ao mandato, o julgamento do pedido de habeas corpus, entre outras coisas, até a falsa doença.

Mas, um fato chamou atenção de todos, uma carta escrita por Arruda entregue aos seus advogados que segundo o próprio Arruda relata o envolvimento na distribuição de propinas a apoio a candidaturas de altas personagens do DEM e até do PSDB, o parceiro predileto dos demos. No final, só existe uma saída honrosa para o benfeitor Arruda após apagar a velinha no panetone, "Conta tudo Arruda". 

quarta-feira, 10 de março de 2010

A turma dos sete


Esse era o nome de um programa infantil dos anos 60, formado por sete garotos que na hora dos testes finais aconteceu uma surpresa, o programa continuou com o nome, a turma dos sete, mas uma revelação de última hora acabou alterando para oito o elenco de garotos que faziam diabruras, afinal eram todos inocentes.

O índice de audiência foi maior da TV na época e transmitido pela TV Record, super premiado o programa passou a ser um fenômeno de audiência e aprovação popular.

E por falar em aprovação popular logo vem à cabeça os recordes de aprovação popular do presidente Lula, que gira em torno de 80%, E seu governo, segundo a última pesquisa do Datafolha, assim como outras, bateu o recorde na história da pesquisa com 72% de aprovação, 21% que o consideram regular e somente 7% que o reprovam.

Em outras pesquisas de popularidade do presidente e aprovação do seu governo como a da CNT/Sensus, Vox Populi, os números se alteram muito pouco. A do IBOPE é que foge um pouco, não muito, de todas as outras pelos motivos já conhecidos.

Mas, quem é da turma dos sete? Dos 7% que reprovam o governo Lula. Fico a pensar quem seriam os seus integrantes.

Passo os olhos pela mídia e localizo os sete primeiros que mais se destacam desse segmento, conhecida como a turma do PIG, As emissoras de TV, Globo, e Bandeirantes, os jornais O Estadão, Folha de S.Paulo, O Globo, as revistas, Veja, e IstoÉ.

Talvez sejam só esses que fazem parte a turma dos 7% que rejeitam e reprovam o governo Lula. Mas, não satisfeito comecei a procurar nos coleguinhas que estão a serviço dessa grande mídia golpista e achei outros sete destaques pertencentes a turma.

Boris CCCasoy, Arnaldo Jabor, Mirian Leitão, Clovis Rossi, Eliane Catanhêde, Alexandre Garcia, Lúcia Hipólito, mas como tão poucos para justificar a projeção dos 7% da população, com dizem as pesquisas, falta gente, e acabei achando.

Os líderes e dirigentes de partidos, movimentos ou grupos, como os membros do Instituto Millenium, os exaustos integrantes do Movimento Cansei, os ruralistas democráticos da UDR, a clientela da Daslu, o quase extinto partido político DEM, outro partido que quase não existe, o PPS, e o maior deles, a legião dos tucanos do PSDB.

Uma característica em comum de todos os integrantes da turma, nenhuma preocupação com as classes menos favorecidas da população, com as desigualdades, a preocupação maior é com a sua raça, a “elite branca”. Pode estar faltando alguém, outros grupos ou partidos, que compõem a “turma dos sete”, se quiser indicar envie sua sugestão.

Ainda vamos conseguir identificar todos que fazem parte da minoria dos 7% que reprovam o governo Lula, afinal são tão poucos, "os pequenos da turma dos sete".

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher, hoje e todos os dias

A mulher do campo
A mulher que contribui para a agricultura familiar que é hoje responsável pela produção de 60% de todos os alimentos consumidos no país, como é o caso do feijão em que mais de 70% é produzido pela famílias que tem como atividade agrícola a unica alternativa de sobrevivência e de vida.
O Brasil passou o Canadá e hoje é o 3º maior exportador de produtos agrícolas do mundo. Entre 2000 e 2009, o País já havia deixado para trás Austrália e China. Hoje, apenas Estados Unidos e União Europeia vendem mais alimentos no planeta que os agricultores e pecuaristas brasileiros.


A mulher da cidade 
Além da situação desigual no mercado de trabalho, as mulheres trabalham cinco horas a mais por semana do que os homens, considerando as tarefas domésticas, que são inúmeras e exigem muita dedicação. 
A jornada semanal média no mercado de trabalho é de 34,8 horas semanas para a mulher e 42,7 horas semanais para o homem. Quando considerados os afazeres domésticos, a carga de trabalho feminina passa para 57,1 horas semanais contra 52,3 horas semanais dos homens.


Todas as mulheres
Hoje é o dia de todas, as mulheres da cidade e as mulheres do campo, as casadas ou as solteiras, de todos os tipos, de todas as cores, de várias idades, de muitos amores, ou de poucos, do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, mulheres cabeça e mulheres desequilibradas, mulheres confusas, e também as de guerra e as de paz.



Mais Mulheres
Hoje nós não só estamos acompanhando a conquista da mulher no mercado de trabalho, sabemos que mais de 35% dos lares tem a mulher como cabeça e chefe de família, e também torcemos para elas, e quem sabe até tenhamos em futuro bem próximo mais mulheres no poder.

