domingo, 31 de julho de 2011

Governos do PT mantém a concentração de terras da ditadura

Nos governos do PT, o programa refluiu. A concentração no campo continua a mesma da ditadura
O indice Gini na ditadura era de 0,836. No governo Lula aumentou para 0,854. O índice quanto mais perto de 1,0 demonstra maior concentração de terra. Cerca de 1% das propriedades, que representam 44,5% do controle das terras, estão nas mãos do latifúndio.
Levantamentos revelam que os gastos com distribuição de terras caem a cada governo petista, enquanto a concentração se mantém como na ditadura
Em 1999, cansado de ver os pais derramarem o suor- em terras alheias, Osvaldo Alves decidiu unir-se aos acampamentos do MST. Desde então, participou de cerca de 50 ocupações Brasil afora. Passados 12 anos e três eleições presidenciais, Alves ainda vive sob as lonas, atualmente em Iaras, no interior paulista. Governado pelo partido que ele ajudou a eleger três vezes e que no passado defendia a tese dos sem-terra, ele ainda espera. “Se o governo quiser mesmo, ele chega aqui hoje, regulariza tudo e dá condições para todo mundo produzir com igualdade.”
Ele não foi avisado, mas o sonho da reforma agrária no Brasil agoniza. Não deixa de ser irônico que as últimas pás de cal tenham sido despejadas por governos petistas, partido historicamente ligado aos movimentos sociais do campo. Mas é fato.
Levantamentos revelam que os gastos com distribuição de terras caem a cada governo petista, enquanto a concentração se mantém como na ditadura.
Levantamento inédito produzido a pedido de CartaCapital pelo Instituto Socioeconômico (Inesc), especializado no tema, revela que os gastos efetivos com distribuição de terra declinaram no segundo mandato do governo Lula – e continuam a cair nos primeiros meses de Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, apesar do fla-flu que também nesse quesito divide os partidários de Fernando Henrique Cardoso e Lula, a concentração de propriedades no meio rural continua praticamente a mesma do alvorecer da ditadura. Na realidade, aumentou. O Índice de Gini, em 1967, era de 0,836 (quanto mais perto de 1,0, mais concentrado é o modelo). Em 2006, data do último Censo Agrário do IBGE, era de 0,854.
Outro dado, do mesmo censo, dá uma dimensão mais clara da concentração. As pequenas propriedades, com menos de 10 hectares, ocupam 2,36% do total de terras, embora representem quase metade (47,86%) dos estabelecimentos rurais. Já os latifúndios, com mais de mil hectares, somam menos de 1% das propriedades e controlam 44,42% das terras, situação com poucos similares no mundo.

Com Carta Capital

O SUS necessita de reformulação para atender melhor

SUS precisa gastar melhor para saúde melhorar, diz Economist
O SUS (Sistema Único de Saúde) precisa gastar melhor o seu orçamento para oferecer um serviço de atendimento aos brasileiros com mais qualidade, segundo a revista The Economist desta semana.
Após citar os esforços do Programa Saúde da Família, expandido no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e as políticas de combate à miséria extrema e de saneamento básico, um das bandeiras da presidente Dilma Rousseff, a revista diz que tais medidas não bastam para resolver o problema.
Para a Economist, para melhorar o sistema é preciso "mudar a forma com que o orçamento do SUS é gasto". O semanário cita uma pesquisa publicada pela revista especializada em ciência The Lancet, dizendo que o SUS gasta pouco na compra de medicamentos porque boa parte do dinheiro é usada no fornecimento de tratamentos caros a pacientes que ganham na Justiça o direito de ter pagas terapias não cobertas pelo sistema.
A revista lembra que até a Constituição de 1988 declarar a saúde um direito do cidadão, o Brasil, como a maior parte dos vizinhos latino-americanos, tinha um sistema duplo, um primeiro voltado para trabalhadores com emprego formal e um segundo para o restante da população.
"Apesar da determinação constitucional, cerca de 60% de todo o gasto em saúde no Brasil é privado – percentual maior que a maiora dos países latino-americanos e ainda maior que a dos Estados Unidos", diz a Economist.
A revista ressalta que os gastos privados dão cobertura a "uma minoria rica e jovem" e que os gastos com o SUS correspondem a apenas 3,1% do PIB brasileiro.
Contradições
O semanário britânico mostra as contradições do SUS, ilustrando com o caso do Instituto do Câncer de São Paulo. "Equipado com tecnologia de ponta, (o hospital) oferece todos os tratamentos mais avançados, bem como aulas de culinária saudável e origami para aliviar o estresse", diz o texto.
A Economist ressalta, no entanto, que o hospital altamente especializado de São Paulo é apenas o lado eficiente do SUS. A revista lembra que o Programa Saúde da Família, um dos de maior alcance do sistema, atende apenas metade dos brasileiros, sendo que um quarto da população tem algum tipo de plano privado de saúde e os outros 25% restantes - moradores de áreas rurais ou de favelas localizadas em periferias de centros urbanos - não são atendidos pelo sistema.
Para a Economist, a saúde é uma das questões que mais preocupam os brasileiros, lembrando que uma pesquisa de 2007 colocou o tema como preocupação ainda mais relevante que a economia.

Com BBC Brasil

sábado, 30 de julho de 2011

Processo judicial pode condenar Coronel Ustra

Amigos e parentes pedem condenação de Ustra pela morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino
Colegas e parentes de Luiz Eduardo Merlino lembraram hoje (30), na capital paulista, os 40 anos de seu assassinato. Durante um debate, que discutiu o legado de Merlino para a política brasileira, os que homenagearam o militante de esquerda também pediram a condenação do acusado por sua morte, o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Merlino foi jornalista e membro do Partido Operário Comunista (POC) e da Quarta Internacional. Ele foi preso em 15 de julho de 1971 e levado para a sede do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no centro de São Paulo. Naquela época, o DOI-Codi era comandado por Ustra.
Preso no DOI-Codi, Merlino foi torturado e morreu. A família dele recebeu a notícia da morte no dia 19 de julho. Mais de 40 anos depois, eles reivindicam em um processo judicial que o coronel Ustra seja declarado assassino de Merlino.
“A Lei de Anistia não permite que ele seja acusado criminalmente. Então, nós queremos que Ustra seja, pelo menos, oficialmente reconhecido como um assassino”, afirmou Angela Mendes de Almeida, historiadora e ex-companheira de Merlino.
Na última quarta-feira (27), seis testemunhas de acusação contra Ustra foram ouvidas pela juíza Claudia Lima, da 20ª Vara Cível de São Paulo. Todas ratificaram que Ustra agiu para que Merlino morresse.
Eles disseram que a tortura pela qual o militante foi submetido causou ferimentos graves e gangrena nas pernas. Disseram que, mesmo após a tortura, ele ainda poderia ter sobrevivido caso tivesse as pernas amputadas. Entretanto, segundo eles, Ustra determinou que nada fosse feito já visando à morte de Merlino.
Testemunhas de defesa de Ustra ainda serão ouvidas pela Justiça. Só depois disso, a decisão sobre a responsabilidade do coronel pela morte será anunciada.
Para o militante da Quarta Internacional João Machado, contudo, o evento de hoje pressiona a Justiça para que a sentença saia o quanto antes. “É um sinal de pressão”, afirmou Machado. “Agora, vamos ver o que a Justiça dirá. Nem sempre a Justiça é justa.”
 
Com Agência Brasil

CTB e demais centrais recusam convite do governo

Centrais sindicais não aceitam convite de Dilma para anúncio de política industrial
As centrais sindicais foram surpreendidas hoje por um convite do Ministro Fernando Pimentel, do MDIC, para reunião terça feira, em Brasília, às 8h30 da manhã, para tomarem conhecimento da nova política industrial que será anunciada duas horas e meia depois, às 11 horas, pela Presidenta Dilma.
As centrais há meses estão discutindo essa questão com as entidades empresariais e alertando o Governo para a necessidade de medidas duras para conter o avanço dos produtos industriais importados, o câmbio desfavorável para as exportações e a produção interna, assim como a questão do chamado “Custo Brasil”, baseado principalmente em energia cara, elevadíssima carga tributária e ausência de incentivos para estimular o emprego e a produção interna.
Produtos fabricados na Ásia, principalmente na China, com estímulos fiscais e uso de mão de obra barata, invadem nosso país, sem qualquer política de enfrentamento comercial. Nos setores do aço, dos calçados, têxteis, confecções, eletrônicos, brinquedos, entre outros, os empresários brasileiros não conseguem competir, pela falta de incentivos locais para se contrapor aos incentivos concedidos à produção principalmente pelo mercado asiático.
Só no mês passado 58.000 empregos foram perdidos na indústria brasileira, segundo o Dieese. Empresários brasileiros da área de calçados, têxteis e até da fabricação de ônibus estão transferindo suas fábricas para a Ásia, gerando empregos lá, e não aqui.
Diante deste quadro, não nos parece adequado que as centrais sindicais e os empresários sejam chamadas agora, de surpresa, apenas para tomar conhecimento e aplaudir medidas que desconhecem.
As centrais sindicais deixam claro, que sempre estarão prontas para conversar com o Governo e apelam à Presidenta Dilma para que o diálogo necessário se torne uma prática constante com as centrais sindicais, especialmente quando se tratar de decisões que afetem o emprego e a sobrevivência da indústria nacional. Por isso anunciamos que não estaremos nessa reunião convocada.

