segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Inclusão digital e banda larga livres de corte

Paulo Bernardo promete tentar livrar banda larga e inclusão digital de cortes
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, não se abalou com o corte de cerca de 57% no orçamento de sua pasta, anunciado nesta segunda-feira (28) pelo governo federal. Segundo ele, cortes terão que ser feitos, mas o ministério tentará preservar o Plano Nacional de Banda Larga e os projetos de inclusão digital.
“Vamos trabalhar com o orçamento que foi dado. Com certeza, teremos que tirar alguma coisa, restringir, fazer adequações no orçamento. Mas considero isso normal, não tem como ser diferente”, disse o ministro à Agência Brasil. O Ministério das Comunicações teve um corte de R$ 603,2 milhões de um orçamento total de R$ 1,055 bilhão.
Ele considera as restrições orçamentárias como algo natural. “Sou o último a poder reclamar. Mas isso faz parte do jogo”, afirmou Bernardo, que até o ano passado era o responsável por anunciar os cortes nos orçamentos dos ministérios, como titular da pasta do Planejamento no governo Lula.
Bernardo avalia que o governo deve trabalhar com orçamento equilibrado e, na incerteza sobre o comportamento da receita, o melhor é evitar gastos excessivos. “É natural que, iniciando o ano, não temos ainda convicção de como vai se comportar a receita, tem a inflação, o governo está tomando medidas que vão desaquecer a economia. Quando a economia perde ímpeto, temos receita menor. Acho natural que tenha a adoção dessas medidas.”
O ministro disse que os técnicos do ministério ainda estão avaliando cada área para ver onde serão feitos os cortes. Mas, segundo ele, os planos de inclusão digital serão preservados e também o Plano Nacional de Banda Larga, gerenciado pela Telebras. De acordo com Bernardo, a estatal teve orçamento liberado no final do ano passado, que não foi atingido pelo corte do governo.

Com Brasil de Fato





OSCAR Comédia: "O discurso do rei" do Trololó

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Trabalhadora não precisa se alimentar, não é chique

Clube obriga babá a usar branco e barra ida a restaurante
O crachá deve estar sempre no pescoço e a roupa deve ser toda branca. Em alguns dos mais tradicionais clubes de São Paulo, não basta às babás apresentarem carteirinha, como os sócios. É preciso estar trajada de acordo com as regras.
É assim no Pinheiros, no Paineiras e no Paulistano, todos na zona oeste, cujos títulos chegam a R$ 25 mil.
No Pinheiros, algumas babás relatam que são cobradas a usar calçados fechados, mesmo em dias quentes. No Paulistano, é preciso usar "sapatênis, sapatos ou tênis da mesma cor do uniforme".
"Acho discriminação", diz a babá Silvana Santana, 36, que vai ao Pinheiros duas vezes por dia. Na semana passada, ela teve apreendida sua carteirinha (onde se vê escrito "acompanhante") porque vestia bermuda jeans e blusa branca. Foi avisada de que só o patrão poderia retirar o documento.
Outra passou por uma "blitz de babás" e teve a carteirinha retida, pois não usava branco. Ficou "constrangida e envergonhada."
Sua empregadora, que preferiu não se identificar, afirma que ficou tão incomodada que enviou uma carta ao clube explicando que ela não usa uniforme em casa e pedindo que não tivesse de fazê-lo no clube. "Foi indeferido. Alegaram que é regra.
Juliana Rodrigues, 25, também babá, diz que já lhe chamaram a atenção no Pinheiros porque sua blusa branca tinha "uma florzinha no canto" e porque usava sandália "neste calor".
Diz ainda ser proibida de ir ao restaurante acompanhada apenas das crianças e conta que um sócio já pediu que ela se levantasse de um banco perto da piscina.

Com UOL



Kassab é o plano de Serra para derrotar Alckmin

A possível chegada do prefeito Gilberto Kassab, que prepara a saída do DEM, ameaça provocar uma baixa histórica no PSB. Desiludida, a deputada Luiza Erundina (SP) promete deixar o partido se o flerte for consumado.
Em tom de desabafo, acusou a direção da sigla de desprezar os ideais socialistas ao negociar a filiação de Kassab, que planeja levar aliados como o vice-governador Guilherme Afif (DEM).
"Eles representam forças claramente conservadoras, de direita. Se forem aceitos, não terei mais espaço no partido. Não terei razão para estar nele", afirmou Erundina.
Aos 76 anos, a primeira mulher a governar a capital paulista (1989-92) não poupou adjetivos para atacar a aproximação: "absurda", "inconsequente", "incoerente". Prometeu lutar "até o fim", mas admitiu ter poucas chances de brecá-la.
"Já estou isolada no partido há muito tempo. Se isso acontecer mesmo, não vou mais respirar politicamente no PSB", sentenciou.
"Não digo que serei um incômodo para eles porque não estarei mais lá. Se for o preço a pagar, não tem importância. Não vou transigir com o que acredito."
Filiada ao PSB desde 1997, Erundina disse que a negociação ameaça rebaixar os socialistas ao papel de linha auxiliar do ex-presidenciável José Serra (PSDB) na disputa com outro tucano, o governador Geraldo Alckmin.
"O PSB não pode ser barriga de aluguel. Kassab é o plano de Serra para derrotar Alckmin. É um pedaço do PSDB tentando derrubar outro pedaço do PSDB."
Para ela, os personagens em jogo são "absolutamente incompatíveis" com a história do PSB e não podem militar num partido que "tem o S de socialista no nome".
"Se admitir isso, o partido vai passar da esquerda para a direita. O DEM sustentou a ditadura militar, que nos impôs tortura, exílio e desaparecimentos. É uma mistura que a química não admite."
"Está havendo uma frouxidão além do razoável. Isso não é crescimento, é inchaço. Inchaço é doença, e essa doença vai matar a identidade do partido."
Reeleita para o quarto mandato com 214 mil votos, Erundina mantém a força nas urnas, mas sofre derrotas em série na legenda.
Ela evitou antecipar os próximos passos em caso de nova derrota dentro do partido. "Se for para disputar pelo poder pelo poder, poderia estar no PT, que é um partido maior e que ajudei a fundar", disse.
"Essas coisas não me motivam a permanecer na política. Não preciso disso, não tenho nada a ver com isso."

Com a Folha de S.Paulo

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Brasileirão de 2005: Roubaram a taça do Inter

'Máfia do Apito': réus no caso são condenados a pagar R$ 160 milhões
Teve continuação, com mais um capítulo, a longa novela da "Máfia do Apito". Segundo reportagem da revista "Veja", que já foi às bancas neste sábado, a 17ª Vara Cível da Justiça de São Paulo condenou com multa os réus no processo movido por manipulação de resultados no futebol brasileiro ocorrido em 2005. O ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que pertencia à Fifa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o empresário Nagib Fayad terão de desembolsar, juntos, a quantia de R$ 160 milhões.
O ex-árbitro confessou ter recebido propina de grupo de empresários de São Paulo e Piracicaba para fraudar resultados nas partidas que apitava para favorecer apostas nos sites de loteria esportiva da internet. Após a denúncia da reportagem da "Veja" publicada em 2005, 11 partidas do Campeonato Brasileiro foram anuladas. Com isso, o Corinthians acabou sendo o campeão, e tanto Edílson quanto outro árbitro acusado de participar do esquema, Paulo José Danelon, acabaram afastados e expulsos do futebol.
Segundo a revista, o juiz da 17ª Vara Cível José Paulo Camargo Magano, que proferiu a sentença, considerou que, na escalação de "árbitros parciais", a CBF "não cumpriu o dever de garantir a observância de regras que assegurassem o regular andamento dos campeonatos".
A CBF informou à revista que recorrerá da decisão. Edílson, que admitiu ter recebido entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por partida fraudada, hoje trabalha no bar de um clube em Jacareí, no interior de São Paulo. Procurado pela "Veja" na última quinta-feira, o ex-árbitro disse que cometeu o erro por ter caído "em tentação".
- A tentação vai crescendo e fica difícil parar. Eu não tinha dívida, nada disso, mas dinheiro chama dinheiro. Se você tem um carro, quer um maior. Depois, quer ter dois. A gente não pensa em nada quando vê o dinheiro na frente.
Segundo o site IG, o empresário Nagib Fayad, o ex-árbitro Paulo José Danelon e a FPF (Federação Paulista de Futebol) também foram condenados e terão de pagar R$ 20 milhões. Danelon foi acusado de ter manipulado os resultados de dez partidas do Campeonato Paulista de 2005.
A Globo apoiou o campeão do assopro na latinha? Máfia do apito  foi divulgada e referenciada pelo Esporte Espetacular.