Mulher Brasileira em 1º lugar

sábado, 6 de março de 2010

Funcionalismo chega ao limite com Governo Serra


Professores da rede estadual

Diversas entidades que representam os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira (8). A decisão foi anunciada na tarde desta sexta, em assembleia e manifestação realizadas na praça da República, no centro da cidade de São Paulo, em frente à Secretaria Estadual de Educação.
Segundo a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), cerca de 10 mil professores participam da manifestação, que teve início na tarde da última sexta-feira.

Servidores da Saúde
Além da defasagem salarial em mais de 40% de reajustes nos últimos 15 anos, o comando das entidades dos servidores da saúde está indignada com o levantamento feito pelo SUS.
Em três dos mais desenvolvidos e ricos estados do País, São Paulo (PSDB), Minas Gerais (PSDB) e Rio Grande do Sul (PSDB), e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, (Governo Arruda) os recursos do SUS têm sido aplicados, ao longo dos últimos quatro anos, no mercado financeiro.
A manobra serviu aparentemente para incrementar programas estaduais- de choques de gestão, como manda a cartilha liberal, e políticas de déficit zero, em detrimento do atendimento a uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes.
O Denasus listou ainda uma série de exemplos de desrespeito à Constituição Federal, a normas do Ministério da Saúde e de utilização ilegal de verbas do SUS em outras áreas de governo. Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas consequências para seus usuários, justamente os mais pobres.

Polícia Civil  
O sindicato convocou assembleia da categoria para o próximo dia 15/03, na Assembleia Legislativa, que definira os próximos passos e também a pauta de reivindicações da Policia Civil.
A estimativa hoje no estado de São Paulo é que existe uma defasagem de 3.500 homens na Polícia Civil e de mais de 6.000 na Polícia Militar, e que a violência no interior “vai piorar”, pois o número de assaltos a bancos, furtos, e latrocínio aumentou muito até em cidades pequenas do interior paulista nos últimos anos.
O presidente do SIPESP, João Rebouças Neto, teceu duras críticas à política implantada no estado pelo governo Serra - PSDB, partido político que administra o estado há 15 anos ininterruptamente.
Serra, o desrespeito ao servidor da saúde

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saúde, ato público contra arrocho e terceirizações

Em frente a secretaria de saúde do governo de São Paulo, profissionais da saúde realizaram protesto contra o arrocho salarial, as terceirizações, que só trazem problemas no atendimento e criam a fila dupla, onde tem prioridade o paciente que tem plano de saúde privado em prejuízo ao usuário do SUS. O sucateamento da saúde pública no estado de São Paulo.
O desvio de recursos para a saúde que em vez de ser utilizado em melhorias, são investidos em aplicações no sistema financeiro pelo governo Serra. O lucro obtido na ciranda do capital especulativo em vez de dar suporte aos serviços de saúde e melhorar o atendimento da população, principalmente a mais carente.

Os servidores da saúde de diversos órgãos públicos de cidades do interior e da capital e de entidades representativas da categoria, como o SindSaúde, Sindicato dos Funcionários Públicos da Saúde do Estado de São Paulo, e também da ASHC - Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas, após o ato em frente a secretaria da saúde, partiram em caminhada até a secretaria de Gestão Pública, para reivindicar o envio do projeto da saúde que não foi enviado para Assembleia Legislativa.


As reivindicações da categoria que não recebe aumento salarial há 15 anos, e está defasado em mais de 40% em média para todos os profissionais da saúde pública do estado de São Paulo. Além de não receberem reajuste  desde 2001 do vale-refeição que é de R$ 4,00, conhecido como "vale-coxinha" porque é o que dá para comprar nas refeições. E para piorar mais ainda a situação o governo Serra congelou a insalubridade. 
As privatizações das OSs e terceirizações que provocam alta rotatividade da contratação dos profissionais da área da saúde, e queda na qualidade do atendimento à população, e ainda priorizam os pacientes de planos de saúde privado.

         Imagem do Ato de Protesto


quinta-feira, 4 de março de 2010

Se a juventude que essa brisa canta

Todos daquela geração lembram do nome artístico, Johnny Alf, mas o de batismo poucos sabiam, Alfredo José da Silva, nascido no Rio de janeiro em 1929. Seu pai faleceu com Johnny tinha apenas 3 anos e foi sua mãe que era doméstica o criou sozinha. Aos 9 anos começou a aprender a tocar piano e clássico.
Tinha um conjunto formado por amigos jovens como ele, aos 15 anos, e tocavam em Vila Izabel, logo após apresentaram o jovem pianista ao Instituto Brasil - Estados Unidos, que acabou influenciando na sua formação artística.
Um dos integrantes uma cantora do grupo sugeriu ao Alfredo José usar o nome Johnny Alf, e assim ficou conhecido por todos e foi um dos precursores da Bossa Nova, o movimento da musica popular brasileira que ficou conhecido nas décadas de 60 e 70.
Depois de um tempo ficou radicado em São Paulo onde tocou em muitas casas noturnas e também foi autor de muitas músicas e arranjos ao lado de Dick Farney, João Gilberto, Chico Buarque, Roberto Menescal e Leny Andrade. Leny era uma das grandes interpretes de Johnny Alf, cantora brasileira que fez muito sucesso nos EUA, mais que no Brasil.
Veja um vídeo com uma das últimas apresentação quando sua doença começou a dar sinais da gravidade. Johnny Alf, e a música de sua autoria e um dos maiores sucessos, "Eu e a Brisa".
http://www.youtube.com/watch?v=stRTgRT2NKY