Wagner Gomes (presidente da CTB)
Antonio Neto (presidente da CGTB)
José Calixto (presidente da NCST)
Paulo Pereira da Silva, Paulinho (presidente da Força Sindical)
Ricardo Patah (presidente da UGT)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dilma afasta quem não serve para o governo funcionar

Sem vassoura, sem janismo, Dilma faz o que o eleitor espera
Uma simples associação de ideias - quem fala em faxina fala em vassoura -, tem levado alguns políticos e analistas a fazer uma comparação entre Dilma Rousseff e o presidente Jânio Quadros, que ocupou sua cadeira por sete meses, há exatos 50 anos. Ela, com a disposição de fazer uma limpeza no ministério. Ele com o "varre, varre, vassourinha", mote de sua campanha e um dos símbolos com que construiu sua imagem política.
A comparação parece, a alguns estudiosos, imprecisa. "Ela começou sendo a mãezona, que daria continuidade à obra do governo anterior. Mas aos poucos está voltando ao que de fato é, uma gerentona", resume o consultor político Carlos Manhanelli. "Pode haver uma ligação entre sua faxina e a vassoura de Jânio, mas cada um tem caráter próprio", diz ele. "A limpeza que Jânio anunciava era moralista. Incluía a proibição de biquínis e da briga de galo. A visão de Dilma é mais técnica: ela afasta os que não servem porque o governo tem de funcionar".
Na mesma direção, o professor Charles Pessanha, que ensina ciência política na UFRJ, no Rio, acha que Dilma "está empenhada mesmo é em responder a um clamor público, do qual a imprensa é porta-voz". Tanto que, na sua faxina, que chama de reestruturação, ela toma cuidados. "Ela cobra explicações e escolhe as palavras, Mas faz o que a população aprova."
Otimista, Pessanha lembra, sobre o jogo com o Congresso, que a avassaladora maioria de Dilma no Congresso afasta o risco de isolamento. "Democracia é isso. Temos um governo plural, com limites. Os controles, como a CGU, funcionam bem e ela os vê como um recurso técnico."

Com o Estadão

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Valor do dólar de FHC e de Lula, os dois lados da moeda

2002: Mercado externo ainda teme 'efeito Lula' na economia
Durante toda a terça-feira, 25/09/2002, analistas de mercados emergentes nos Estados Unidos e na Europa ouviam rumores de que a última pesquisa do Ibope iria confirmar a tendência de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse sair vitorioso já no primeiro turno das eleições presidenciais.
No cenário externo, bolsas européias e americanas caíam nesta terça-feira, em função da ameaça de uma guerra contra o Iraque. E o preço do petróleo bruto alcançava o seu preço mais alto em 19 meses.
A falta de liquidez no mercado brasileiro e a decepção dos mercados com a declaração de Lula de que não vai manter o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no cargo - caso seja eleito - também ajudaram a catapultar a cotação do dólar a R$ 3,78, com o real valendo menos do que o peso argentino.
Um analista de mercados emergentes de um grande banco dizia que "o mercado globalizado pune declarações desse tipo", afirmando que Lula teria sido irresponsável ao afirmar que não vai manter um nome respeitado e não indicar quem formaria sua equipe econômica.
Na opinião dos analistas, o perigo seria a cotação do dólar continuar subindo e acabar comprometendo a capacidade de pagamento de dívidas externas de empresas brasileiras e até do próprio governo. Mas um dos operadores ressalta: "Perigo maior é esperar demais e ser o último a sair". Com BBC Brasil

2011: Dólar fecha a R$ 1,54, a menor taxa em 12 anos
A taxa de câmbio doméstica contrariou o roteiro previsto para hoje e o dólar comercial bateu um novo preço mínimo para este ano, em níveis equivalentes ao de janeiro de 1999.
No front doméstico, a moeda retrocedeu 0,64% no dia, sendo negociado por R$ 1,543 nas últimas operações. Em cinco dias consecutivos de retração, a taxa cambial já se desvalorizou 2,22%. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,650 e comprado por R$ 1,480 nas casas de câmbio paulistas.
Operadores das mesas de corretoras de câmbio sugeriram que a oscilação abaixo de R$ 1,55 ( um "piso" sustentando por várias semanas) pode ter levado muitos agentes financeiros a se desfazer de suas "apostas" no dólar, acelerando o processo de desvalorização.
Em um cenário de maior aversão a risco, usualmente as Bolsas de Valores desabam e o dólar sobe, com a procura dos agentes financeiros por algum refúgio seguro. Com Folha OnLine

Prouni formou 174 mil estudantes no país

Além da realização pessoal, o investimento em educação supre as necessidades da população
Após seis anos e meio de existência, o Programa Universidade para Todos (Prouni) já formou 174,5 mil jovens e atualmente custeia os estudos, com a oferta de bolsas, de outros 464,5 mil.
Na avaliação do secretário de educação superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, além de promover a inclusão de jovens de uma classe social mais vulnerável, o Prouni é responsável por uma transformação cultural importante.
"Vários desses alunos são os primeiros membros de suas famílias, em muitas gerações, que têm diploma de ensino superior", salientou. "Isso gera um impacto muito grande na família e na comunidade."
Além da realização pessoal, o investimento em educação supre as necessidades da população. "O Saúde da Família tem carência de médicos, e eu pretendo conseguir uma vaga assim que sair meu registro", afirma Fátima Lacerda Brito de Oliveira, 25 anos, que terminou a graduação em junho, na Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (CE). A bolsa de Fátima saiu no segundo semestre de 2005.
Hoje, ela aguarda o registro profissional do Conselho Regional de Medicina do Ceará para ingressar no Programa Saúde da Família ou trabalhar em hospital de Juazeiro do Norte, onde reside. Daqui a dois anos, ela pretende iniciar a residência médica em ginecologia. Ao todo, 324 dos formados no Prouni são médicos.
Números
Os dez cursos que mais formaram profissionais com bolsas do Prouni, com base em dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu), são os de administração (23.429 graduados); pedagogia (13.856), direito (11.263), enfermagem (7.737), ciências contábeis (7.454), educação física (5.822), gestão de recursos humanos (4.589), fisioterapia (3.785), ciências biológicas (3.355) e farmácia (2.876).
No conjunto, os cursos de licenciatura formaram 40.514 jovens.
O Prouni tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequênciais de formação específica em instituições privadas de educação superior.
Para concorrer às bolsas integrais o candidato deve ter renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para as bolsas parciais (50%) a renda familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa.
Podem se inscrever no processo seletivo referente ao 2º semestre de 2011, os candidatos que não possuam diploma de curso superior que tenham realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010 e alcançado no mínimo 400 pontos na média das cinco notas (ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias e redação).

Fonte: Diap

domingo, 24 de julho de 2011

Invadia computador para ver conteúdo erótico

Homem que usou o Facebook para perseguir mulheres em 17 estados é condenado
George Bronk, 24 anos, foi condenado a quatro anos de cadeia por usar o Facebook para invadir a conta de muitas mulheres. O morador da Califórnia procurava, nos perfis da rede social, por pistas que o levassem a descobrir as senhas dos emails de suas vítimas.
Assim que encontrava dados, o hacker invadia os computadores e procurava por conteúdo erótico. Bronk chegou a enviar imagens das mulheres a seus maridos, namorados e colegas de trabalho. O jovem hacker fez mulheres em mais de 17 estados dos Estados Unidos de vítimas.
“O caso é um bom exemplo das consequências do ciberespaço.Tudo reverbera no mundo real”, disse o juiz da Corte Superior de Sacramento, Lawrence Brown. “Invadir o perfil de uma pessoa não difere em nada de invadir a casa de alguém”.
Bronk foi acusado por invasão, falsidade ideológica e posse de material pornográfico ilegal e sentenciado a quatro anos e seis meses de cadeia. A advogada do acusado disse que seu cliente sentia remorso por tudo que havia feito.

