segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Antes era botina, agora panetone



O único governador do DEM foi flagrado com dinheiro na mão, em sacos e sacolas e cestas. Um dos prováveis nomes a vice da chapa de Serra, deixou o partido parceiro dos tucanos em alerta.

O DEM e o PSDB desde 1995 estabeleceram uma parceria em todas as eleições. Como todos sabem o DEM, é o ex-PFL, também chamado de Partido da Feira Livre.

E sacos, sacolas e cestas são usados para embalar e carregar os produtos das feiras.

O partido que sempre tratou a política como balcão de negócios, esse gen é antigo, começou na UDN, passou para Arena, mudou para PFL até o atual DEM.

É uma genética muito ruim de voto, só chegou ao poder através de golpes, como o de 1964, e através dos Atos Institucionais do regime militar, AI-1, AI-2, AI-3 até o AI-5, que criavam condições eleitorais para a Arena vencer, o partido oficial dos quartéis.

Entre as armações eleitorais a soma de três legendas garantia a eleição de um dos concorrentes contra um único adversário, do então partido de oposição o MDB.

O PFL que virou DEM vem perdendo espaço político a cada eleição desde 1986. Chegou a ter seis governadores geralmente no nordeste onde os coronéis ainda mandavam. Hoje tem ou tinha um só, o governador José Roberto Arruda.

Arruda que foi líder do governo de FHC e também foi flagrado na fraude do painel de votação, com a armação da votação do Senado em que cassaria o senador Luís Estevão.

ACM também do DEM, comandou a violação do painel, e Arruda renunciou para não ser cassado. E se elegeu governador do Distrito Federal.

A primeira explicação da montanha de dinheiro circulando na campanha para governador foi que o dinheiro era para comprar panetone para os mais necessitados.

A desculpa é esfarrapada, mas no passado foram os introdutores do voto casado, de cabresto, a UDN dava um pé de bota antes da eleição e se o candidato vencesse o eleitor receberia o outro pé.

A explicação da dinheirama é esdrúxula, mas o “modus operandis” é o mesmo.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os que construiram a vala dos sem nome



O cemitério Dom Bosco, conhecido como cemitério de Perus, foi construído pela prefeitura de São Paulo, em 1971, na gestão de Paulo Maluf.

No início, recebia cadáveres de pessoas não identificadas, indigentes e vítimas da repressão política. Todos eram enterrados sem nome e sem reconhecimento.

Fazia parte de seu projeto original a implantação de um crematório, o que causou estranheza e suspeitas até da empreiteira chamada a construí-lo, tudo muito estranho.

O projeto de cremação dos cadáveres de indigentes, do qual só se tem notícia através da memória dos sepultadores, foi abandonado em 1976. Ano em que os movimentos contra o regime militar começaram a crescer nas ruas.

Os mortos pela ditadura militar foram ocultados pelos assassinos num cemitério de mendigos, indigentes e desconhecidos.

Depois, foram empilhados na vala comum com miseráveis de todo tipo, gente que, em vida, já era desaparecida, mais que política, desaparecida na sociedade.

Os militantes mortos, o sumiço dos corpos foi um prolongamento fúnebre da vida clandestina, de quem lutava por liberdade.

Durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, quando descobriram as ossadas, criou-se a Comissão Especial de Investigação das Ossadas de Perus.

Familiares exigiram a transferência das ossadas para o Departamento de Medicina Legal da UNICAMP, pois no IML/SP ainda atuavam médicos legistas que assinaram laudos falsos de presos políticos mortos em tortura, como Harry Shibata.

Muitos foram identificados e tiveram suas identidades reveladas com a confirmação de familiares, poderia ser o local de desova do DEOPS e do DOI-CODI.

O Ministério Público acusa várias pessoas responsáveis pelos órgãos públicos na época, entre elas o então prefeito Paulo Maluf, o delegado Romeu Tuma, e o médico legista Harry Shibata, conhecido por assinar os laudos falsos dos presos mortos durante a ditadura (1964-1985).