terça-feira, 2 de março de 2010

Memórias escondidas da repressão

Porque será que escondem?
Mais um arquivo secreto do DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) foi encontrado depois de tantos anos misteriosamente, desta vez no prédio do Palácio da Polícia de Santos.
Os documentos pertencem ao II Exército e estavam abandonados (ou escondidos?) em uma sala com quase 20 m2, trancada com cadeado, no segundo andar do Palácio da Polícia, atrás de dois elevadores.
O arquivo com documentos datados entre 1943 a 1982 e pode ter entre 6.000 a 9.000 dossiês, em uma estimativa simples. O DEOPS foi a polícia política no Estado à época da ditadura militar (1964-1985).
Os investigados são sindicalistas, comunistas, guerrilheiros, políticos, padres e líderes estudantis. Não há ordem alfabética ou cronológica no armazenamento. As pastas são organizadas por temas, sindicato dos estivadores, jornalistas, movimento estudantil, Marighella, entre outros.


Os crimes serão sempre descobertos?
A União terá de fazer o exame de DNA nas ossadas encontradas no cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo, e levadas para a Unicamp há quase 15 anos. Muitos restos cadavéricos estão no cemitério da Consolação. 
Construído no começo dos anos 70, o cemitério de Perus foi, durante muito tempo, uma espécie de depósito de cadáveres sem identificação de ativistas de esquerda e indigentes.
A Justiça determinou que a União Federal e o Estado de São Paulo realizem exames de identificação nas ossadas encontradas na vala comum do cemitério de Perus, local usado para ocultação de corpos de desaparecidos políticos vítimas da repressão durante a ditadura militar (1964-1985). 
A decisão judicial também obriga a União a garantir recursos pessoais e materiais para a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos e estabelecer um orçamento anual de R$ 3 milhões para o órgão.

Porque guardam tanto tempo?
Somente agora a Aeronáutica entregou, no início do mês passado, parte dos arquivos secretos que produziu durante a ditadura militar, após quatro anos de pressão do governo federal.
Os papéis inéditos são parte do acervo do Cisa - Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica. Parte do acervo foi deliberadamente destruída, como permitia a legislação da época. Os termos dessa destruição, porém, também teriam sido inutilizados. 
Outra parte dos arquivos foi eliminada em incêndio no Aeroporto Santos Dumont, onde funcionava o Ministério da Aeronáutica.
A análise de alguns dos informes do Cisa indica que documentos importantes podem ter sido retirados antes da entrega ao Ministério Público Militar. Um desses sinais está presente no arquivo cujo título é "Top Secret". A folha, com marca de um grampo retirado, faz referência a documento que seguia em anexo. 
São quase 200 caixas com documentos secretos dos militares, produzidos entre 1964 e 1985 com informações sobre Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Carlos Lamarca, lideranças sindicais e estudantis.

Afinal, tinham o controle dos paramilitares?
Grande parte das ações da repressão e de torturas eram realizadas por paramilitares e instituições que eram mantidas por grupos de empresários que apoiavam financeiramente as operações. Com a descoberta em Santos de mais um local com arquivos e documentos do II Exército, Sudeste, a decisão da justiça em determinar que se identifique as ossadas encontradas no cemitério clandestino de Perus. 
Deixa a impressão que o Exército não tinha o controle das ações e desconhecia o paradeiro da documentação, até dos corpos das vítimas das torturas do DEOPS e DOI-CODI. 
E também dos desaparecidos, que até hoje não se tem nenhuma informação. Só quem pode dar uma resposta é a Comissão da Verdade, que alguns não querem ver criada. A comissão da verdade é indispensável.

Um direito de todas as famílias 
Membros da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos lutam na justiça ou em qualquer instância possível para terem o direito de saber o que aconteceu com seus entes e receberem seus restos mortais para enterrar, e ter o atestado de óbito, como se procede com qualquer cidadão. 
Relatam ainda que desde a anistia, 1979, lutam por seu luto inacabado. Até hoje, apenas quatro corpos foram encontrados dos 176 desaparecidos, os governos que sucederam os militares não acatam integralmente todos os pedidos e determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU e da OEA, para abrirem os arquivos secretos da ditadura e dar uma resposta concreta a todas as famílias. Veja alguns nomes no link do vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=OilNuUWlUqw
Se você conhece alguma história ou alguém que possa dar informações sobre documentos e de desaparecidos do período do regime militar, informe com total sigilo, pelo 0800 701 2441. Visite o site http://www.memoriasreveladas.gov.br/
Ajude a amenizar o sofrimento de quase 30 anos de muitas famílias brasileiras. Veja alguns depoimentos nesse vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=9v8uX-b3RB0