sábado, 20 de novembro de 2010

Governo de SP: Seu filho doutor em pornografia

TJ manda suspender livro da rede pública
Durante o governo Serra dois casos vieram a tona, livros para crianças com apelo pronográfico e contendo dezenas de palavrões. E continua no governo de Alberto Goldman, o ex-vice de Serra
Primeiro foram os livros contendo expressões como "chupa rola", "cu" e "chupava ela todinha" foram distribuídos pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo como material de apoio a alunos da terceira série do ensino fundamental (faixa etária de nove anos), o livro contém 11 histórias em quadrinhos produzidas por Caco Galhardo --também quadrinista da Folha. Uma das histórias mais criticadas por especialistas traz uma caricatura de um programa de mesa-redonda de futebol na TV.
Enquanto o comentarista faz perguntas sobre sexo, jogadores e treinadores respondem com clichês de programas esportivos, como "o atleta tem de se adaptar a qualquer posição".
Depois foi o caso de um livro de inglês distribuídos pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo a alunos do ensino médio sugeria um link de um site pornográfico para que os alunos “ampliassem” seus conhecimentos da língua.
O endereço (http://www.newsonline.com/), quando digitado, leva a uma página na qual apresentadoras de telejornais tiram a roupa enquanto apresentam as notícias. Ele não é registrado no Brasil.
Agora segundo o tribunal, outra obra distribuída para alunos tem "elevado conteúdo sexual, com descrição de atos obscenos".
Um novo livro é distribuído nas escolas paulistas e o Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou que o governo paulista deixe de distribuir aos alunos das escolas estaduais o livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século" (ed. Objetiva).
No entender do tribunal, três contos contêm "elevado conteúdo sexual, com descrições de atos obscenos, erotismo e referências a incestos" -inadequados para alunos que têm entre 11 e 17 anos.
O conto "Flor de Cerrado", de Maria Amélia Mello, por exemplo, contém o seguinte trecho: "Ele passava a mão, esfregava o peito contra o meu, forçava a perna, mordia meu ombro, babava meu rosto todo e me chamava de puta, vaca, vagabunda...".
Famílias de estudantes que não gostaram do conteúdo procuraram o Inadec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), que levou a ação à Justiça, como informou ontem o jornal "O Estado de S.Paulo".
Segundo o Inadec, "Flor de Cerrado" é o menos agressivo dos três contos. Os outros são "Olho", de Myriam Campello, e "Obscenidades para uma Dona de Casa", de Ignácio de Loyola Brandão.
O livro, segundo a ação, é distribuído no ensino médio e nos anos finais do ensino fundamental como parte do programa Apoio ao Saber.
A Secretaria de Estado da Educação disse que o livro se destina ao terceiro ano do ensino médio."Não tem nada a ver com censura, mas com classificação indicativa. É uma obra excelente, mas não serve para crianças e adolescentes", afirma o advogado do Inadec, Renato Menezello.
A Secretaria da Educação discorda: "Uma obra de arte considerada por críticos e educadores adequada para determinada faixa etária na rede privada não tem motivo para não ser oferecida aos alunos da escola pública da mesma faixa etária".
A secretaria disse ontem à tarde que ainda não havia sido notificada pelo Tribunal de Justiça. A editora Objetiva não comentou. A decisão é liminar (provisória) e o livro não pode ser distribuído até que o caso seja definitivamente julgado. Os livros já distribuídos não serão recolhidos.


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