As caveiras de Perus, sem nomes apenas com um número, eram caveiras de "desconhecidos", segundo os registros do próprio cemitério que marcaram o episódio como os vivos condenados.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Reclame com seu boneco



Após poucos meses de sua primeira posse, o prefeito Gilberto kassab tem frustrado os seus eleitores.

Não foi reeleição porque Kassab era vice de José Serra que renunciou ao cargo, um ano depois de afirmar que cumpriria o mandato até o fim, foi disputar eleição para governador.

Corte de 30% dos serviços de limpeza pública que deixam ruas e bueiros entupidos, e pior na estação das chuvas.

Qualquer chuva simplesmente para a cidade, sujeira para todos os cantos, até em viaduto teve pontos de alagamento, como no minhocão que chegou a ficar interditado.

Buracos em todas as regiões da cidade, causando enormes prejuízos aos motoristas e colocando em risco nas colisões que podem causar.

Diminuição de abrigos e descaso do serviço social municipal, com intensa proliferação de moradores de rua em todos canto da cidade, sem nenhuma atenção ao caso.

Aumento do IPTU, que será progressivo, e chegará a 60%, em alguns casos pode aumentar três, quatro vezes o valor.

Merenda de Kassab mantém má qualidade. Após quatro meses de denúncias de péssima qualidade das merendas em escolas municipais.

Foram encontradas 700 toneladas de alimentos em decomposição que eram vendidas a prefeitura.

Cinco meses da assinatura de novos contratos, fiscais em nova vistoria acham alimentos vencidos e mofados nos refeitórios das escolas.

Fiscalização vê falhas em 22 das 25 escolas; em 3 foram encontrados pombos nos refeitórios, além de muita sujeira.

Escolas atendidas não tinham a comprovação dos exames médicos das merendeiras, aumentando o perigo de contágio.

Que é uma exigência contratual para evitar a manipulação de alimentos por quem pode ter alguns tipos de doença.

Na eleição passada para a prefeitura muitos diziam que se encantaram com a campanha do prefeito Kassab, achando genial a criação do boneco Kassabão.

Se desaponte, ou conteste e reclame em quem você votou, se foi na pessoa ou no Kassabão, na foto acima o seu boneco é o da direita.

sábado, 21 de novembro de 2009

Esperteza agrária, terras a preço de areia



A democratização da propriedade da terra não é uma proposta nova. Era defendida por políticos e intelectuais, como Joaquim Nabuco e André Rebouças, desde a época da abolição, 1888

Durante o processo constituinte de 87, um dos debates mais acalorados foi o que girou ao redor da noção da função social da propriedade rural.

O Estatuto da Terra, lei anterior à Constituição de 88, definia a função social a partir de quatro princípios: a) produtividade; b) observação da legislação trabalhista; c) preservação ambiental e; d) garantia da saúde daqueles que trabalham na terra.

A Constituição Federal de 1988 estabelece que os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, que são os instrumentos que asseguram o acesso a terra.

A grande resistência à reforma agrária é praticada em todos os poderes principalmente na Câmara Federal com 513 deputados a bancada ruralista tem mais de 200 deputados.

No Senado a maioria também pende para os interesses latifundiários, uma das mais aguerridas é a Senadora do DEM de Tocantins, Kátia Abreu, que faz um discurso em defesa da inclusão dos produtores rurais.

Mas, na pratica acabou sendo beneficiada por uma ação do governador de Tocantins Siqueira Campos e a desapropriação de terras de um agricultor que vivia há mais de 50 anos no local, determinada pelo ministério público daquele estado.

Fato este que resultou em uma grande esperteza agrária e a Senadora defensora dos ruralistas e o seu irmão acabaram ficando com os mais mil e duzentos hectares ao transformar terras produtivas em áreas onde nada se planta.