Com o G1


Canal Futura, o canal da Globo que ensina

    Bandeira da Líbia


    Bandeira do Líbano

 
    Canal Futura
    

Globo: Antes do padre Marcelo, Maria tira a roupa

   BBB um programa para a sua família. Globo e você tudo a ver

Construir o Fielzão é um desrespeito à Justiça

Promotor diz que construção do estádio do Corinthians é ilegal
Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo do estado de São Paulo anunciarem que o Corinthians pretende construir um estádio de futebol com mais de 65 mil lugares para abrigar o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o promotor José Carlos de Freitas, em entrevista ao G1, diz que a realização da obra é ilegal e que fará o que estiver dentro da lei para impedi-la.
Segundo a Promotoria de Habitação e Urbanismo na capital paulista, a decisão sobre o destino da área na Zona Leste, onde o clube pretende erguer o "Fielzão", ainda está sob análise da Justiça e qualquer "promessa" pode ser encarada como desrespeito ao Poder Judiciário.
"A construção do estádio do Corinthians é ilegal", afirma o promotor José Carlos de Freitas, responsável por uma ação civil pública que pede à Justiça que o Corinthians devolva à Prefeitura de São Paulo o terreno onde quer construir o seu estádio, atualmente ocupado pelo centro de treinamento do time alvinegro.
A área, com mais de 200 mil metros quadrados e que fica próxima à Avenida Jacu Pêssego e estação de Metrô Corinthians-Itaquera, foi concedida ao clube paulistano em 1988 para ser usufruída por 90 anos. Segundo o promotor Freitas, em contrapartida, o Corinthians se comprometeu a construir um estádio em cinco anos, mas isso não foi cumprido dentro do prazo estabelecido. "Por isso peço a anulação da concessão", diz Freitas.

Descaracterizaram cemitério para dificultar buscas

Desde novembro, as equipes trabalharam na leitura de mapas anteriores a 1971, quando os militares promoveram uma grande descaracterização da área. O maior cemitério da América Latina teve árvores plantadas e quadras eliminadas ou renumeradas, num grande esforço para que o trabalho que ora se realiza fosse inviabilizado. “É um desafio bastante grande, mas a intenção é enfrentá-lo integralmente”, resume Marlon Weichert, procurador da República em São Paulo.
Mais de 20 ossadas foram retiradas ao longo desta semana de cinco sepulturas do cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, na operação de busca por desaparecidos políticos da ditadura militar (1964-85). O foco desta etapa do trabalho era a localização do corpo de Virgílio Gomes da Silva, o comandante Jonas, morto pela repressão durante sessão de tortura em 1969 na capital paulista.
O processo de exumação foi acompanhado pelo Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, pelo Sindicato dos Químicos e pela família de Virgílio, autores do pedido que motivou a movimentação em Vila Formosa. “A gente tem mais esperança agora que vê que os trabalhos estão acontecendo, mas entende que ainda é como buscar uma agulha no palheiro”, afirma Isabel Gomes da Silva, filha de Virgílio.
Os familiares são decisivos também para auxiliar o Instituto de Criminalística da Polícia Federal (PF) a localizar sinais que possam levar à identificação do corpo. Entre as ossadas exumadas esta semana, boa parte está em péssimo estado de conservação, o que deixa poucas esperanças quanto à possibilidade de utilização do material genético fornecido pelos parentes. O depoimento da esposa de Jonas, Ilda da Silva, é importante para excluir possibilidades. Ela informou aos policiais que o marido não tinha dentes na parte superior da arcada, o que pode servir como critério para descartar alguns corpos.

Com Brasil de Fato

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O jogo sujo da Globo no Brasileirão

Nesta semana, nova guerra suja foi deflagrada no futebol brasileiro. Após receber uma tunda do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no meio da testa e ter de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a Rede Globo perdeu seus privilégios monopólicos para adquirir os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nos anos de 2012, 13 e 14.
Dessa forma, a concorrência prevista para o dia 11 de março passou a ter contornos muito mais interessantes, especialmente para os clubes, que finalmente viram uma claríssima brecha para elevarem exponencialmente seus ganhos com as milionárias transmissões televisivas. Isso porque antes a Globo tinha direito de preferência na renovação dos contratos, inclusive com acesso às propostas rivais, o que a fez tomar de vez as rédeas como sócia-proprietária do futebol nacional, em parceria com o todo poderoso Ricardo Teixeira, dono da CBF.
De agora em diante, por conta da determinação do CADE, a emissora terá de fazer aquilo que historicamente não está acostumada: jogar dentro de regras limpas. Obviamente, a medida acendeu as esperanças de outros canais de TV, sempre excluídos, na prática, das negociações. Record, e seu temido saco sem fundo de dinheiro, e Rede TV já declararam intenções de participar. Fora a Band, que já transmite, mas pode se livrar do jugo global, que lhe impõe o que pode ou não exibir. Na TV fechada, ESPN, Bandsports e Telefônica tentarão fazer frente à Sportv – de propriedade da Globo.
E neste ano há a grande novidade de se venderem os direitos de cada mídia separadamente, quando antes todas eram vendidas no mesmo pacote. Agora, TV aberta, fechada, Pay Per View, Celular, Internet e Direitos Internacionais serão negociados separadamente. O lance inicial para a TV aberta é 500 milhões de reais por ano (cifra do atual contrato), sendo que o Clube dos 13 calcula um rendimento total de 4 bilhões de reais ao final do período, na soma de todas as categorias.
A Globo já provou do veneno da emissora de Edir Macedo: perdeu os direitos de Londres 2012, pois neste caso não havia conchavo suficiente para que a Vênus Platinada levasse a parada por inércia. Quem deu mais levou, e pronto. No Brasil, não foi sempre assim que funcionou, devido à enorme subserviência de nossos dirigentes, sempre endividados, além de acomodados e aliados ao poderio global, que já fez diversos favores financeiros para apagar incêndios das agremiações.
No entanto, após anos de cobrança, o Clube dos 13, que reúne os 20 times mais influentes do país e juridicamente tem a prerrogativa de negociar o contrato de TV, após a providencial prensa do CADE decidiu adentrar o século 21 e elaborar uma licitação de verdade – simplesmente dentro das teorias do jogo capitalista. Ou seja, concorrência livre e aberta, quem der mais leva. Afinal, nossos clubes podem ser submissos e corruptos, mas precisam se resolver financeiramente.