Com O Globo

Morte anunciada

Kassab dá R$ 420 mi ao Fielzão e corta R$ 460 da merenda de menores carentes

Prefeitura de SP corta R$ 461 da merenda dos abrigos
Desde 1º de julho, as entidades que abrigam menores carentes da capital estão obrigadas a economizar a verba da merenda. Redução não é explicada
No começo do mês, a Secretaria Municipal da Assistência Social cortou o repasse extra da alimentação, de R$ 461,14. O dinheiro era usado, principalmente, para pagar o lanche da noite, composto por leite com chocolate e bolachas ou bolo.
Segundo a prefeitura, a redução não acarreta prejuízo aos abrigados. A gestão Gilberto Kassab (PSD), no entanto, não levou em conta os índices de inflação dos últimos 12 meses, que revelam outra realidade. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta de preços registrada de junho de 2010 a junho de 2011 foi de 8,89% --acima da média geral, de 6,71%.
Com o corte, a prefeitura vai "economizar" R$ 59.469 por mês --R$ 713.628 por ano. O valor anual representa 0,17% da isenção fiscal concedida pelo município ao Corinthians, para a construção do Fielzão, estádio que deve abrigar a abertura da Copa do Mundo de 2014.

Com o Agora

CQC: Censuramos Quando Convém

CQC, Band, Marcelo Tas e a liberdade de imprensa
O jornalista Mauricio Stycer revela no UOL que o programa “CQC”, comandado pelo Marcelo Tas, censurou a entrevista do jornalista Jorge Kajuru nas críticas que este fez a Ricardo Teixeira, ao governador Marconi Perillo e a apresentadora Luciana Gimenez.
Esse programa chamado CQC é comando pelo jornalista Marcelo Tas, que vive atacando a falta de defesa da liberdade de imprensa na casa dos outros, como no Congresso.
E que saiu de pau em cima dos blogueiros que foram entrevistar Lula porque, na sua opinião, o time era chapa branca.
Ficaria muito feliz em saber de tão impoluta figura o que ele considera o que o seu programa fez com Kajuru? Se não é censura qual o nome que o lustroso jornalista dá a isso?
A defesa seletiva da liberdade de imprensa é um dos critérios que transforma algumas pessoas apenas em humoristas, não em jornalitas.
PS: Por meio de sua assessoria de imprensa, a Band informou que “o CQC grava muitas horas por semana e nem tudo que é gravado vai para o ar.” (Esclareço que isso não é uma piada da Band nem do CQC. O comunicado é sério.)
Band vetou críticas a Ricardo Teixeira em quadro do "CQC"
Por Mauricio Stycer, no UOL
Convidado do “CQC” a dar entrevista para o quadro “Resta Um”, o jornalista Jorge Kajuru fez críticas duras, como de hábito, ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, mas a Band vetou a exibição de suas palavras.
Segundo o UOL Esporte apurou, a emissora inicialmente vetou a íntegra do quadro, realizado pelo repórter Oscar Filho. Depois de alguma negociação interna, foram cortadas as menções a Teixeira, à apresentadora Luciana Gimenez e ao governador de Goiás, Marconi Perillo.
No lugar de fazer comentários sobre dez personalidades, como usualmente ocorre no “Resta Um”, Kajuru falou apenas sobre sete pessoas no quadro exibido na noite de segunda-feira (18). “Cortaram 100% do que eu disse sobre o Teixeira, sobre a Luciana e sobre o Perillo”, protesta o jornalista.
“Acho engraçado ver um programa como o ‘CQC’, que reclama tanto em Brasília da falta de liberdade de expressão fazer exatamente isso comigo”, diz Kajuru.
A Band é, já há alguns anos, parceira da Rede Globo na exibição de partidas do Campeonato Brasileiro. A emissora carioca é dona dos direitos e os sublicencia para a emissora paulistana.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Band informou apenas: “O CQC grava muitas horas por semana e nem tudo que é gravado vai para o ar.”

Por Renato Rovai, em seu blog

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O trabalhador tem saldo negativo no banco de horas

Os dirigentes da CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, têm um posicionamento bem claro em relação à lei que estabelece o banco de horas à classe trabalhadora, que acaba flexibilizando as leis trabalhistas em prejuízo ao trabalhador.
O secretário-geral Pascoal Carneiro é taxativo sobre o tema: “O trabalhador, ao aceitar a proposta de banco de horas, tem prejuízo nos cálculos das férias, do 13º salário, na somatória do tempo de serviço e nas contas da previdência, além das desvantagens no tempo de serviço do aviso prévio”, afirma.
O banco de horas está previsto na legislação trabalhista e foi regulamentado na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) vigente a partir da Lei 9.601/98, no período marcado pelo neoliberalismo (governo FHC, de 1995-2002), sob a alegação que o alto índice de desempregados naquele ano poderia estancar com a criação da lei do banco de horas.
Debita-se ainda a implantação do banco de horas, como também dos contratos por tempo determinado e a consequente suspensão dos contratos, à fragilização sindical promovida pelo governo neoliberal de FHC.
Neste mesmo ano, 1998, a taxa anual média de desemprego total da Região Metropolitana de São Paulo aumentou, entre 1998 e 1999, de 16% para 18,3% da população economicamente ativa (PEA), enquanto que no IBGE a taxa variou de 7,15% para 9,41%.
Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexíveis, mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de serviços.
A inovação que se mantém até hoje, do banco de horas, abrange todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de contratação, se por prazo determinado ou indeterminado. Mesmo com a taxa de desemprego recuando para 6,2% em junho do corrente ano, atingindo a menor percentual para o mês, desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Menos vagas
Para as empresas é melhor trabalhar com banco de horas porque não onera a folha de pagamento. Dessa forma, a maioria delas geralmente opta contratar com esse sistema. Não se trata de uma categoria específica. Muitas empresas passaram a adotar esse sistema, em especial as grandes. As categorias que mais usam o banco de horas são as dos bancários, comerciários e empregados de multinacionais.
Com isso, a jornada de trabalho quase sempre ultrapassa as atuais 44 horas semanais, sem que o trabalhador receba o pagamento de horas extras. As empresas com esse mecanismo livram-se de contratar novos empregadores em períodos de aumento da produção, além de não criarem novos postos de trabalho.
“Um dos equívocos que provoca de imediato um prejuízo ao trabalhador é na hora de realizar os cálculos das horas a retirar, que são calculados sem o aumento de 50% da hora extra, já que este percentual não é considerado nas contas finais”, diz Pascoal Carneiro, da CTB.
Deve-se computar também o fato que muitos sindicatos já praticam o percentual de 70%, acordado em convenções sobre o valor pago de horas extras. O secretário geral da CTB acredita que a falta de informação dos trabalhadores contribuem para que os mesmos aceitem a proposta dos empregadores a induzirem ao banco de horas, e completa, “O banco de horas é muito prejudicial aos trabalhadores, muito prejudicial”.
O regime de compensação sob o sistema de banco de horas é similar ao de uma conta corrente, daí o motivo da sua nomenclatura. Isso quer dizer que as horas extras entram como crédito de folgas e as folgas e deduções como débito daquele crédito. Para cada hora extra trabalhada, o patrão terá um ano, no máximo, para compensá-la.
O empregador será condenado a indenizar as horas extras, mesmo que já tenham sido tiradas em forma de descanso, se não forem cumpridos o acordo individual escrito entre empregado e empregador ou a norma coletiva que prevejam a total compensação das horas extras com pagamento ou banco de horas, O acordo de compensação, segundo a juíza, prevê que o empregador não poderá exigir do empregado mais de duas horas extras por dia.
Prejuízo em dobro
Joílson Cardoso, secretário de política sindical e relações institucionais da CTB, avalia que o trabalhador que aceita o banco de horas é duplamente penalizado. “Primeiro porque caracteriza o desvirtuamento da jornada de trabalho. Segundo porque o banco de horas vai na contramão da qualidade do emprego, e também da redução da jornada de trabalho”, argumenta.
“O banco de horas não gera novos postos de trabalho e precariza a qualidade do emprego, além de desgastar a relação de trabalho entre o empregador e o trabalhador, pois o trabalhador nunca pode programar quando vai poder retirara o saldo do banco de horas”, completa Joílson.
O empregador será condenado a indenizar as horas extras, mesmo que já tenham sido tiradas em forma de descanso, se não forem cumpridos o acordo individual escrito entre empregado e empregador. O acordo de compensação, segundo as leis trabalhistas prevê que o empregador não poderá exigir do empregado mais de duas horas extras por dia.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Racismo, constrangimento e privação de liberdade