Como indenização a causa, o governo do estado avaliou que as terras tomadas dos pequenos agricultores um valor de R$ 8 por hectare e a senadora e seu irmão são os novos donos da propriedade

Os camponeses e pequenos agricultores com esse grupo de deputados e senadores defendendo os latifúndios, em vez de reforma agrária, vão ver esses fatos de esperteza agrária.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O DEMônio é contra os jovens



Segundo dados da Universidade Federal de Brasília, UnB, o país possui mais de 22 mil alunos negros matriculados em faculdades públicas.

Ingressaram no ensino superior graças às cotas raciais, o número representa menos que 2% dos mais de 1.200.000 alunos matriculados em Instituições de Ensino Superior.

A lei, que entrou em vigor em dezembro de 2008, beneficia estudantes carentes negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, portadores de deficiência física e filhos de policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço

Nos últimos sete anos ingressaram mais negros nas universidades públicas do que nos 20 anos anteriores. Muitas pessoas não têm consciência da intensidade da revolução que é ter mais negros e indígenas nas faculdades.

Além das cotas raciais , existe também o Prouni, Programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudo em instituições particulares, para a inclusão de afrodescendentes.

Em três anos de aplicação do programa, que funciona desde 2005, dos 380 mil alunos beneficiados, 45% eram pardos ou negros.

Tudo muito justo, muito promissor e com grande apoio da opinião pública, menos para o DEM, Democratas, partido político herdeiro do PFL, da Arena, e da UDN, e também dos chicotes e correntes usados na senzalas.

Há três meses o Demo entrou com um pedido no STF, Supremo Tribunal Federal, visando a suspensão das cotas nas universidades.

O pedido de suspensão foi negado, mas pode ser julgado no ano que vem. Como também será julgado pelo voto em outubro, os demos pelos eleitores.

O Demo, como o partido DEM é chamado, apesar do pedido de plágio do demônio, que se acha mais bonzinho que os seus políticos. E pior ainda farão parte como vice da chapa de um dos candidatos do PSDB, José Serra ou Aécio Neves, nas eleições do ano que vem.

Talvez os demos queiram que jovens de famílias mais humildes, sejam negros ou não, simplesmente não estudem.

Os demos não se esquecem da época da escravidão, em que seus pais ou avós mantinham os jovens presos nas correntes aos troncos das senzalas ou vendiam para os fazendeiros vizinhos.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FHC, o filho que vendeu a pátria mãe



No festival de cinema em Brasília políticos e convidados comentam “Lula, o filho do Brasil”, logo após a primeira apresentação pública do filme no país.

O filme de Fábio Barreto conta a história da vida do presidente Lula até a morte de sua mãe, Dona Lindu, quando Lula já era líder sindical.

O roteiro do filme foi feito antes da chegada de 2002, e não estão incluídos diversas fases de Lula, como a chagada a Presidência da República, os recordes de aprovação popular após quase 7 anos de governo, e nem o prêmio de estadista do ano que recebeu recentemente na Inglaterra.

A oposição diz que o filme é eleitoreiro e que seu lançamento será em janeiro do ano das próximas eleições presidenciais.Como resposta sugeriram até que a oposição também lance um filme, talvez da história de Fernando Henrique.

O roteiro de FHC pode ser as privatizações que ocorreram no período de 1995 até 2002 quando 68 empresas foram privatizadas na esfera federal com critérios estranhos e com pouquíssima transparência e com recursos do BNDES.

Deve conter também o filme que o discurso de que o dinheiro arrecadado com a venda das empresas seria investido em áreas sociais quase não era mais utilizado no governo FHC.

No governo FHC dizia-se que a receita destinava-se, sem meias verdades, a atrair capital estrangeiro com vistas a financiar o desequilíbrio externo e fiscal provocados pela política econômica. Contar também a história do "x" que queria introduzir ao nome da Petrobras.

E que mais de 230 processos que pedem a revisão de critérios adotados pelo governo na venda de apenas três empresas, a Vale do Rio Doce, a Telebrás e o Banespa. Com mais de cem ações no judiciário, a Vale é a campeã de processos.