Texto do jornalista Gabriel Brito (Correio da Cidadania)

Banda larga cara prejudica venda de computadores

Além de cara, a banda larga no país é muito lenta
Se acesso à internet fosse mais barato, país teria vendido 6 milhões de computadores
O Brasil poderia ter vendido 6 milhões de computadores a mais em 2010, caso os serviços de internet fossem mais acessíveis. A afirmação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi feita hoje (24) no 9º Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, durante argumentações em defesa do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
“Poderíamos ter um avanço extraordinário com a internet [em 2010] e muitas pessoas teriam comprado equipamentos. Se tivéssemos serviços mais favoráveis, teríamos vendido, acredito, 20 milhões de computadores, ao invés de 14 milhões”, disse o ministro ao defender como preço de referência R$ 35 para popularizar o acesso à internet.
A expectativa de Paulo Bernardo é que, “nos próximos anos”, 80% dos municípios tenham acesso à grande rede. Dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) indicam, no entanto, que 4.897 (88%) das cidades brasileiras já dispõem de acesso à banda larga.
“Você compra hoje um computador a R$ 800, mas paga R$ 80 mensais pela internet. Acho caro. Foi por conta disso que formatamos o PNBL, a principal prioridade do ministério segundo a presidenta Dilma Rousseff. A posição do Brasil já permite, de fato, que façamos essa implementação”, acrescentou o ministro.
Ele disse que há possibilidades de enquadrar os tablets como notebooks e, dessa forma, criar mecanismos para baratear seu preço, o que ajudará a produção e a indústria nacional. “O Ministério das Comunicações fará a coordenação da integração do processo produtivo, relativos à inclusão digital, que atualmente está subdivido em vários ministérios, a fim de dar tratamento mais isonômicos para a questão”, adiantou Bernardo.
De acordo com o ministro, é possível que frequência de 450 mega-hertz (mHz) – frequência das rádios usadas pelas polícias Federal e Rodoviária Federal – passe a ser dirigido às áreas rurais. Mas para desocupar as frequências da faixa, acrescentou, é fundamental, antes, a liberação de verbas para equipar as polícias.

Com Agência Brasil

Risco de morte dobra na população negra

Privatização da segurança explica "extermínio" de pobres e negros em alguns estados no Brasil, diz pesquisador
Os negros correm duas vezes mais riscos de morrer assassinados do que os brancos no Brasil, segundo o Mapa da Violência 2011, divulgado na quinta-feira (24). Segundo o pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pelo estudo, alguns estados têm taxas insuportáveis de homicídios de pobres e de negros. Os dados empregados são de 2008.
"O que acontece com a segurança pública é o que já aconteceu com outros setores, como educação, saúde, previdência social: a privatização", resume Waiselfisz, segundo a Agência Estado. "Quem pode, paga a segurança privada. Os negros estão entre os mais pobres, moram em zonas de risco e não podem pagar", ressalta.
Ele afirma que a situação não é premeditada, mas teria características de um "extermínio". "A distância entre (assassinatos de) brancos e negros cresce muito rápido", frisa. Seis anos antes, a diferença já existia, mas era de 20%.
Os assassinatos entre brancos apresentam queda no período (22,7% a menos), enquanto continuam crescendo entre negros (12,1% a mais). Entre jovens de 15 a 24 anos, o número de homicídios diminuiu 30% entre brancos e aumentou 13% entre negros.
O estado da Paraíba apresentou a maior diferença entre assassinatos de brancos e negros: 1.083%. Alagoas aparece a seguir, com 974,8% a mais de mortes de negros. A diferença é menor em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Acre, segundo os autores do estudo. Em 11 estados, a diferença passa dos 200%.

Com Brasil de Fato

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

São Paulo: Vaga em escola depois de 3 anos

Têm professores que ainda acreditam nos tucanos

A médica pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, critica o governo de São Paulo por impedir a posse de professores aprovados em concurso público para a rede estadual de ensino por tirarem licença por motivo de depressão, em algum momento da carreiras. Para ela, as exigências para contratação de professores são "absurdas" e "discriminatórias".
No início de fevereiro, o governo estadual decidiu impedir professores de assumir aulas na rede pública por classificá-los como obesos. Professores míopes também estariam vetados na seleção.
Segundo Maria Maeno, buscar excelência em produtos e serviços é desejável, mas esse conceito não se aplica às pessoas. "Como é que todos nós vamos ser sempre excelentes, sempre bem humorados, sempre saudáveis, sempre felizes?", questiona. "Isso não existe, isso não é humano", determina a médica.
A especialista também vê uma inversão do papel da Medicina e do próprio Estado na política de seleção de professores em São Paulo. "A medicina não pode ser usada nesse sentido, deveria ser utilizada com o objetivo de incluir as pessoas", dispara.
"Mesmo pessoas com depressão podem continuar trabalhando. Não tem importância que tomem medicação, mas se encontrarem no trabalho um ambiente acolhedor isso será muito benéfico para o trabalhador e seu tratamento", defende Maria Maeno. "Infelizmente não é o que acontece", constata. A depressão em muitos casos é um problema momentâneo, devido à morte de um parente, ensina a pesquisadora.
Por trás desse tipo de avaliação estaria a concepção de homem perfeito, já observada em outros momentos da história. "Já tivemos experiências no passado recente em que isso aconteceu, como na Alemanha, por exemplo", lembra.
Maria Maeno teme que a propagação desse tipo de mentalidade, tanto no serviço público como em empresas, torne uma “aberração” em algo natural. "É preciso cortar o mal pela raiz", indica.

Com Brasil de Fato

Ônibus: Serra e Kassab em 5 anos aumentam 76%

O aumento das passagens de ônibus foi o dobro da inflação
SP: passagem mais cara do país
Serra foi prefeito em 2005/2006 e Kassab, 2006 a 2011
A passagem de ônibus em São Paulo é a mais cara entre todas as capitais do país. No Rio de Janeiro e em Salvador, a passagem custa R$ 2,30. Em Fortaleza e Belém, a tarifa é R$ 1,80 e R$ 1,85, respectivamente. Em Curitiba, a passagem custa R$ 2,20.
O valor da tarifa na capital paulista variou, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2011, de R$ 1,70 para R$ 3, o que representa um aumento de 76%, mais do que o dobro da inflação do período, que foi de 32,5%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Mesmo com o aumento da tarifa, os subsídios pagos pela prefeitura às concessionárias aumentaram de R$ 224 milhões para R$ 660 milhões entre 2005 e 2010. Uma das justificativas de Gilberto Kassab para o último aumento da tarifa, inclusive, é que os subsídios serão reduzidos neste ano.
Contudo, no orçamento do município, os subsídios para as concessionárias subiram para R$ 743 milhões no ano, embora o prefeito afirme que a prefeitura não pretende empenhar todo o valor orçado no pagamento dos subsídios e que deverá investir uma parte do montante em obras de drenagem.
Sobre o reajuste, a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) afirma que a nova tarifa “busca equilibrar o valor da passagem e o valor investido nas compensações tarifárias, que beneficiam cerca de 1,8 milhão de passageiros (idosos e deficientes que não pagam a passagem e estudantes que pagam 50% da tarifa).”