Supermercado paga R$ 260 mil a criança que sofreu racismo
O garoto negro T., de 10 anos, que acusa seguranças do Hipermercado Extra da Penha, na zona leste da capital, de tê-lo chamado de "negrinho sujo e fedido" e de ter sido obrigado a tirar a roupa, foi indenizado em R$ 260 mil pela empresa. Os seguranças suspeitavam de furto. A criança não havia levado nada.
O caso ocorreu em 13 de janeiro. Segundo depoimento da criança no 10.º Distrito Policial (Penha), ele foi abordado por três seguranças e levado para uma "sala reservada" com outros dois garotos, de 12 e 13 anos. Após as ofensas raciais, um segurança "japonês" (com feições orientais) o ameaçou com uma "faquinha de cabo azul", com um tubo de papelão - dizia que "era bom para bater" - e afirmou que ia "pegar um chicote".
O garoto foi obrigado a tirar a roupa e, só depois, os seguranças verificaram que T. levava nota fiscal de R$ 14,65, que comprovava a compra de dois pacotes de biscoito, dois pacotes de salgadinhos e um refrigerante. O documento foi anexado ao inquérito e é uma das principais provas contra os seguranças.
Apesar da indenização, o Grupo Pão de Açúcar afirma "não reconhecer" as alegações. Segundo o texto do acordo, a indenização foi concedida "por mera liberalidade e sem qualquer assunção de culpa nas esferas cível ou criminal".
Com o acordo extrajudicial, a família de T. abre mão de representação por injúria racial. Mas os seguranças do supermercado ainda podem responder por crimes como constrangimento ilegal (por terem submetido a criança a tirar a roupa) e privação de liberdade (por manter menores dentro de sala reservada).
"A investigação criminal não pode parar. Nesse tipo de caso, as punições têm de ser exemplares. São crimes muito graves, que podem marcar a pessoa para a vida toda. Especialmente quando a vítima é uma criança", disse o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, que acompanhou o caso.
Os seguranças envolvidos, segundo a empresa, foram demitidos. O Grupo Pão de Açúcar ainda afirmou que "repudia qualquer ato discriminatório, pauta suas ações no respeito aos direitos humanos e esclarece que o assunto foi resolvido entre as partes".
Investigação. No mês passado, os dois outros garotos envolvidos no caso compareceram ao 10.º Distrito Policial para denunciar o crime. Segundo o delegado do Marcos Aníbal Andrade, responsável pelo caso, os depoimentos serão confrontados antes do indiciamento dos possíveis acusados. "As informações serão úteis para sabermos exatamente quais funcionários serão responsabilizados, uma vez que todas as supostas agressões teriam ocorrido em um mesmo momento, num mesmo local", afirmou o delegado.
O Grupo Pão de Açúcar afirmou desconhecer "qualquer outra intimação" relacionada ao caso. A estimativa da Polícia Civil é de que o inquérito seja finalizado dentro de dois meses.

Com o Estadão

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Big Father de olho nos filhos no Facebook

Mais da metade dos pais 'espionam' filhos no Facebook
Mais da metade dos pais na Grã-Bretanha ‘espionam’ seus filhos no site Facebook, indicou uma pesquisa com cerca de 2 mil usuários encomendada por uma empresa de software.
Segundo a pesquisa, 55% dos pais monitoram os filhos através do site de mídia social e 5% só não o fazem porque não sabem como.
Segundo o levantamento, mais de um terço dos pais admite estar sendo superprotetor ao monitorar os filhos pelo Facebook, enquanto 24% creem que a estratégia é a única maneira de saber ao certo o que os jovens estão aprontando.
“Esses números certamente são surpreendentes a princípio”, disse o especialista em segurança da BullGuard Claus Villumsen.
“Mas já que são conhecidos os casos em que terceiros tentam se aproveitar dos indivíduos online, é possível que muitos tenham preocupações legítimas.”
Um em cada dez pais admitiu que espionar o dia-a-dia dos filhos é a única razão de terem aberto uma conta no Facebook.
E dezesseis por cento dos pais disseram que até tentaram ser amigos dos filhos no site de mídia social – entretanto, 30% destes tiveram o pedido de amizade recusado, indicou a pesquisa.

Com BBC Brasil

Garantir a soberania das reservas de petróleo do pré-sal

A construção de quatro submarinos nucleares no Brasil, iniciada nesta semana, coloca o país na antesala do seleto grupo das cinco nações detentoras de uma das mais avançadas tecnologias militares do mundo. O avanço, no entanto, deve aprofundar diferenças com os vizinhos sul-americanos e eventualmente fomentar o discurso antibrasileiro por parte de setores populistas da região, segundo especialistas.
Na solenidade que deu início à operação no último sábado em Itaguaí, no Rio de Janeiro, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que o Brasil é um país de “paz e diálogo”, mas defendeu o projeto, fruto de um acordo de transferência de tecnologia com a França, como uma “garantia de soberania” para as reservas de petróleo do pré-sal. Dilma lembrou, ainda, que “a principal via de circulação de nosso comércio exterior é o mar”.
“Com o projeto se aprofunda a distância entre o Brasil e os demais países, não só em termos econômicos, mas também em segurança”, disse o professor, à BBC Brasil.
Para Antonio Jorge Ramalho da Rocha, da UNB (Universidade de Brasília), “não há uma desconfiança por parte dos vizinhos de uma política expansionista do Brasil, já que as fronteiras estão bem delimitadas”.
“Mas pode haver um maior temor sobre a influência que o Brasil vai exercer. E isso não apenas pela questão do submarino, mas pela própria expansão de empresas brasileiras pela região”, diz.
Coerência
Orçado em R$ 6,7 bilhões, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha remonta ao regime militar. Mas foi a assinatura de um acordo de transferência de tecnologia com a França, em 2008, que possibilitou ao país contar com o lançamento de um primeiro submarino (ainda não nuclear) em 2016.
Em 2023, o país finalmente fará parte do clube de nações com submarinos nucleares, junto com a França, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Rússia e a China. A Índia já entrou na corrida e pode ter seu veículo antes do Brasil.
Para Ramalho da Rocha, a construção do submarino do tipo Scórpene pode até render dividendos políticos à região, já que a Estratégia Nacional de Defesa prevê que países vizinhos forneçam peças e equipamentos para o reaparelhamento das Forças Armadas.
No discurso de sábado, reforçado na segunda-feira no programa Café com a Presidenta, Dilma disse que “cada submarino a ser fabricado no Brasil vai contar com mais de 36 mil itens, produzidos por 30 empresas brasileiras”.

Com BBC Brasil

terça-feira, 19 de julho de 2011

A velha mídia não suporta o sucesso de Lula

Lula discursa em congresso da UNE 
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) para “matar a saudade”, como disse aos estudantes reunidos em Goiânia. Lula admitiu que “não via a hora de falar no microfone”, e exclamou: “Há quanto tempo não faço um discursinho”.
Lula reapareceu com seu estilo, alfinetou a oposição e “as elites”, enumerou as conquistas de seu mandato, em especial, na área de educação.
O ex-presidente disse que a imprensa tenta criar animosidade entre ele e Dilma Rousseff ao ressaltar diferenças de estilo de governar. “Não precisa ser especialista para saber que somos diferentes”. Segundo Lula, “o dia em que tiver divergências [com a presidenta], ela vai estar com a razão”.
Lula também criticou parte da imprensa que disse que a UNE promoveu um encontro “chapa-branca”, sob o patrocínio de estatais como a Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, além dos ministérios do Transporte, Turismo, Saúde, Esporte e Educação. A representação estudantil também teve apoio da Prefeitura de Goiânia, do governo de Goiás e da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
“Na TV tem propaganda de quem?”, perguntou Lula à platéia. “Para eles é democrático, para vocês é chapa branca”, e acrescentou “alguns jornais se acham nacionais, mas os grandes [veículos] de São Paulo não chegam ao ABC”. Segundo Lula, a população sabe que não precisa mais de “intermediários” para ter acesso à informação.