O roteiro deve ser esse, e o final com o valor apurado nas vendas das empresas que na foto FHC indica com os dedos o valor arrecadado. E o nome do filme podem utilizar o do título dessa postagem,"FHC, o filho que vendeu a pátria mãe".


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tenha consciência "brancão"



No dia 20 de novembro de de1695, foi o dia da morte de Zumbi do Palmares, e a data foi escolhida para ser o dia da Consciência negra, o momento a reflexão sobre inserção do negro a sociedade brasileira.

O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro em 1954

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, entre outros.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos, de 2000 para os dias de hoje.

O racismo não deve ser confundido como uma simples discriminação econômica, mas sim como o produtor de um processo consolidado através do tempo de exclusão e interiorização social e econômica.

O aspecto econômico interage com a discriminação étnica tanto numa mão como noutra, e até na contramão. Então, tendemos a pensar assim, julgando que o preconceito limita-se à diferenciação econômica.

Parar de se referir a raça negra com desdém e com visão de ser inferior as outras, não podemos esquecer antes de mais nada, que o país é uma grande miscigenação, formada por brancos, negros e índios.

E não confundir também com as palavras a discriminação, chamar alguém de minha neguinha, é carinhoso, ninguém vai conseguir evitar chamar um amigo de “negão”, não é “brancão”?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PV virando a cabeça



Assim que a senadora pelo Acre, Marina da Sila tomou posse no ministério do Meio Ambiente comentários infelizes de uma classe que se considera superior a todas as outras, ao manifestarem sua visão e a chamavam em "off" de "empregadinha" do Lula.

Marina Silva tem um histórico de luta de vida, aos 15 anos foi levada para a capital, com uma hepatite confundida com malária. Teve uma proteção do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que acolheu um na casa das irmãs Servas de Maria. Queria ser freira. Analfabeta, foi matriculada no então Mobral.

Porque essa elite se acha acima de tudo e de todos, e julga as pessoas pela aparência e porte físico, parece que que desconhece a miscigenação dominante na Brasil.

Deveriam saber que consiste na mistura de raças, de povos de diferentes etnias, ou seja, relações inter-raciais do País.

Uma mistura de várias etnias, de várias raças, miscigenação significa cruzamento. A população brasileira formou-se a partir de três grupos étnicos básicos: o indígena, o branco e o negro. Nem todos tem a aparência do ícones dessa parcela da sociedade.

E também não aceitam que pessoas como a senadora Marina, possam ter trabalhado um dia como empregada doméstica. E qual é a vergonha?

Respondendo pela pasta do Ministério do Meio Ambiente, a senadora Marina da Silva, obteve consideração e respeito nacional e internacional por sua atuação a frente da pasta.

Agora os que a chamavam pejorotivamente de ex-empregadinha doméstica dão seu apoio e a admiração. Os ex-destratores agora passaram a endeusala e o partido de Marina é coligado nacionalmente ao governo federal e em São Paulo é aliado e Serra, Kassab, PSDB e DEM.

O PV, Partido Verde, que foi fundado em 1986 com a filosofia principal, a defesa ao meio ambiente, inspiradas em outros ícones internacionais. Caracterizado pela bandeira branca e logotipo em verde, e depois de idas e vindas chega a dar ânsia de vômito pelas posições políticas assumidas.

Marina Silva incentivada a ser candidata pelo PV, que é aliado com outros partidos que a senadora sempre combateu por 30 anos. A posição dúbia do PV, assim como outros partidos, é sempre comparada ao filme sucesso de bilheteria "O exorcista".

Principalmente no momento maior do filme em que sua protagonista é dominada pelo demônio, ou DEM, aqui a ordem dos fatores não altera o produto, regurgita um líquido verde, e fica virando a cabeça, ora para a direita, ora para a esquerda.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Luiza, a classe trabalhadora não te condena



A ex-prefeita de São Paulo foi condenada a pagar R$ 350 mil aos cofres públicos por uma ação ajuizada por Ângelo Gamez Nunes contra Erundina quando ela administrou a capital paulista.

A deputada federal Luiza Erundina está sendo executada judicialmente pela única condenação que obteve durante toda a sua vida política.