Com informações do UOL

Bolsa Família tem reajuste previsto em março

Bolsa Família em 2009, hoje são quase 13 milhões de famílias
A presidenta Dilma Rousseff vai anunciar, no início de março, reajuste para o Programa Bolsa Família. O reajuste deverá ser anunciado no dia 1º, durante visita da presidenta ao município de Irecê, localizado a 478 quilômetros de Salvador, em pleno sertão da Bahia.
O valor do reajuste ainda não está definido, e a ministra de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, terá ainda nesta semana reunião com a presidenta para bater o martelo sobre o novo valor do benefício.
O anúncio do reajuste vem sendo pensado no contexto de atividades relacionadas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 93% dos usuários do cartão são mulheres. Por isso, o governo considera o programa importante para melhorar a situação econômica das mulheres.
A ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, fará parte da comitiva presidencial na viagem a Irecê, onde participará da abertura da Feira da Economia, organizada por um grupo de produtoras rurais do município.
O Bolsa Família foi reajustado pela última vez em setembro de 2009. Os valores pagos hoje pelo programa variam de R$ 22 a R$ 220, dependendo da quantidade de filhos e da renda de cada família beneficiada. O valor médio pago pelo Bolsa Família é R$ 94.
A Bahia é estado com maior número de famílias beneficiadas pelo programa de distribuição de renda lançado no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dados deste mês indicam que 1,7 milhão de famílias baianas recebem o Bolsa Família, que neste mês atingiu a meta de beneficiar em todo o país 12,9 milhões de famílias.
O segundo estado em número de beneficiados é São Paulo, com 1,2 milhão de famílias. Minas Gerais vem em terceiro lugar, com 1,1 milhão de famílias.
30% dos beneficiados do Bolsa Família estão no sudeste, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, e Espírito Santo. A região sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tem mais um milhão de famílias, o mesmo número dos estados do Norte, no programa de destribuição de renda do governo federal.

Celso Jardim com Agência Brasil

Uma página da história que não foi virada

As famílias de ativistas de esquerda vitimados pela ditadura comemoraram a iniciativa do Ministério Público Militar do Rio de investigar o desaparecimento de cerca de 40 presos políticos levados a unidades militares no Rio e no Espírito Santo.
Segundo os parentes, a apuração possibilitará uma nova esperança de descobrir o paradeiro das vítimas e, pelo menos, identificar os responsáveis. Para a ministra-chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, é a prova de que instituições militares estão atentas.
Lúcia Vieira Caldas, de 63 anos, filha do jornalista Mário Alves de Souza Vieira, procura pelo pai há 41 anos. Ele desapareceu em 16 de janeiro de 1970, quando saiu de casa, na Abolição, Zona Norte do Rio.
A Justiça declarou, em 1981, que a União foi responsável pela prisão ilegal, sequestro, tortura, assassinato e ocultação do cadáver. Investigar é importante. Tudo que queremos é esclarecer, saber o que ocorreu - afirmou Lúcia.
Sérgio Soares Ferreira, de 60 anos, primo do sociólogo Carlos Alberto de Freitas, preso em 15 de fevereiro de 1971 e até hoje desaparecido, disse que o tempo não fará a família desistir de saber o que aconteceu.
"Em 1967, meu primo foi condenado a 4 anos por atividades subversivas. Ele ficou foragido, mas acabou preso. Dois meses depois, entramos com um habeas corpus e o Supremo Tribunal Militar disse que ele não estava preso em nenhuma das unidades militares do país. Queremos saber como e em que circunstâncias ele morreu", ressaltou Ferreira.
A iniciativa de investigar os desaparecimentos no regime militar partiu do promotor Otávio Bravo. Ele pediu ajuda a entidades como o Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, e já tem em mãos a relação de 40 nomes, entre eles os de Carlos Alberto e Mário Alves.
"Trata-se de uma página da História que não foi virada"
A motivação de Bravo surgiu no ano passado, após a apresentação do trabalho de conclusão de curso do estudante de Direito da PUC-RJ, Rodrigo Ayres, de 24 anos. Na monografia, o jovem fez um paralelo entre a Lei de Anistia e a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA de condenar o Brasil por graves violações aos direitos humanos na repressão à Guerrilha do Araguaia.
Para Maria do Rosário, o início das investigações é fundamental para a democracia: "Essa medida soma-se ao movimento que está se fortalecendo em várias instituições em relação ao direito à verdade e à memória. Contribui para a democracia. Ainda mais quando se trata do Ministério Público Militar. É a prova de que instituições que atuam na esfera militar estão atentas."
O presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, tem reunião marcada na sexta-feira com o promotor Otávio Bravo. "Trata-se de uma página da História do Brasil que não foi virada. A ferida ainda está aberta. Daremos todo apoio institucional e atenderemos a todas as solicitações do Ministério Público Militar" - disse Damous.

Com informações do O Globo

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Trabalho escravo e a lista suja do agronegócio

Estudo aponta desmatamento e escravidão no rastro de carne, soja e madeira
Por trás de cadeias produtivas contaminadas por desmatamento ilegal, ocupação irregular de terras e até trabalho escravo estão grupos econômicos que atuam em setores estratégicos, como carne, soja e madeira. Ainda que mais de 70 empresas destes segmentos sejam hoje signatárias de pactos setoriais e estejam empenhadas em monitorar suas cadeias produtivas, os crimes continuam ocorrendo, sobretudo na região da Amazônia, e envolvendo gigantes como JBS Friboi, Cargill, Bunge, Louis Dreyfus, Carrefour e Wal-Mart.
A contaminação da cadeia produtiva é o principal alvo do relatório "Conexões Sustentáveis - Quem se beneficia com a destruição da Amazônia", que será lançado nesta quarta-feira, em São Paulo. O objetivo não é apontar culpados, explica Leonardo Sakamoto, da Repórter Brasil, uma das ONGs autoras do estudo, junto com a Papel Social. Ao levantar casos envolvendo fornecedores e varejistas, o estudo mostra que a cidade de São Paulo é a mais importante financiadora da devastação na Amazônia, por ser o principal mercado consumidor do país.
- Não há como divorciar a destruição desse bioma da dinâmica de funcionamento do maior centro urbano e produtivo do país - avalia Sakamoto, admitindo que "o envolvimento das empresas tem sido fundamental no combate a esses crimes".
Gigantes como Cargill e Louis Dreyfus, líderes do agronegócio, compraram soja de um produtor rural de Mato Grosso da "lista suja" do trabalho escravo, em 2010. A Louis Dreyfus informou, segundo consta do relatório, que a "aquisição da soja foi um caso pontual". A Cargill justificou que "deveria haver um bloqueio desse produtor no sistema, o que não ocorreu nesse caso, e que impediria a compra".


Com Repórter Brasil

NunKassab: Sumiram com 14 folhas do processo

Kassab: processo não chega à Corregedoria
Anunciada há mais de uma semana pela Prefeitura, a sindicância aberta pela Corregedoria Geral do Município para apurar o processo de anistia do imóvel onde funcionam duas empresas da família do prefeito Gilberto Kassab (DEM) está na estaca zero.
Até ontem, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) não havia enviado o processo à Corregedoria, ao contrário do que informou em 14 de fevereiro. Segundo o sistema de consulta de processos, os documentos estão desde o dia 10 com o diretor do Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), Hussain Aref Saab, assessor de Kassab quando ele foi secretário do Planejamento, na gestão Celso Pitta (1997-2000).
Foi na Sehab que o processo original, indeferido pela Subprefeitura da Vila Mariana e com prazo para recurso vencido em 2006, foi considerado extraviado, em agosto de 2008, parcialmente reconstituído e aprovado em nove dias, após pedido de urgência do então secretário de Habitação, Orlando de Almeida Filho, e com área 9,85 m² acima da solicitada no pedido de regularização.
Na semana passada, o JT revelou que 14 folhas que teriam sido extraviadas na Sehab correspondem, justamente, à parte do processo original que negava o pedido de regularização do prédio, em março de 2006.
A reportagem obteve cópias das páginas supostamente perdidas. Uma delas traz despacho de arquiteta da subprefeitura dizendo que o pedido para regularizar área de 229,82 m² feito por Kassab em 2003 foi indeferido “face ao prazo esgotado para atendimento do comunique-se” – ou seja, por abandono.
Pela Lei 13.885, de 2004, a Prefeitura deveria ter emitido auto de infração, lançado a área como irregular junto à Secretaria de Finanças, aplicado multa aos responsáveis pelo imóvel e lacrado o prédio onde funcionam a Yapê Engenharia e Yapê Transportes, ambas criadas por Kassab e o ex-sócio e deputado federal Rodrigo Garcia (DEM), que hoje pertencem ao prefeito e três irmãos.