Com Agência Brasil

segunda-feira, 18 de julho de 2011

BBC: os principais magnatas da mídia no mundo

O escândalo provocado pela revelação de que o tabloide News of The World, pertencente ao bilionário australiano Rupert Murdoch,(foto), teria grampeado celulares de milhares de pessoas aumentou a preocupação sobre o nível de controle exercido por uma só empresa na mídia britânica.
No entanto, em todo o mundo, empresas de mídia – seja veículos impressos ou de telecomunicações – são dominadas por magnatas que ostentam grandes fortunas e exercem influência considerável.
Brasil
O mercado de mídia no Brasil é dominado por um punhado de magnatas e famílias.
Na indústria televisiva, três deles têm maior peso: a família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo (maior acionista da Rede Record, que detém 16,2% do mercado) e Silvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).
A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais e revistas – campo em que concorre com Roberto Civita, que controla o Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado editorial).
Famílias também controlam os principais jornais brasileiros – como os Frias, donos da Folha de S.Paulo, e os Mesquita, de O Estado de S. Paulo (ambos entre os cinco maiores jornais do país). No Rio Grande do Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que controla o jornal Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários regionais.
Famílias ligadas a políticos tradicionais estão no comando de grupos de mídia em diferentes regiões, como os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, e os Collor de Mello, em Alagoas.
América Latina
No México, o grupo Televisa tem três canais de TV nacionais, duas operadoras de TV a cabo e um ramo editorial, além de ser dono de três clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das ações da Univisión, o maior canal hispânico dos Estados Unidos.
O diretor-executivo do grupo, Emilio Azcarraga Jean, é um dos mais influentes empresários do país.
Os programas da Televisa concentram 70% do mercado publicitário televisivo mexicano. O restante fica com a principal concorrente, a TV Azteca.
Na América Central, o mais importante magnata da mídia é o mexicano Ángel González, baseado em Miami e que controla 26 canais de TV e 82 estações de rádio em 12 países. Ele é acusado de usar as chamadas "empresas fantasmas" para contornar leis que restringem estrangeiros no comando dessas empresas, o que lhe rendeu o apelido de "Fantasma".
Na Colômbia, o segundo homem mais rico do país segundo a revista Forbes, Julio Mario Santo Domingo, tem participação nos negócios mais variados, de cervejarias a companhias aéreas. Ele se destaca, no entanto, por ser o dono da TV Caracol (com 58% da audiência e 52% do mercado publicitário, em dados de 2004) e do segundo jornal do país, o El Espectador.
O principal concorrente é o Casa Editorial El Tiempo, dono do maior jornal do país, o El Tiempo, além de várias revistas e de um canal de TV a cabo. A empresa é controlada pelo grupo espanhol Prisa.

Com BBC Brasil

domingo, 17 de julho de 2011

Vem aí a segunda Lei Áurea

A menor oferta e a maior renda de empregadas domésticas podem trazer "impactos profundos" para a sociedade brasileira, dizem analistas, obrigando famílias a reorganizarem suas vidas e hábitos domésticos.
"As classes média e média alta se organizaram em função do trabalhador doméstico, que estrutura suas vidas e possibilita suas jornadas de trabalho", diz Luana Pinheiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
"Essa não-reposição (de profissionais na categoria) pode ter impactos muito profundos na sociedade. Se a oferta se tornar muito pequena, as famílias podem ter que se reorganizar e redistribuir as tarefas domésticas", diz a socióloga.
Famílias acostumadas à ajuda doméstica terão que encontrar novas maneiras de dar conta de cuidados com filhos, limpeza e alimentação, diz Pinheiro, e adotar uma divisão de tarefas mais equilibrada entre homens e mulheres.
Mas também o Estado será chamado à responsabilidade, afirma a socióloga, preenchendo lacunas que vêm sendo compensadas por trabalhadoras domésticas.
"O Estado vai ter que compartilhar com as famílias a responsabilidade por atividades como o transporte escolar e a oferta de creches", diz Pinheiro. "Os cuidados não devem ser responsabilidade só da família, ou só da mulher dentro da família. Se for assim, quem tem dinheiro resolve, quem não tem não resolve."

sábado, 16 de julho de 2011

Ataques de vírus na internet têm aumento de 256%

O número de ataques de vírus aos computadores conectados à internet deu um salto no primeiro semestre deste ano. Levantamento do Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br) mostra que o número de notificações de problemas desse tipo passou de 61,1 mil nos seis primeiros meses de 2010 para 217,8 mil nos mesmo período deste ano, um crescimento de 256%.
Segundo a Cert.br – organização ligada ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, órgão que coordena todas as iniciativas de serviços da web no País – esse crescimento se deve principalmente porque o usuário de internet tem acessado mais sites desconhecidos e que carregam algum tipo de vírus.
No primeiro semestre deste ano foram 89,1 mil notificações recebidas pela Cert.br na categoria “Outros”, que reúne casos em que o ataque ocorreu por conta da navegação em páginas não confiáveis, e não por recebimento de e-mail com o chamado malware.
De acordo com o Cert.br, o aumento dos ataques ocorre em uma proporção maior que o crescimento da internet no País. Os dados do Ibope Nielsen Online mostram que de maio de 2010 para maio deste ano, o número de pessoas com acesso à web se ampliou em 24,80% – de 46,9 milhões para 58,6 milhões. “Com mais pessoas com acesso à internet também há mais usuários vulneráveis”, afirma Fabio Assolini, analista de vírus da Kaspersky, empresa que desenvolve soluções de segurança para computadores.
Os especialistas acreditam que a tendência é que esses números continuem a crescer nos próximos meses, já que o usuário também deve passar a relatar mais seus problemas com os tais códigos maliciosos. “Os dados apresentados ainda são muito pequenos perto do que deve ocorrer realmente nesse meio. Esses números são apenas os ataques relatados”, diz Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil, empresa especializada em desenvolvimento de antivírus e aplicativos de segurança.
Mobilidade
O professor de redes e telefonia IP da Fiap, Almir Meira Alves, explica que a vulnerabilidade também aumentou com o avanço da mobilidade da internet. “No meio tradicional de acesso a internet (desktops), o internauta costuma ser mais cuidadoso. Mas com o avanço dos tablets e smartphones, ele não tem essa preocupação e acaba se tornando mais vulnerável a ataques”, afirma.
Outra fonte de disseminação de códigos maliciosos são as redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter, já que grande parte dos usuários da web participa de alguma delas. Os fabricantes de antivírus já identificaram um código malicioso de origem brasileira no Facebook.
Para o usuário, o importante é ser cuidadoso ao acessar a internet. O profissional de marketing Celso Freitas, de 39 anos, criou uma lista de e-mails confiáveis para tentar manter seu computador a salvo de códigos maliciosos que possam vir em links e arquivos.
“Sempre mantenho o antivírus e o sistema operacional atualizado. Também procuro não entrar em sites desconhecidos. Ter responsabilidade é importante para também não infectar os amigos que confiam nos seus e-mails”, explica o internauta.

Com o JT

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A UNE é um dos símbolos mais fortes da democracia

Em entrevista ao Portal da UJS, Daniel falou sobre as principais propostas de sua campanha e os caminhos que vislumbra para a entidade
Portal da UJS: Você foi lançado recentemente candidato a presidência da UNE. Como tem encarado esse desafio e por que quer ser presidente da UNE?
Daniel Iliescu: A União Nacional dos Estudantes é um dos símbolos mais fortes da democracia no Brasil. Há décadas representa os estudantes de todo o país e interfere na vida política nacional. Este é o desafio de uma geração: ajudar o Brasil a percorrer os caminhos e as lutas para tornar-se uma nação mais justa e desenvolvida. O movimento estudantil brasileiro está muito amadurecido e se prepara para vôos maiores. Encaramos com muito entusiasmo, tanto o Congresso quanto os desafios que virão. Temos a confiança e o respeito de todos os que nos acompanham de perto e queremos muito ajudar o país a dar passos largos e ousados, em especial, na área da Educação.
Portal da UJS: Há uma tentativa permanente da imprensa em caracterizar a UNE de hoje como uma entidade de poucas lutas, chegando a fazer certas comparações grosseiras como utilizar das mobilizações juvenis da Europa e do mundo Árabe para dizer que aqui a juventude não se mobiliza. O que você acha disso?
DI: Vejo que uma parte da mídia tem uma visão ultrapassada e caricata da UNE e da sociedade civil organizada. Outros veículos, no entanto e cada vez mais, têm valorizado o crescente protagonismo da juventude e dos estudantes em todas as esferas da vida pública. Dois claros exemplos de efervescência política: a 2ª Conferência Nacional de Juventude e o 52º Congresso da UNE, cada um deles com milhões de pessoas dando opinião e organizando campanhas e lutas. Em 2011, inúmeras manifestações de rua reforçaram esse protagonismo crescente, desde atos contra o aumento das tarifas de ônibus em várias capitais até a Jornada de Lutas de março deste ano, que levou a campanha "Educação tem que ser 10!" a cento e vinte universidades em mais de quarenta cidades.
Portal da UJS: A UNE é chamada para dar opinião sobre todos os temas relevantes para o país. O que você tem achado do governo de Dilma Rousseff, quais são para você os principais obstáculos do atual governo na luta por construir um projeto de desenvolvimento?
DI: Dilma foi eleita pela maioria dos brasileiros para aprofundar um projeto de transformações para o Brasil. Somos, ainda, um país muito desigual. A superação destas desigualdades e o desenvolvimento do país devem ser, portanto, as prioridades do governo. O Brasil avançou muito nos últimos anos, mas ainda estamos muito distantes de ver consolidadas as transformações desejadas. É preciso, então, acelerar o passo!
As principais dificuldades encontradas são de convicção e de correlação de forças. O governo fez algumas escolhas, no início do ano, com as quais discordamos, como o corte no orçamento e mais um aumento da taxa de juros. Essas medidas não jogam a favor do desenvolvimento, pelo contrário, desaceleram o crescimento e combinadas à sobrevalorização do dólar, o país pode correr o risco de desindustrialização. A UNE defende um projeto de desenvolvimento democrático e autossustentável, soberano e solidário, com distribuição de renda, valorização do trabalho e da produção para um povo e uma juventude mais feliz. Entendemos que nosso papel é pressionar os governos e dialogar com a sociedade para que o país avance.
Portal da UJS: Qual você acha que deva ser o foco de atuação da UNE nos próximos dois anos?
DI: A UNE deve estar concentrada em interferir no debate educacional no Brasil, ajudando o país a investir 10% do PIB e 50% do Fundo Social do pré-sal na educação, a erradicar o analfabetismo e ampliar o acesso e a qualidade do ensino superior. A UNE deve convocar um grande debate do que há de melhor no pensamento brasileiro atual. Deve discutir com artistas, políticos, esportistas, jornalistas, acadêmicos sobre o Brasil da década que se inicia. Qual o projeto de país? Qual o papel do Desenvolvimento e da Educação? Assim, estará, lado a lado com o conjunto dos movimentos sociais brasileiros, mobilizando a população em torno de bandeiras unitárias e estratégicas para o país, como a redução da jornada de trabalho, as reformas agrária e urbana, entre outras. E estará decidida a estruturar-se e enraizar-se cada vez mais, lançando campanhas, organizando atividades, ampliando sua ação na internet, consolidando sua ouvidoria, avançando na construção de sua sede, mobilizando passeatas, percorrendo o Brasil.

