Pela primeira vez na história, a classe C do Brasil, cuja renda familiar é de R$ 1.115 a R$ 4.807 por mês, passou a representar a maior fatia da renda nacional, segundo a Fundação Getulio Vargas.
Já as classes A e B correspondem a 44%. Entre 2003, quando a classe C tinha 37% da renda, e 2008, quase 30 milhões chegaram a este grupo, que soma masi de 91 milhões de brasileiros.
O novo público está mudando o conceito de classe média, padrões de consumo e investimentos das empresas. Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias.
Outro levantamento aponta que a classe média brasileira cresceu quase 50% nos últimos cinco anos, segundo a Financeira Cetelem, do grupo francês BNP Paribas. O número de brasileiros pertencentes à classe C passou de 62,7 milhões em 2005 para 92,8 milhões no ano passado.
A maior parte desse crescimento veio das famílias que antes pertenciam às classes D e E: esses dois grupos “encolheram” de 92,9 milhões de pessoas há cinco anos para 66,8 milhões em 2009. A classe A/B, por sua vez, passou de 26,4 milhões para 30,2 milhões de pessoas no mesmo período.
No ano passado, a renda média das famílias brasileiras alcançou o recorde de R$ 1.285,00, alavancada principalmente pelo aumento da renda das classes C e D/E, aponta o estudo. De 2008 para 2009, apenas a renda da classe A/B teve recuo, de R$ 2.582,00 para R$ 2.533,00.
Nas classes C/E, essa renda subiu de R$ 650 para R$ 733. O gasto total das famílias foi o maior desde 2005, alcançando R$ 1.066,25. Isso é distribuição de renda no páis, ainda mais em uma ano em que o mundo registrou a maior crise desde 1929.
A visão do IBGE, baseada no número de salários mínimos, é mais simples e divide em apenas cinco faixas de renda ou classes sociais, conforme a tabela acima válida para este ano (salário mínimo de R$ 510 em 2010).
Todo o dinheiro extra desde então vem sendo investido na aquisição de bens antes inatingíveis. Entre os lares da nova classe média, um terço já conta com aparelho de micro-ondas, 27% ostentam o luxo de ter uma geladeira duplex e 22% exibem um carro na garagem.
Nas famílias em ascensão, uma das prioridades é comer bem e são os emergentes que hoje lideram o consumo de alimentos antes restritos às mesas da alta renda. E tem ainda politicos da oposição que criticam incentivos como o bolsa-família e a economia do governo Lula, dizendo,“O pobre vai usar o dinheiro para comprar TV, geladeira, sofá e outros artigos de luxo”
Eles compram 41% de todo o leite longa vida vendido no país, 40% dos derivados de leite e 39% do leite condensado. Seu peso tornou-se tão importante que muitos economistas defendem que foi a elevação do consumo dessa nova classe média que fortaleceu a economia brasileira durante a crise.
O surgimento da nova classe média figura como um fenômeno social sem precedentes na história do país, e também um desafio sem paralelo para o mundo dos negócios. Por décadas, boa parte das empresas ignorou essa camada da população que hoje chega ao mercado de consumo.
Por esses números históricos da economia brasileira que a oposição ao governo Lula é vazia, sem discurso e muito menos tem um plano ou programa de governo para as eleições que se aproximam. Além do fracasso no passado do Governo de FHC e de seu ministro do planejamento, José Serra, que a maioria da população quer esquecer.
(Fontes: IBGE, Fundação Getúlio Vargas, e Sites de Economia)