Com Fábio Leite do JT

São Paulo a capital do preconceito e racismo

Maranhense é espancado na região da Paulista
A região da avenida Paulista foi palco de mais uma agressão na madrugada de domingo. Desta vez, a vítima foi um homem de 59 anos, gerente de uma empresa de dedetização, que ia a pé da Bela Vista para casa, em Pinheiros (zona oeste), após sair de um bar onde estava com amigos.
João Batista Reis Freitas, nascido no Maranhão e morador de São Paulo desde 1972, diz acreditar que foi agredido por ser nordestino.
Ele conta que estava na alameda Santos, na esquina com a rua da Consolação, por volta das 3h, quando um grupo de oito a dez jovens se aproximou. Um deles o empurrou. Freitas tentou se defender, mas os demais membros do grupo, segundo o gerente, começaram a agredi-lo com chutes e ele caiu no chão.
Jovem não se arrepende de críticas a nordestinos
Autor de um e-mail racista enviado para a escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi (zona norte), o estudante de jornalismo Caio Cézar Soares, 22 anos, afirmou, ontem, estar arrependido das palavras que utilizou na mensagem, mas não da crítica feita à agremiação.
A escola prestará uma homenagem aos nordestinos que vivem em São Paulo no Carnaval 2011.
No e-mail, Caio afirmou, com palavras de baixo calão: "Capital do Nordeste é o c....! Vão todos tomar no c..., escola de mer...!" Caio, que é filho e neto de pernambucanos, se define como "separatista".
Músico negro é impedido de andar em Shopping
Ao se aproximar da Livraria da Vila, dentro do Shopping Cidade Jardim, onde iria tocar percussão na apresentação da cantora Marina de La Riva, Pedro, músico cubano, foi abordado por seguranças que, sem causa aprente, pensaram que ele pudesse ser um perigo ao bem estar do shopping. Não por menos, Pedro sente-se até hoje profundamente atingido pelo que teve que forçadamente passar. Mas, ao contrário do que pensam pessoas que agem assim, a ofensa não se restringe somente à pessoa que sofre o absurdo, e nem mesmo se restringe a seus familiares e amigos.
Pedro foi discriminado tão e somente por sua cor de pele, embora justificativas estúpidas tenham sido colocadas na mesa pra explicar a atitude do shopping – o que piorou a história.

Com Agora e Outras Palavras

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Copa 2014: Fielzão se prepara para receber o mundo

    Portão principal do estádio Fielzão

    Hotel Intimus, sem estrelas e fica a 100 metros do estádio

    Restaurante com pratos da cozinha internacional (em frente)

    Hospital mais próximo ao estádio do mundial de 2014


Fotos do portal r7

São Paulo tem 30 mil famílias em área de risco alto

Serra e Kassab dificultaram a implantação do Minha Casa, Minha Vida porque é um programa do governo federal
Estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e divulgado pela Prefeitura de São Paulo identificou 105 mil moradias em 407 áreas de risco na cidade. Desse total, 29 mil famílias estão em áreas de risco "alto" ou "muito alto". Segundo o estudo do IPT, 1.132 famílias devem deixar suas moradias imediatamente.
A prefeitura informou que 400 famílias já foram removidas e outras 732 devem ser removidas até o fim deste ano. Foram investidos cerca de R$ 3 bilhões em melhorias da infraestrutura nestas áreas.
Das 407 áreas de risco, 176 estão na Zona Sul, 107 na Zoba Norte. As zonas Leste e a Oeste têm, respectivamente, 100 e 24 áreas. O relatório indica quatro níveis de risco de acidentes: baixo (R1), médio (R2), alto (R3) e muito alto (R4). Em toda a cidade, há 28.933 moradias em áreas R3 e R4.
O prefeito Gilberto Kassab afirmou na tarde desta segunda-feira que todas as famílias que vivem em áreas de risco iminente de deslizamento e desmoronamento serão retiradas de suas casas em, no máximo, quatro meses. Em reunião com secretários e subprefeitos, Kassab disse que 407 das 1.132 famílias afetadas já saíram dessas regiões.
"A previsão é que iremos investir cerca de R$ 1 bilhão neste ano", completou Kassab.
Para exemplificar as últimas ações da administração municipal, foi citada na reunião a retirada de 55 famílias na Favela do Tubo, na Capela do Socorro, Zona Sul, no fim de janeiro.

Com Agência Brasil

SP: Crianças abandonam escolas por falta de transporte

Uma caminhada diária de quatro horas para ir e de mais quatro para voltar. A jornada, de pelo menos 20 km, é a que estudantes de Raposo Tavares, na zona oeste da capital, terão de fazer se quiserem frequentar as salas de aula neste ano.
E o percurso, além de longo, é perigoso. Sem transporte gratuito, crianças de seis anos precisam cruzar as pistas da rodovia Raposo Tavares e andar no acostamento até a passarela. De ônibus, as crianças teriam que pegar ao menos duas conduções para chegar às escolas.
Em alguns casos, as dificuldades causam atraso na aprendizagem. O ano letivo ainda não começou para Luiz Felipe Ribeiro da Silva, 6 anos. "Ele reclama, diz que quer estudar, mas não tenho como levá-lo para a escola nem de perua nem de ônibus. Não tenho dinheiro", diz a mãe, Rosimeire Pimentel Ribeiro, 32 anos, auxiliar de limpeza.
O garoto, que tem idade para cursar o 1º ano do ensino fundamental, foi transferido da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Professora Carolina Ribeiro para a Escola Estadual Odair Martiniano da Silva Mandela. Até o ano passado, ele precisava andar 30 minutos. "Uma prima dele o acompanhava todos os dias. Agora, não dá para pedir que ela ande quatro horas. A gente precisa de uma vaga mais perto de casa", pede a mãe.

Com o Agora

11 pessoas somem por dia em São Paulo

13.089 pessoas que desapareceram no Estado de São Paulo entre 1º de janeiro de 2008 e 9 de fevereiro deste ano e cujo paradeiro ainda é desconhecido, conforme dados da Polícia Civil obtidos com exclusividade pelo JT. São cerca de 11 pessoas sumidas por dia, entre crianças, idosos, homens e mulheres.
Os homens respondem pela maior parte desse contingente: 8.544, sendo 1,4 mil deles com histórico de doença psiquiátrica, mental ou alcoolismo. Desse total, 71% tinha mais de 18 anos e outros 17%, de 13 a 18 anos. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), eles somem mais do que as mulheres por um conjunto de fatores: quebram o vínculo com a família mais facilmente, se envolvem mais com crimes e usam mais álcool e drogas.
As mulheres desaparecidas somam 4.545. Metade delas entrou nessa condição ainda na adolescência, diferentemente dos homens, que somem mais na fase da adulta. Outras 1,6 mil (35% do total) já tinham mais de 18 anos. De acordo com o DHPP, as garotas normalmente fogem antes da maioridade para escapar da opressão sofrida em casa ou para viver com um namorado. Segundo a polícia, casos de vítimas recrutadas para exploração sexual são esporádicos.
Também estão na lista de desaparecidos 320 meninos e meninas com até 7 anos e 657 crianças na faixa dos 8 aos 12. Às vezes, são vítimas dos próprios parentes. É comum, segundo o DHPP, serem raptadas por pais divorciados. Nestes três anos, parentes e amigos comunicaram às delegacias paulistas o sumiço de 63.150 pessoas, sendo 19.445 na capital. Desse total de queixas, 50.061 foram esclarecidas. Boa parte dessas pessoas reapareceu espontaneamente.
Outras vítimas, entretanto, são encontradas mortas, a exemplo da advogada Mércia Nakashima. Ela desapareceu em maio de 2010 e foi achada sem vida no mês seguinte, em uma represa, supostamente morta pelo ex-namorado Mizael Bispo de Souza. Mais 117 desaparecidos foram localizados mortos no ano passado (1% das 12.099 ocorrências esclarecidas em 2010). Além de homicídio, há vítimas de acidentes de trânsito, afogamento e até suicídio.
O DHPP atribui a dificuldade nas investigações a fatores como a extensão do território brasileiro, a falta de informações de familiares (que às vezes desconhecem a rotina do parente), a inexistência de um sistema unificado de identidade no País e ao descumprimento pelos hospitais da lei que os obriga a informar à Delegacia de Desaparecidos quando um paciente em estado grave chega desacompanhado.