Fonte: Portal da UJS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A 1ª PPP do metrô registra mais um incidente

Problema em escada rolante deixa 4 feridos na estação Paulista do Metrô de SP
É a primeira linha de São Paulo a ser operada pela iniciativa privada, e em pouco tempo de funcionamento apresentou mais um grave incidente.
A Linha 4 tem em seu histórico, por um lado, o fato de ser a primeira Parceria Público-Privada (PPP) assinada no país. Por outro, soma nove mortos – sete delas em janeiro de 2007, no episódio conhecido por "Cratera do Metrô" –, quatro feridos, repetidos atrasos e uma investigação da Polícia Federal.Um problema em uma escada rolante, na manhã desta quinta-feira, deixou 4 pessoas feridas na estação Paulista, da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo. O equipamento está localizado na interligação com a estação Consolação, da Linha 2-Verde.
A ViaQuatro, empresa responsável pelo ramal, não soube informar o tipo de problema que a escada rolante teve. Os feridos receberam atendimento médico e passam bem, segundo a ViaQuatro. A escada rolante foi interditada para perícia.

Os otárinhos, ou melhor, os otavinhos

Os otavinhos são personagens típicos do neoliberalismo. Precisam do desencanto da esquerda, para tentar impor a ideia do tango Cambalache: Nada é melhor tudo é igual.
Os otavinhos são jovens de idade, mas envelhecem rapidamente. Passam do ceticismo – todo projeto de transformação deu errado, tudo é ruim, todo tempo passado foi melhor, a política é por natureza corrupta - ao cinismo –quanto menos Estado, melhor, quanto mais mercado, melhor.
São tucanos, seu ídolo é o FHC, seu sonho era fazer chegar o Serra – a quem não respeitam, mas que lhes seria muito funcional – à presidência. Vivem agora a ressaca de outra derrota, em barzinhos da Vila Madalena.
Tem ódio ao povo e a tudo o que cheira povo – popular, sindicatos, Lula, trabalhadores, PT, MST, CUT, esquerda, samba, carnaval.
Se consideram a elite iluminada de um país que não os compreende. Os otavinhos são medíocres e ignorantes, mas se consideram gênios. Uns otavinhos acham isso de si e dos outros otavinhos.
Só leem banalidades – Veja, Caras, etc. -, mas citam muito. Tem inveja dos intelectuais, da vida universitária, do mundo teórico, que sempre tratam de denegrir. Tem sentimento de inferioridade em relação aos intelectuais, que fazem a carreira que eles não conseguiram.
São financiados por bancos da família ou outras entidades afins, para ter jornais, revistas, editoras, fazer cinema, organizar festivais literários elitistas.
Fingem que gostam da França, mas são chegados a Miami.
Ficaram para trás com a internet, então abominam, como conservadores, reacionários idosos que é sua cabeça.
Se reúnem para reclamar do mundo e da sua decadência precoce.
Os otavinhos não tem caráter e por isso se dedicam a tentar denegrir a reputações dos que mantem valores e coerência, para tentar demonstrar que todo mundo é sem caráter, como eles.
Os otavinhos assumem o movimento de 1932, acham que São Paulo é a “locomotiva da nação”, que é uma ilha de civilização cercada de bárbaros por todos os lados. Os otavinhos detestam o Brasil, odeiam o Rio, a Bahia, o Nordeste. Odeiam o povo de São Paulo, querem se apropriar de São Paulo com seu espírito de elite.
Os otavinhos moram ou ambicionam morar nos Jardins e acham que o Brasil seria civilizado quando tudo fosse como nos Jardins. Os otavinhos nunca leram FHC, não entendem nada do que ele fala, mas o consideram o maior intelectual brasileiro.
Os otavinhos são órfãos da guerra fria, da ditadura e do FHC. Andam olhando pra baixo, tristes, depressivos, infelizes.
Os otavinhos compram todas as revistas culturais, colocam no banco detrás do carro e não lêem nenhuma. Lêem a Veja e Caras. Os otavinhos acham que a ditadura foi um mal momento, uma ditabanda.
Os otavinhos são deprimidos, depressivos, derrotados, desmoralizados, rancoroso, escrevem com o fígado. Os otavinhos têm úlcera na alma.
Os otavinhos odeiam o Brasil, mas pretendem falar em nome do Brasil, para denegri-lo, promover a baixa estima. Os otavinhos pertencem ao passado, mas insistem em sobreviver.

Por Emir Sader

China: mercado aberto, internet fechada

Cerca de 1,3 milhão de sites foram fechados na China em 2010, segundo um centro de estudos do governo chinês.
De acordo com um levantamento da instituição, havia 41% menos de sites na China no final do ano de 2010 do que no mesmo período do ano anterior.
Os dados fazem parte do Relatório sobre o Desenvolvimento da Indústria de Novas Mídias na China, que foi apresentado pelos pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Nos últimos anos, oficiais chineses endureceram o controle sobre a internet, e deram início a uma perseguição contra sites de pornografia em 2009.
No entanto, o pesquisador do Instituto de Pesquisa sobre Mídia, Liu Ruisheng, um dos responsáveis pelo levantamento, disse que a diminuição no número de sites não tinha relação com o controle governamental.
Durante a apresentação do estudo, ele disse que a China tem "um alto nível de liberdade de expressão".
'Supervisão rigorosa'
De acordo com Liu, o número de páginas de conteúdo nos sites em funcionamento aumentou para 60 bilhões - 79% a mais do que no ano anterior -, apesar da redução no número total de sites.
"Isso quer dizer que o nosso conteúdo (na internet) está mais forte, enquanto nossa supervisão está se tornando mais rigorosa e ordenada", disse.
No entanto, ativistas pelos direitos civis vem protestando contra a censura à internet do governo chinês. De acordo com críticos, muitos sites são fechados no país por razões políticas.
O levantamento diz ainda que cada vez mais chineses usam fóruns imonline para debater acontecimentos do país e do mundo.
Uma série de sites são bloqueados habitualmente, como o serviço de língua chinesa da BBC e sites de redes sociais como Facebook, YouTube e Twitter.

Com BBC Brasil

Para que serve a Câmara de Vereadores?

