
Como disse a ex-prefeita Luiza Erundina, a primeira mulher e nordestina eleita para ocupar a prefeitura de São Paulo, em 1988, em seu artigo, “A origem da barganha eleitoral no Brasil” publicado na Folha de S.Paulo:
“Alguns dias após o encontro do ex-presidente Lula com o deputado Paulo Maluf, nos jardins da mansão da Rua Costa Rica, na capital, para selar o apoio do PP a Fernando Haddad, candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, você já deve ter se perguntado: por que um fato habitual na nossa vida política, a aliança entre partidos com origens, projetos e compromissos antagônicos, causou tanta perplexidade e indignação da maioria dos brasileiros?”.
É que, desta vez, do modo como se deu e pelo simbolismo que expressou, os limites do razoável e do tolerável foram extrapolados. Acho que se esqueceram do passado e da luta contra o estilo político de Paulo Maluf e o que ele representa, comentou Erundina.
Outra lição que se poderia tirar do lamentável episódio: colocar na agenda da sociedade o tema da reforma política e mobilizar forças sociais e políticas para pressionar o Congresso a aprovar uma reforma política que não se restrinja a simples mudanças nas regras eleitorais, como tem ocorrido, mas que repense o sistema político como um todo.

Sem deixar de citar o tenebroso caso da administração de Laert com a
Viação Santa Cruz, que todos os líderes políticos da cidade sabem. Nenhum gesto
é tão poderoso e capaz de impactar tanto a opinião pública quanto aquele
manifestado publicamente por figuras emblemáticas que todos conhecem na cidade.
E traduzindo tudo isso pelo jeito mais popular na linguagem simples do nosso povo, essas coligações parecem mais filhote de “tatu com cobra”, ou ainda para os mais céticos, o cruzamento que apareceu recentemente na internet, “canguru com rato”.
E traduzindo tudo isso pelo jeito mais popular na linguagem simples do nosso povo, essas coligações parecem mais filhote de “tatu com cobra”, ou ainda para os mais céticos, o cruzamento que apareceu recentemente na internet, “canguru com rato”.