Com informações do JT

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os EUA só querem deixar o bagaço para os outros

Dessa vez tiveram que engolir o caroço
O governo brasileiro recebeu com "satisfação" o relatório final do painel da Organização Mundial do Comércio (OMC) que decidiu a favor do país em sua ação contra os Estados Unidos pelas tarifas impostas ao suco de laranja procedente do Brasil.
"O governo recebeu com satisfação as determinações do painel e espera que sejam confirmadas no relatório final", assinalou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, país que é o maior produtor e exportador mundial de suco de laranja.
O relatório foi anunciado a menos de um mês da visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará ao Brasil nos dias 19 e 20 de março, e na qual serão abordados algumas divergências comerciais entre ambos países.
A Chancelaria acrescenta em sua nota que, após a nova decisão da OMC sobre o caso, espera que os Estados Unidos "abandone definitivamente a prática do 'zeroing' (zeramento) em todos os procedimentos para combater o comércio desleal".
O Brasil questionou perante a OMC a prática de 'zeroing' que os Estados Unidos usa para supostamente inflar artificialmente os preços mínimos sobre os que aplica tarifas extraordinários a fim de evitar a concorrência desleal de outros países, especificamente no caso do suco de laranja.
"Brasil defendeu que a prática do 'zeroing' distorce o cálculo da margem de comércio desleal ao ignorar aquelas operações nas quais o valor da exportação do produto é superior a seu valor normal no mercado interno. A prática, portanto, é incompatível com diversos dispositivos da OMC", acrescenta.
A Chancelaria se absteve de divulgar o conteúdo do relatório final do painel de analistas da OMC devido a que "foi entregue às partes do caso de caráter confidencial".

Com Agência EFE

Alckmin congela quase R$ 2 bilhões em investimentos

Alckmin congela quase R$ 2 bilhões em investimentos e custeio
O valor contingenciado (congelado) pelo governo Alckmin alcançou a cifra de R$ 1,78 bilhões, representando um corte de R$ 733 milhões (11,9%) nos repasses para investimentos das empresas públicas, de R$ 732 milhões (6,9%) para investimento direto e de R$ 315 milhões para o custeio. Por secretaria, se verifica que as mais afetadas são as de transporte (R$ 304 milhões), transporte metropolitano (R$ 830 milhões) e habitação (R$ 200 milhões).
O contingenciamento de recursos é uma forma de congelar despesas e aponta que elas podem não ser realizadas. Em 2010, o governo paulista arrecadou quase R$ 9 bilhões a mais que o previsto e, para este ano, se prevê algo próximo a este valor. Desta forma, o contingenciamento mostra quais projetos e despesas não será prioridade no governo de Geraldo Alckmin.


Vale destacar, ainda, o grande contingenciamento na secretaria de Direitos de Pessoas com Deficiência, área cara ao ex-governador, que chega a 12% dos recursos, mas congela 20% dos investimentos e quase 10% dos recursos de custeio. O contingenciamento atinge 14% dos recursos para ações de inclusão social para pessoas com deficiência.
Corte nos transportes é de R$ 244 mi
Na aréa dos transportes, o contingenciamento se concentra nos investimentos atingindo o valor de R$ 244 milhões (11%). Entre os recursos congelados, 20% seriam para recuperação de rodovias estaduais, 19% para terminais rodoviários, 12% para duplicação de rodovias e 10% para recuperação de vicinais. Além disto, R$ 46 milhões de repasse para a Dersa foram bloqueados.
O governo paulista ainda contingenciou R$ 29,6 milhões, 10% dos recursos totais, para ressarcimento de gratuidades voltadas para idosos, estudantes e desempregados. Além dos mais, com todos os problemas do Metrô, chama a atenção que se bloqueie R$ 40,6 milhões para material rodante, especialmente compra de trens, que representa 6% dos recursos previstos. Além disso, houve também o contingenciamento de R$ 24 milhões para a modernização do sistema metro-ferroviário. Isto torna mais grave a situação do metrô e pode ampliar as possibilidades de acidentes.

Serra desdenhou construção das refinarias no NE

Durante a campanha eleitoral José Serra declarou que não deveriam ser construídas refinarias no Nordeste.
Já o presidente da Petrobras diz que não investir em refinarias é "suicídio a longo prazo". No Nordeste são três, uma em construção, e projeto para mais duas.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, voltou hoje (21) a defender investimentos em refinarias no Brasil. Em evento no Rio de Janeiro, Gabrielli disse que é “suicídio a longo prazo” não investir em refinarias neste momento. “Estamos no limite da capacidade de refino. Temos que construí-las agora, porque só ficarão prontas em 2016 ou 2017”, disse o presidente da estatal.
A Petrobras tem hoje capacidade para refinar 1,8 milhão de barris por dia, abaixo da produção diária de óleo, que é de cerca de 2 milhões de barris. De acordo com Gabrielli, hoje as refinarias existentes no Brasil operam com 90% de sua capacidade.
A Petrobras está construindo duas refinarias (Abreu e Lima, em Pernambuco, e Comperj, no Rio de Janeiro) e tem projetos para construção de mais duas: no Maranhão e no Ceará. Com isso, a capacidade de refino no país subirá para 3,2 milhões de barris por dia, em 2020, ainda assim bem abaixo da produção projetada de 3,9 milhões de barris de óleo diários.
O presidente da Petrobras explicou que um dos grandes problemas para o futuro está na capacidade de refinar gasolina. As novas refinarias em construção terão um trabalho focado no refino de diesel, querosene de aviação e petroquímicos.
Gabrielli não quis antecipar quais são os projetos da Petrobras para novas refinarias além das quatro já previstas. Mas, segundo ele, as próximas refinarias terão projetos mais flexíveis, isto é, permitirão o refino de diferentes tipos de derivados de petróleo.
Segundo o presidente da Petrobras, os investimentos serão detalhados no próximo planejamento estratégico, a ser divulgado em maio deste ano.