Para dar nome de rua e dinheiro para o Corinthians.
A Câmara de Vereadores de SP aprovou a isenção de R$ 420 milhões para o Fielzão
O debate em torno da proposta de retorno do número de vereadores em Foz do Iguaçu para 21, número que era até 2004, assim como em vários municípios, está começando de maneira equivocada. Defendo a tese de que o processo precisa ser invertido. Devemos debater primeiro o papel do vereador, do poder legislativo, o que significa, para que serve e aí sim talvez cheguemos a uma conclusão do número que seja ideal desta representação, que é o pilar de nosso sistema democrático.
O discurso minimalista, simplista, do número pelo número, não qualifica o debate, atenta contra a democracia e não traz a tona questões importantes como a relação da comunidade com a Câmara de Vereadores (a maioria da população não conhece, não compreende o papel dos vereadores, os parlamentares municipais não conseguem comunicar efetivamente este trabalho e a maior parte da população é pautada apenas pelas notícias negativas sobre o legislativo). Fica fácil construir um discurso da inutilidade deste poder, que repito, é o pilar do nosso sistema democrático, com seus defeitos e suas qualidades, mas fruto de conquistas históricas deste país.
Diante deste acumulado de desinformação, é fácil prever que a enquete realizada pela Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu - Acifi chegará ao número mínimo previsto na legislação, que são nove vereadores (o Congresso Nacional preferiu não legislar sobre o tema e deixou o debate para os municípios com faixas absurdas como o caso de Foz do Iguaçu que possibilita um mínimo de 9 e um máximo de 21 cadeiras). Esquecem os defensores do número mínimo que quanto menor for o poder legislativo mais fácil será o conchavo, menos transparente será o debate, mais difícil será a pluralidade das ideias.
A democracia tem um custo. E é isso que precisa ser discutido. A sociedade quer pagar o custo da democracia ou prefere os estados autoritários e autocratas que alguns continuam sonhando no país? A estes interessa sim a descaracterização completa do papel que cumpre o poder legislativo como base de nosso sistema político e de Estado. Aliás, para estes seria muito melhor que o poder legislativo.
No caso específico de Foz do Iguaçu, ao contrário do que alguns e, principalmente, do que setores da imprensa disseminam, uma proposta de ampliação do número de vereadores de 15 para 21 não pode representar aumento de gastos na Câmara Municipal. A conta é simples e se for estudada ficará fácil de comprovar esta tese.
A Câmara de Foz do Iguaçu utiliza os 6% da receita corrente líquida do município, como determina na legislação federal, desde que foi criada esta regra. Deste percentual, existe um limite de gasto com pessoal de 70%, também lei federal, onde estão incluídos salários de servidores, assessores, direção e vereadores. Este limite orçamentário de gasto com pessoal já é utilizado hoje, em uma Câmara com 15 vereadores. Caso se opte pela ampliação do número, a única alternativa será diminuir número de assessores, integrantes da direção administrativa ou mesmo revisão de salários (o que só pode acontecer para a próxima legislatura). O debate só será verdadeiro se estes percentuais forem esclarecidos para a população.
Por fim, poderemos debater a qualidade do poder legislativo, além de seu papel constitucional. A este item do debate deixo como questionamento para respostas: a qualidade é definida por quem? As pessoas que integram o poder legislativo foram eleitas e por estes eleitores devem ser fiscalizados e julgados. No limite quem define a qualidade e o tipo de representatividade do poder legislativo são os eleitores.

Por Nilton Bobato que é vereador do PCdoB em Foz do Iguaçu (PR)

São Paulo tem um SUS diferente do resto do Brasil

 Secretaria da Saúde de SP informou nesta quarta-feira, 13/7, que os pacientes de planos de saúde não precisarão passar pela rede pública para ter acesso aos hospitais estaduais de alta complexidade gerenciados por OSs (Organizações Sociais). Eles precisarão, porém, já ter um diagnóstico.
Uma nova lei, regulamentada há uma semana, permite a oferta de até 25% dos atendimentos dessas unidades a doentes particulares.
Na segunda-feira, o secretário da Saúde, Giovanni Cerri, havia informado à Folha que o acesso se daria por meio de uma unidade pública -como ocorre com o paciente do SUS, que, às vezes, chega a demorar meses para conseguir atendimento.
Ontem, porém, ele disse, por e-mail, que o paciente privado, quando já tiver o diagnóstico, poderá agendar diretamente o atendimento no hospital estadual. "Não posso penalizar uma pessoa que já tem um diagnóstico."
Nega que haverá privilégio no acesso ou "dupla-porta".
"Na unidade, ele entrará na fila de consulta de rotina, a mesma dos doentes do sistema público, para ter o seu diagnóstico validado por um médico do SUS", diz Cerri.
Depois, afirma, o paciente privado entrará na fila de atendimento, como os demais do SUS. "Não será possível agendar consultas ambulatoriais de rotina."
O Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira e o Hospital de Transplantes são duas das instituições que passarão a oferecer serviços aos pacientes privados. A lista completa ainda está sendo definida. A medida deve começar a vigorar em um mês.
Para o advogado Pedro Estevam Serrano, especialista em direito constitucional da PUC-SP, a lei é inconstitucional e comprometerá ainda mais o atendimento "já precário". "Haverá redução na oferta de serviços."
Os pacientes de planos, diz, terão privilégio no acesso a esses serviços. "Isso é um tratamento claramente desigual e atenta contra os princípios de universalidade do SUS, de isonomia e igualdade entre os cidadãos."
O promotor da área de saúde Arthur Pinto Filho tem a mesma opinião e pretende entrar com ação civil pública contestando a lei. "São Paulo não pode ter um SUS diferente do resto do Brasil."

Com Folha de S.Paulo

Desculpe o Auê, eu não queria magoar você

Homem vai encontrar sua amante virtual e descobre que ela era sua namorada real
Não sei definir ao certo se isso é coisa de cinema ou de novela, mas é, no mínimo, muito engraçado. Essa é a história de mais um homem que tentou ser o cara mais esperto da face da Terra e conseguiu acertar o raio duas vezes no mesmo lugar.
Um homem, que mantinha um perfil em um site de relacionamentos (algo muito comum na América do Norte), marcou um encontro com a sua amante virtual, para, enfim, conhecer a pessoa com quem passava horas conversando em frente ao computador.
Encontro marcado, tudo certo para o grande momento. Eis que este homem encontra na hora, data e local a própria namorada! Ele conseguiu se apaixonar duas vezes pela mesma mulher ou ela sabia exatamente como atraí-lo? Tirando essa única hipótese “bonitinha”, a mulher, de 49 anos de idade, jogou uma xícara de café no rosto de seu então namorado e em seguida o esbofeteou.
Nisso, um policial de folga que passava no local prendeu a mulher e pediu ajuda para que outros amigos policiais fossem ao local resolver a situação. Esse breve conto aconteceu de verdade na cidade de Barrie, em Ontario, no Canadá. A imprensa local informou que a mulher está à espera de uma audiência de fiança.

Com G1

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Manifesto da campanha pelo Estado da Palestina Já!


O Povo Palestino tem o direito de ter o seu próprio Estado, livre, democrático e soberano! Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Plano de Partilha da Palestina, que resultou na criação do Estado de Israel. Essa iniciativa criou uma tragédia cotidiana para o povo palestino. Mais de 500 vilas e comunidades palestinas foram destruídas. Milhares foram presos, torturados e assassinados.
Palestinos foram expulsos de suas casas e de centenas de cidades. Cerca de 4,5 milhões de refugiados palestinos vivem hoje pelo mundo, sendo que a maioria destes se encontra nas fronteiras da Palestina ocupada, e o Estado de Israel segue negando o direito de retorno para todos. A ocupação militar israelense, com o apoio das potencias ocidentais, avançou e conquistou novos territórios, em Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e até mesmo nas terras sírias das Colinas de Golã e no Sul do Líbano.
Caberá a ONU, com base no direito internacional e em suas próprias resoluções, (em especial a 181, de 1947, que reconhece o Estado da Palestina) ratificar e admitir o Estado da Palestina como membro pleno da organização, caso contrário, será conivente com os crimes cometidos pelo colonialismo israelense contra o povo palestino.
Em setembro deste ano, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reconhecida internacionalmente como única e legítima representante do povo palestino, irá solicitar da ONU a aprovação do Estado da Palestina como membro pleno desta organização.
Enquanto o povo palestino vem insistindo por uma paz justa para o conflito, os sucessivos governos israelenses continuam não cumprindo as inúmeras resoluções da ONU, mantendo nos cárceres mais de oito mil presos políticos, reprimindo violentamente as manifestações pacíficas de palestinos e israelenses que defendem a criação do Estado da Palestina e seguindo na construção do muro do apartheid ou muro da vergonha, um muro que hoje já tem cerca de 500 km de extensão, e que proíbe a livre circulação de pessoas e produtos entre as cidades e vilas palestinas.
Uma paz justa e duradoura pressupõe a criação, de fato, do Estado da Palestina, e a inclusão deste como membro pleno da ONU, com todos os direitos e deveres que tal decisão implica.
Estados Unidos e Israel comandam a oposição sistemática para que os direitos inalienáveis do povo palestino ao retorno e à autodeterminação não sejam cumpridos.
Se a ONU permitiu a incorporação do Estado de Israel como membro pleno, apesar do mesmo não obedecer aos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, e de violar cotidianamente os direitos humanos, econômicos, sociais, políticos e culturais dos palestinos, é preciso que o Estado da Palestina também tenha o direito de existir plenamente já.
Apoiaremos as mobilizações populares dos palestinos que lutam contra o governo antidemocrático de Israel. Nós, militantes de organizações representativas do povo brasileiro, afirmamos: apoiar o povo palestino é apoiar todos os povos em sua caminhada de paz, justiça e liberdade!