Talvez os mais jovens não tenham conhecido o perfil de Erundina, a primeira mulher eleita prefeita de São Paulo em todos os tempos.

Durante sua gestão realizou uma administração popular e democrática, invertendo prioridades e investindo na periferia. Erundina antes de morar na capital paulista foi Integrante das Ligas Camponesas na Paraíba, nas lutas por direitos sociais e liberdade.

Perseguida pela ditadura militar acaba emigrando para São Paulo, em 1971. Na periferia da capital paulista, reencontra o povo nordestino, na mesma situação de pobreza e opressão.

Faz mestrado em Ciências Sociais na Fundação Escola de Sociologia e Política, da Universidade de São Paulo. É uma das fundadoras do PT. Atualmente no PSB. Em 1982, elege-se vereadora. Quatro anos depois, deputada estadual. Em 1988, é eleita prefeita de São Paulo, derrotando Paulo Maluf em eleições concorridas.

Invertendo prioridades e investindo na periferia. Os 52 prefeitos que a antecederam em São Paulo, por exemplo, construíram um total de nove hospitais. No governo Luiza Erundina, a cidade ganha seis novos hospitais, sendo dois, o de Ermelino Matarazzo e o de Campo Limpo, hospitais de grande porte.

Encontrei-me em diversas vezes com Luiza Erundina, trabalhando na imprensa, em campanha política, como a de governador em 98, nas municipais de 1988, 2008, e por locais por onde passei em conversa com moradores de diversas comunidades e entidades sociais sempre falam de Erundina com muito respeito e consideração.

Há 20 anos,em 1989, a então prefeita declarou apoio à greve geral deflagrada pelos trabalhadores. A ação impetrada foi julgada e quer que Erundina devolva o dinheiro que a Prefeitura utilizou com publicações impressas em que ela se posicionou favoravelmente ao movimento dos trabalhadores em greve.

A sentença da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo considerou que a publicação não atendia ao interesse público e condenou Erundina pessoalmente pela dívida. A sentença é definitiva.

O movimento chamado de "Luiza apoio você", consiste na ação de amigos, admiradores e ex-colegas da relação política, que visam arrecadar dinheiro para cobrir o valor da multa. Quem quiser maiores informações pode obter no escritório de Luiza Erundina (11) 5078-7355

O apartamento da ex-prefeita, único imóvel que possui e seu carro já foram penhorados. Além disso, parte de seu salário de deputada federal também está sendo bloqueado todo mês para cobrir a dívida.

Por ser sempre coerente em toda sua vida pública a ex-prefeita foi multada por ser solidária aos trabalhadores, mas os movimentos sociais, da cidade e do campo, e as entidades representativas das classes trabalhadoras absolvem Luiza Erundina.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O muro e as visitas não evitam conflitos



O conflito árabe-israelense no Oriente Médio é um dos mais longos da história da humanidade. Acontece desde o fim do século XIX em constantes ataques de cada lado, com cenas de tristes lembranças.

Nesse mês de novembro o Brasil recebe a visita do presidente de Israel, Shimon Peres e na semana seguinte o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad que também fará uma visita ao país.

Entre as várias homenagens da comunidade israelita e contatos com a diplomacia do governo brasileiro, Shimon Peres deverá usar a palavra para manifestar-se contra a vinda ao país do presidente do Irã, e o perigo que representa o programa nuclear de Ahmadinejad, além de pregar o desejo de varrer Israel do mapa e negar a existência do Holocausto.

Para cada visita as comunidades em São Paulo farão provavelmente manifestações contrárias à presença dos dois, os árabes radicados aqui contra Shimon, e os israelitas contra a presença em território nacional do líder iraniano.

Os palestinos já programaram e convocaram líderes das entidades para protestarem principalmente contra o muro que ainda não está concluído e que divide as duas cidades, Jerusalém do lado de Shimon e a Cisjordânia do lado palestino.