Com informações da Agência Brasil

As capas que não estão no livro da Folha de S.Paulo




A mega-loja trambiqueira de luxo vai fechar

A mega-loja de luxo da massa cheirosa vai fechar as portas
Ao mesmo tempo, a empresária Eliana Tranchesi aguarda um desfecho para a sua grife. Na próxima semana, a Daslu fará assembleia com 200 credores para aprovar a entrada de investidores na empresa por meio de um leilão. Em recuperação judicial desde o ano passado e com um dívida estimada em R$ 80 milhões, a empresa pode passar para as mãos de um novo grupo. Embora saiba que não tem nenhum poder sobre a decisão da Justiça, Eliana acredita que vai surpreender. "Eu vou voltar com a Daslu que todo mundo ama", disse a empresária ao Estado.
A Daslu começou a micar cerca de 40 dias depois da inauguração da butique, em 2005, quando Eliana recebeu uma visita surpresa da Polícia Federal - que resultou na sua prisão. Acusada de fraude em importação, formação de quadrilha e falsidade ideológica, Eliana foi condenada a 94,5 anos de prisão - a decisão cabe recurso. A dívida fiscal, que não é afetada pela recuperação, supera R$ 500 milhões.
A relação com a cliente fiel era tão direta que, em suas viagens de compras, nos showrooms das grifes internacionais, Eliana e sua sócia, Donata Meirelles, faziam os pedidos já pensando nos "heavy users".
O estacionamento custava R$ 30, mas os clientes exclusivos ganhavam um cartão para entrar sem pagar (hoje, o ingresso de carro não se dá mais pelos imponentes portais com cancela da Rua Chedid Jafet, mas por uma rampinha escondida no final da Avenida Juscelino Kubitschek).
Quando Eliana despontava com seu Porsche Cayenne de R$ 450 mil na portaria do casarão, dois empregados no interior subiam as escadarias acarpetadas borrifando purificadores de ar para "limpar"a passagem.
"Até para conseguir trabalhar lá tinha fila. Fiz o teste em 2004, mas só fui chamada um ano depois e ainda assim para ser caixa. Eu amo a Daslu. Sempre quis trabalhar aqui", diz subgerente da loja do Shopping Cidade Jardim, que prefere não se identificar, aberta bem depois do escândalo. No auge da exposição, uma das dasluzetes era a filha do então governador, Sofia Alckmin.
Com a migração de dasluzetes e de marcas importadas para o Shopping Cidade Jardim, na margem oposta da Marginal Pinheiros, boa parcela das órfãs da Villa Daslu agora circula por aqueles corredores com seus sapatos Louboutins e suas bolsas Bottega Veneta. Estão ali grifes como Giorgio Armani, Carolina Herrera, Hermès, Tiffany e Chanel.
Em uma outra frente de luxo, junto com o Cidade Jardim e o Iguatemi, o aguardadíssimo Shopping JK, dos mesmos empreendedores, já briga para abiscoitar a clientela de heavy users. Com um investimento orçado em R$ 240milhões, o JK vai ficar em um terreno vizinho à Villa Daslu e tem como sócio o dono do prédio, Walter Torre, pelo que se espera que agregue uma espécie de luxo remanescente. A Villa Daslu será ocupada por escritórios. A WTorre também não descarta a alternativa de transformar o espaço em teatro, marcando, assim, o fim de um ciclo.

Com informações do Estadão

Governo FHC desprezou o trabalho, o país não crescia

Governo Lula: De 2003 a 2010 a taxa de desemprego caiu 50%

A difícil busca das vítimas do golpe militar de 64

Ditadura: Polícia Militar e IML recomeçam busca de ossadas de desaparecidos
Peritos da Polícia Federal e do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo reiniciam hoje escavações no cemitério paulistano de Vila Formosa em busca de ossadas de desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar.
Nessa etapa do trabalho o objetivo é localizar os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva, militante da organização de esquerda ALN (Ação Libertadora Nacional), desaparecido desde 1969.
Silva era conhecido como Jonas e participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick em setembro de 1969.
Uma equipe de geofísica da PF analisou nas últimas semanas fotos aéreas, mapas e registros antigos do cemitério e delimitou três áreas em que há maior possibilidade de o corpo dele ter sido enterrado.
Os trabalhos de exumação serão feitos por cinco legistas (três da PF e dois do IML), um dentista e um perito em geofísica. A expectativa é que as buscas durem dois dias.
As ossadas retiradas do cemitério serão encaminhadas para uma base permanente de exames montada no IML.
No instituto, já foram iniciadas perícias para tentar identificar o corpo do militante Sérgio Corrêa, também da ALN.
Na primeira fase dos trabalhos de busca, em dezembro, foram recolhidos restos mortais de uma vala de Vila Formosa que provavelmente recebeu o corpo de Sérgio.
Essas ossadas estão sendo submetidas a exames de verificação de arcadas dentárias, dimensões de ossos e características de sexo e idade, para comparação com dados disponíveis sobre o militante.

Com Folha OnLine

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ronaldo ensaia para sair na Gaviões da Fiel

MST quer autonomia em relação ao governo Dilma

Principais pontos da entrevista de Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST sobre o quadro do movimento em 2011.
Governo Dilma: Nossa impressão preliminar é a de que o governo Dilma será mais ou menos a continuidade do governo Lula. A expectativa é que se possa, no governo Dilma, avançar mais na reforma agrária, embora os indícios iniciais sejam de que o tema está fora de pauta. Tanto no período eleitoral quanto no pós-eleitoral [mesmo no discurso de posse], o tema da reforma agrária não foi tratado. Historicamente, aliás, nós podemos afirmar que não temos um programa de reforma agrária. O que temos tido, ao longo da história brasileira, são programas de assentamento porque a estrutura fundiária brasileira continua inalterada, ou seja, grandes propriedades, alta concentração fundiária, grandes investimentos no agronegócio como forma de exportação de commodities para equilibrar a balança de pagamentos.
Governo Lula: O governo Lula avançou numa perspectiva de distribuição de renda com o sistema de bolsa, a elevação do nível de empregos e etc, mas sem mexer na renda dos ricos e sem mexer na estrutura altamente desigual que nós temos no país. Não vejo possibilidade de acabarmos com a pobreza no Brasil sem alterarmos isso. É preciso mexer na renda dos ricos, na riqueza do país, e, especialmente, no patrimônio. No caso, em particular da reforma agrária, [mexer] nas terras que estão servindo e serviram por muito tempo como reserva de especulação e hoje estão sendo utilizadas por grandes transnacionais para gerar lucros.
Movimentos sociais: Por ora, não há nenhum indicativo. Com o MST, não tem nada estabelecido. A gente espera, em um período próximo, fazer reuniões. Temos uma pauta emergencial para discutir com ela [a presidenta Dilma], mas, acima de tudo, temos uma pauta de médio prazo que acreditamos ser uma pauta da sociedade brasileira e tem a ver com o tipo de reforma agrária. Se nós continuarmos com a reforma agrária dentro da lógica de mercado não tem mais sentido. Se pensarmos um outro tipo de utilização do solo, dos recursos naturais, da água, numa perspectiva de preservação para o futuro, evidentemente, a reforma agrária passa a ser uma coisa moderna. Também queremos discutir sobre alimentação. Se a sociedade brasileira quer continuar consumindo alimentos altamente.
Agricultura familiar produz 70% dos alimentos:Podemos dizer que sim. Com uma quantidade menor de terras, a agricultura familiar e a média agricultura têm proporcionalmente uma produtividade de alimentação e de geração de empregos infinitamente maior do que a grande produção de exportação. Porém, a pequena propriedade e a média utilizam, em grande medida, todo o pacote tecnológico produzido e monopolizado por grandes grupos de transnacionais. Isso é preciso ser alterado.
Programa Nacional: No último período melhorou a situação dos créditos, mas ainda não é o ideal. Ela não tem produção em escala e, por isso, tem dificuldade. Em todo o mundo a pequena agricultura é subsidiada e, no caso brasileiro, devia ser também. Nós queremos melhorar a situação dos créditos, além de um volume maior, as condições precisam ser modificadas. Para ser considerado um assentamento, a área deveria ter estrada, escola, luz elétrica, casa, recuperação do solo e assim por diante. O que acontece é: quando se estabelece o projeto já se considera assentamento, mas ainda com toda a precariedade.
Agronegócio: Em primeiro lugar, o índice de produtividade, que é uma vergonha. O agronegócio alardeia desenvolvimento tecnológico e quer manter os índices dos anos 1970? É uma contradição. A segunda coisa é o trabalho escravo que nos deixa numa situação delicada internacionalmente. É inadmissível que o Congresso não tenha aprovado ainda a PEC do Trabalho Escravo [Proposta de Emenda à Constiutição nº 438] que aponta para o processo de desapropriação das terras. A terceira preocupação é com relação aos alimentos transgênicos. Além da soja, do milho, do algodão, há vários projetos de utilização de transgênicos que, possivelmente, entrarão em pauta no próximo período e que nos preocupa muito porque ainda não há estudos decisivos sobre o tema.