Comitê Palestrina Livre


terça-feira, 12 de julho de 2011

Fundo de R$ 12,5 mi vai proteger terras caiapós

Nos próximos cinco anos, comunidades caiapós terão à disposição R$ 12, 5 milhões para projetos dedicados à proteção e monitoramento de suas terras no sudeste da Amazônia, beneficiando cerca de 7 mil pessoas que vivem na região.
Os cerca de 10,6 milhões de hectares de terras em reservas caiapós - mais ou menos o território da Islândia - ficam na rota do chamado "arco do desmatamento" que concentra não só as maiores taxas de destruição na Amazônia como os maiores índices de confrontos por terra.
O Fundo Caiapó será gerido pelo Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e deve utilizar a renda anual do capital investido para financiar a administração de longo prazo das terras indígenas. Todos os projetos terão que ser propostos e formulados por organizações indígenas.
A partir daí, passarão por uma comissão técnica e serão então submetidos às aprovações da Funai (Fundação Nacional do Índio) e de uma comissão formada por investidores do fundo. De início, as organizações indígenas que podem receber financiamento são: Associação Floresta Protegida, Instituto Kabu and Instituto Raoni.
O financiamento é dividido entre o Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que entra com metade do valor, e a organização não-governamental Conservação Internacional, que entra com a outra metade.
A ideia é depois dos cinco primeiros anos, o montante do fundo suba para R$ 23,4 milhões, mas a Conservação Internacional trabalha com a expectativa de que mais investidores possam participar da iniciativa.
De todo jeito, será uma boa injeção de capital em uma das áreas que mais sofrem pressão na Amazônia.

Com BBC Brasil
Foto: Cristina Mittermeier/ iLCP


Promotoria: Governo de SP transgride a lógica do SUS


Para o promotor da área de saúde Arthur Pinto Filho, o decreto que regulamenta a cobrança aos planos de saúde contraria a regra do SUS (Sistema Único de Saúde), que determina que o atendimento público de saúde deve ser igualitário para todos.
A cobrança, segundo ele, criará nos hospitais públicos uma "dupla porta" -onde pacientes de convênios terão atendimento mais rápido.
"Isso viola a lógica do Sistema Único de Saúde. São Paulo não pode ter um SUS diferente do resto do Brasil. Quem vai pagar vai querer furar a fila. Estão entregando o patrimônio público às operadoras de plano de saúde", diz o promotor, que entrará com uma ação civil pública contestando o decreto.
Segundo ele, cerca de 50 entidades de saúde e de defesa do consumidor enviaram uma representação ao Ministério Público contra a lei.
Entre elas, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que também diz acreditar que haverá uma fila de espera exclusiva para pacientes de convênios.
Para a advogada Lenir Santos, do Instituto de Direito Sanitário Aplicado, a lei não deixa claro como será o acesso dos pacientes privados aos hospitais públicos.
"Será por telefone, como acontece no InCor [Instituto do Coração], ou vão ter que esperar na fila mais de seis meses, como o paciente SUS?", questiona.
Na avaliação do pesquisador da USP Mário Scheffer, especialista em saúde pública, o decreto usa termos genéricos que dão margem a diferentes interpretações.
"Ele fala que a OS deve "abster-se de proceder à reserva de leitos, consultas e atendimentos". Mas a OS pode não "reservar", e mesmo assim facilitar o acesso [de pacientes conveniados] à marcação e ao agendamento."
"Só saberemos o quanto a lei vai subtrair do SUS quando for assinado o primeiro convênio com os planos."

Com Folha de S.Paulo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A nova marginal inaugurada por Serra e Kassab

Deu nisso, custo da nova marginal cresce 75%
Apesar de as novas pistas da Marginal do Tietê terem sido abertas há quase um ano e meio, as obras de ampliação continuam consumindo dinheiro público. Uma nova atualização no valor do convênio firmado entre Prefeitura de São Paulo e governo do Estado colocou mais R$ 200 milhões na obra no fim de junho. O custo da Nova Marginal chega a R$ 1,75 bilhão – 75% acima do estimado no primeiro orçamento, de 2008.
No total, seria possível construir 300 escolas ou sete hospitais de 200 leitos cada com os R$ 750 milhões extras que já foram gastos com a via. O custo maior é resultado da inclusão de serviços que não foram previstos pela Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), empresa do Estado responsável pela obra.
Em fevereiro deste ano, só faltava terminar a ponte estaiada do Complexo das Bandeiras, que facilitará o acesso dos veículos à Avenida do Estado a partir da Marginal – o término da construção, pelo projeto inicial, seria em 2008.
A nova injeção de recursos não será dirigida só para a nova ponte. Segundo a Dersa, os R$ 200 milhões irão para obras secundárias, como travessias subterrâneas para passagens da fiação elétrica, barreiras de concreto e o alargamento da pista local para construção da quarta faixa entre as pontes do Limão e Casa Verde.
Já a ponte estaiada, prometida para dezembro de 2010, teve sua inauguração adiada para o mês passado e, agora, a promessa é que ela seja aberta parcialmente ao tráfego até o final de julho. O custo total da estrutura foi de R$ 85 milhões, sem incluir a iluminação e a alça de acesso ao Bom Retiro, na região central, que não será inaugurada este ano.
As novas lâmpadas para a ponte também estão incluídas na atualização do convênio entre Prefeitura e Dersa feita no mês passado.
Com a inauguração da ponte, cerca de 20 mil veículos por dia que vêm da Avenida do Estado poderão entrar diretamente nas pistas central e local da Marginal no sentido Castelo Branco. Hoje, é preciso virar à direita na continuação da Avenida Tiradentes, atravessar a Marginal, contornar a Praça Campo de Bagatelle e seguir pela Avenida Olavo Fontoura.
Os convênios são instrumentos jurídicos que viabilizam o repasse de recursos para a obra. No caso da Marginal, o primeiro foi firmado em 25 de fevereiro de 2008, no valor de R$ 1 bilhão, quando começaram os trabalhos. Quanto aos aumentos, a Dersa diz que, como o projeto de engenharia e o licenciamento ambiental foram concluídos após a assinatura do convênio, somente com a finalização desses trabalhos é que foi possível obter uma “estimativa mais realista sobre o custo”. A alta da inflação é outra justificativa para os atrasos.

Com o JT

Ricardo "Monte" Teixeira faz da CBF um penico

domingo, 10 de julho de 2011

Blogs substituem protestos e mostram o descaso

Pedir audiência com o subprefeito, queimar pneus e interditar ruas para reivindicar melhorias nos bairros está ficando obsoleto. A arma de algumas associações de moradores tem sido os blogs. Neles, as entidades fazem as reivindicações e, principalmente, divulgam quando há descaso do poder público. O resultado, dizem os blogueiros, é que os problemas são resolvidos e com mais agilidade. Alguns cidadãos indignados com questões de bairro têm usado a mesma estratégia.
Depois de cinco anos à espera de uma solução para o problema de saneamento da rua onde morava, Robinson Dias criou o blog SOS Rua Brasiluso. “Comecei o blog como uma forma de desabafo sobre o descaso que sofríamos, mas deu tanta repercussão que recebemos até a visita de um secretário municipal que veio ver o problema pessoalmente.”
Lourivaldo Delfino, do Jardim Tietê, zona leste, criou o blog Riacho dos Machados para protestar. Segundo ele, os moradores ficaram quatro dias sem assistência depois de uma grande enchente. Mas, o que era um protesto, ganhou a internet. “Postando vídeos, relatando o descaso, enviando links para vereadores, deputados e secretários, as coisas começaram a acontecer. Os blogs dão muito mais resultado que queimar pneus e fazer protestos. Não tenho dúvida.”
A experiência deu tão certo, que Delfino diz já ter criado 56 blogs para ajudar outras comunidades a resolver suas pendências com órgãos públicos.
João Maradei, diretor da AME Jardins, na zona sul, afirma que a entidade tem um bom canal de comunicação com a Prefeitura. Mas o blog ajuda a melhorar a relação. “Com publicações que fizemos, conseguimos eliminar seis pontos de descarte irregular de lixo e entulho. A própria Subprefeitura de Pinheiros se antecipou ao ver as postagens e as fotos e resolveu o problema.” Para ele, essa é uma ferramenta que permite uma relação de maior transparência com o poder público e os associados.
Rosa Richter, vice-presidente da Amo Jardim Sul I e II, mantém no blog uma votação para saber se os moradores querem uma subprefeitura exclusiva para o Morumbi. Quando considerar oportuno, vai apresentar o resultado para a Prefeitura junto com um projeto para sua criação. “O que percebo é que os moradores querem esse tipo de informação da comunidade. Existe uma grande demanda para isso.”
Carne e osso
A coordenadora do curso de Ciências Sociais da Universidade Metodista, Luci Praum, afirma que os blogs são uma ferramenta a mais dos movimentos sociais. “Mas não substituem a organização direta das pessoas, a presença em carne e osso.”
Em sua avaliação, essas novas mídias servem para que os movimentos avaliem qual a melhor estratégia para o objetivo que pretendem atingir. “Um não exclui o outro.”

Com o JT