Cerca de dois terços dos árabes da Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico. As Nações Unidas estimam que cerca de 750 mil árabes tornaram-se refugiados como consequência do conflito e a divisão das cidades.

A muralha começou a ser construída em 2002, durante o governo do primeiro ministro israelense, Ariel Sharon, para evitar a infiltração de terroristas suicidas palestinos em Israel. A iniciativa suscitou críticas da comunidade internacional, que considera o muro como um símbolo de segregação.

No ano passado em pleno mandato de Shimon Peres as Forças de Defesa de Israel iniciaram a sua mais intensa operação militar, agora por cima do muro, contra um território palestino desde a Guerra dos Seis Dias (1967). Oficialmente, o objetivo da operação era interromper os ataques de foguetes da facção palestina, Hamas, contra o território israelense.

Há 60 dias a comissão da comissão do Conselho de Direitos Humanos da ONU apresentou seu relatório, concluindo que Israel "cometeu crimes de guerra e, possivelmente, contra a humanidade".

Segundo números do conflito recente denominado de Operação Chumbo Fundido resultou na morte de mais de 1.500 palestinos, mais da metade deles civis. 780 deles não participaram nos combates, incluindo 320 jovens ou crianças (252 com menos de 16 anos) e 111 mulheres. Do lado de Israel, foram declarados 13 mortos, sendo três deles por "fogo amigo".

O embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, disse que a presença do iraniano é observada "com preocupação" e defendeu uma advertência internacional contra o programa nuclear do Irã.

Como no muro (na foto acima), em construção na Cisjordânia que divide os dois povos, a Frente de Defesa do Povo Palestino de São Paulo já convocou um ato de repúdio ao Shimon Peres, O Senhor Guerra, como é conhecido no Oriente Médio, em frente ao MASP, no dia 12, quinta-feira, às 16h.

Veremos nesse mês manifestações contrárias das duas comunidades que aqui vivem aos dois visitantes ao país, e que "Salam Aleikum".



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os moços confundiram Uniban com Taliban



Teve um lamentável fim o caso que envolveu os universitários da Uniban em transe e a aluna que trajava um vestido vermelho acima do joelho e um pouco abaixo da cintura.

Depois da exposição da cena do constrangimento que foi colocada na
internet por uma câmara de um colega de faculdade, que deveria estar ávido por descobrir novas curvas e aprofundar as imagens captadas.

A jovem que tinha planos de ir a uma festa após as aulas, já estava até com o traje adequado, em vez da “balada” acabou sendo escoltada pela polícia militar, para sair do
campus usando um avental para esconder o que o “vestido vermelho” mostrava.

A
direção do centro universitário, se é que podemos chamar assim, resolveu em vez de promover o debate, simplesmente expulsou a aluna, expondo-se a opinião pública a sua decisão e demonstrando como não deve ser a conduta de diretores de uma universidade.

Quanto aos moços, os colegas, deixaram também uma dúvida quanto ao comportamento para a sociedade e as gerações mais velhas, afinal não são eles que defendem a liberdade, os horários da saída até o sol raiar, as competições de beijos em uma noite, as roupas mais ousadas, pouco pano e muita tatuagem a amostra, as saias e vestidos cada vez mais curtos, entre tantos outros
modismos da juventude?

Pela
reação de um grande grupo de jovens que proporcionaram as cenas agressivas, talvez quisessem que a jovem estivesse de burka que é um vestido feito de feltro ou Karakul, pêlo curto encaracolado de cordeiros jovens da raça de mesmo nome.

As jovens e as senhoras são obrigadas a usar a
burka para quem segue o Taliban – ou “Talibã” – que é exigido pelo movimento islamita extremista nacionalista da Etnia afegane Pashtu. O termo Pashtu que dizer "aquele que estuda o livro", no caso o alcorão.

E como diz a letra de
Lupicínio Rodrigues, em “Esses moços pobres moços,
Ah! Se soubessem o que eu sei”, não confundiriam a
selvageria da Uniban com Taliban, que é uma postura fundamentalista islâmica.

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domingo, 8 de novembro de 2009

A questão não é a campanha, e sim o “delivery”





Durante o congresso do PCdoB realizado na última sexta-feira em São Paulo o presidente Lula estranhou a fórmula encontrada pelo PSDB em treinar cabos eleitorais nas cidades do Nordeste.

A operação, segundo reportagem da "Folha de S.Paulo, tem a previsão de gasto R$ 450 mil, o programa tem como meta o recrutamento e qualificação de mão-de-obra - voluntária ou contratada - para a campanha presidencial de 2010, entenda-se militância paga, que virou uma constante nas últimas eleições praticadas principalmente por partidos que não tem muitos filiados voluntários, militância terceirizada, como é o caso do PSDB.

A direção nacional dos tucanos reagiu na hora, o presidente do partido, Sérgio Guerra, quer a paz, não quer confrontos, e nem falar de ditadores que causaram a guerra mundial. E o ex-presidente FHC declarou “não sou candidato, e não estou em campanha”.

A ira demonstrada pelo sociólogo e professor Fernando Henrique deve ser pelo momento em que chega a comparação inevitável de seus oito anos de governo com o de Lula, mesmo faltando para este um ano e dois meses para concluir o seu segundo mandato.

O descontrole do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é notado na semana que o presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu um título de “Estadista do ano”, prêmio concedido pelo instituto de assuntos internacionais do Reino Unido, Chatham House.

A premiação é uma forma de reconhecimento por sua atuação no governo ao distribuir renda e de reduzir a pobreza no Brasil por meio de políticas econômicas que mantiveram o equilíbrio fiscal e evitaram o aumento da inflação.

O site da Chatham House cita também a atuação de Lula na solução de crises regionais, na América do Sul, e o estabelecimento da missão de paz no Haiti, além do fortalecimento da inserção do Brasil no cenário mundial e sua atuação para fomentar o consenso nos foros multilaterais econômicos e comerciais.

As comparações já estão na boca do povo, enquanto o presidente Lula, o ex-operário, é reconhecido internacionalmente como “estadista” e o ex-presidente FHC, o sociólogo e professor universitário é reconhecido pelos brasileiros por sua gestão como “entreguista” ou como sempre preferem falar em outra língua, pelo “governo delivery”, governo de entrega do patrimônio público nacional de porta em porta ao capital privado internacional.

sábado, 7 de novembro de 2009

Serra já pensa que é sobrinho do Lampião



O presidente Lula visitou cidades por onde estão concentradas as obras da transposição do Rio São Francisco, “O velho Chico”, pelo que sei o presidente governa o país inteiro e é normal visitar qualquer cidade, em qualquer Estado.

A oposição esperneou e a mídia atucanada acompanhou e querem saber o valor do suposto dinheiro gasto pela antecipação da campanha eleitoral, já que o presidente estava acompanhado de ministros e entre eles a ministra da casa civil, Dilma Roussef.

Porque os jornalistas que não saem do poleiro tucano e não perguntaram o que foi fazer em Pernambuco o governador Serra, apesar de São Paulo ter uma das maiores populações nordestinas, Recife fica fora do território paulista. Ou não?

Precisam saber também quem vai pagar as despesas do tucano pré-candidato Aécio Neves, que saiu na foto acenando com a mão ao lado do presidente Lula, do ex-ministro da Integração Social, Ciro Gomes e da ministra Dilma Roussef.

Agora que a direção do PSDB resolveu contratar e dar curso para diversos marqueteiros para ensinar nordestino e nortista a conhecer melhor o governador de São Paulo, Serra já deve estar dizendo por aí que é meio parente do Lampião, o herói do nordeste.

Os instrutores que em breve estarão pelas ruas das cidades do norte e nordeste do país, devem lembrar também a população que foi FHC que vendeu a companhia Vale do Rio Doce, que tem vários pontos de exploração de minério na região, a preço de uma rapadura.
Veja abaixo como tem jeito o José “Lampião” Serra.

http://www.youtube.com/watch?v=-NVsEXgENVY