Com Agência Brasil


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Acabou a CPMI do MST: O bandido era quem acusava

Lavrador em estado de trabalho escravo
Sem alardes, CPMI do MST é oficialmente encerrada
Comissão chegou ao fim sem votação de relatório final. Notícia inaugura o Blog da Redação da Repórter Brasil, novo espaço para a divulgação de conteúdos variados que tenham relação com o trabalho desenvolvido pela Repórter Brasil
Acaba de ser lançado o Blog da Redação da Repórter Brasil. O espaço foi inaugurado para a divulgação e circulação ágil e simplificada de conteúdos que tenham relação com as atividades desenvolvidas pela organização.
Como notícia de abertura, o Blog da Redação destaca o encerramento formal da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada no final de 2009 para apurar, entre outros itens, denúncias sobre "desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários", mais particularmente aquelas próximos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Criada - e prorrogada - por iniciativa de parlamentares ruralistas, a CPMI do MST foi coberta com uma pá de cal no último dia 31 de janeiro, sem que o relatório final fosse submetido à votação dos membros da comissão.
Além da CPMI do MST, o Blog traz também outras duas notas. Uma sobre a moção de apoio aprovada pela Comissão Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), na última terça-feira (15), que pede a contratação de novos auditores fiscais do trabalho, servidores públicos que atuam na linha de frente do combate à escravidão contemporânea.
E outra sobre a fotografia que compõe o cabeçalho do novo blog: trata-se de uma imagem captada durante libertação de 122 pessoas de fazenda de cana-de-açúcar arrendada por empresa do Grupo J. Pessoa. Mais de 1,4 mil trabalhadores foram libertados de condições análogas à escravidão de áreas ligadas desse mesmo grupo sucroalcooleiro.


Com Repórter Brasil

SP: PDB-Um partido voltado para o povo

Novo partido preocupado com as causas populares: Com Kassab, Indio da Costa e Kátia Abreu?
Vem aí o PDB, de costas para o povo.
O PSB, que há algumas semanas começou a negociar a mudança do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab - hoje no DEM - para suas fileiras, aguarda apenas a formalização da criação de um novo partido para discutir uma futura fusão. "É um partido novo que eventualmente se fundiria com o PSB", explicou o presidente do PSB em São Paulo, Márcio França.
Nos bastidores da negociação, especula-se que o prefeito levaria não apenas o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, mas outros democratas de peso, entre eles o da senadora Kátia Abreu (TO) e Indio da Costa, ex-deputado federal e vice na chapa presidencial de José Serra.
As tratativas do PSB começaram com a investida sobre Colombo, que viabilizou o contato com Kassab. Como o prefeito poderá manter seu mandato mesmo se desfiliando do DEM, a preocupação de Kassab é estender a mesma garantia jurídica para seus aliados e evitar a perda de mandato por infidelidade partidária. "É uma possibilidade real sim", admitiu o deputado federal Rodrigo Garcia (SP) ao se referir à fusão com o PSB. Kassab já contratou dois escritórios de advocacia para cuidar da estrutura jurídica do novo partido, o PDB (Partido da Democracia Brasileira). "Essa é a primeira fase, que vai levar alguns meses", contou França.
As negociações estão sendo conduzidas diretamente pelo presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos. Segundo França, a saída de Kassab do DEM e a criação do novo partido seriam a brecha que muitos esperam para mudar de legenda. "Neste período podemos ter surpresas. Ele (Kassab) pode arrastar com ele mais do que se imagina", sugeriu França.

Com O Estadão

Presidenta Dilma é um sucesso de crítica

Os elogios pipocam por todos os lados. A candidata que muitos consideravam uma espécie de fantoche do ultrapopular Luiz Inácio Lula da Silva é hoje descrita como uma presidente de personalidade própria, equilibrada e pragmática. A imagem adquirida por Dilma Rousseff junto a analistas, jornalistas e políticos é de uma chefe de governo capaz de rejeitar posições do seu próprio mentor e resistir ao fisiologismo de membros do Congresso.
Uma das medidas do governo que mais conquistaram admiradores foi o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União, anunciado pelo ministro Guido Mantega. A revista britânica The Economist, que defendeu a eleição do tucano José Serra, elogiou o maior compromisso do governo até agora com a austeridade fiscal, em contraste à herança deixada por Lula. Na mesma linha, o respeitado diário Financial Times escolheu o adjetivo "sólido" para descrever o início de governo da primeira mulher presidente do Brasil.
O jornal, que também havia declarado preferência por Serra na fase final da campanha, elogiou o fato de a petista ter sinalizado uma posição diferente da do governo Lula em relação a violações de direitos humanos no Irã. As diferenças entre criador e criatura também foram observadas pelo espanhol El País, que destacou uma suposta preferência de Dilma pelos caças americanos da Boeing para a Força Aérea Brasileira, em vez do francês Rafale, defendido pelo antecessor. Em apenas 45 dias no Planalto, Dilma Rousseff é um sucesso de crítica.
A boa impressão não tem se limitado à imprensa e analistas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que as primeiras semanas da petista como chefe da nação foram uma "surpresa positiva". Trata-se de um reconhecimento importante de um dos maiores nomes da oposição e adversário de Lula na histórica, e às vezes cansativa, disputa sobre quem fez mais pelo Brasil.
Mas quem importa para a presidente Dilma são os políticos em atividade, especialmente aqueles que, no papel, pertencem à sua base de apoio. Em sua primeira batalha na Câmara dos Deputados, por um aumento do salário mínimo mais modesto do que queriam centrais sindicais e a oposição, Dilma venceu com uma margem de mais de 200 votos. Além de reafirmar seu atual controle sobre sua base, expôs as fraquezas da oposição, formada por partidos que costumavam defender a austeridade, mas tentaram abraçar uma bandeira oposta devido a seus objetivos políticos.
Um admirado início de governo, no entanto, está longe de representar a certeza de sucesso. Uma lua-de-mel seguida de períodos desastrosos é tão comum na carreira de governantes como na vida de casais antes apaixonados. A primeira preocupação de Dilma Rousseff é com os problemas que estão à sua frente, que incluem o avanço da inflação, o enfraquecimento de parcela da indústria devido ao real fortalecido e o estado lamentável da infraestrutura nacional.
Como se não bastasse a necessidade de oferecer estradas, portos, aeroportos e energia elétrica apenas para administrar as necessidades básicas de uma economia em crescimento, o Brasil ainda tem de organizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada nos próximos cinco anos. E não poderá sair gastando como se não houvesse amanhã, o que nos leva à segunda grande preocupação da presidente.
Além de tomar medidas equilibradas e sensatas para proteger a economia, ela precisa também ser adorada pelos eleitores, mesmo adotando políticas supostamente impopulares. Só assim conquistará nas urnas um segundo mandato. Já respeitada pela crítica, Dilma Rousseff terá de mostrar se consegue ser também um sucesso de público.

Com BBC Brasil

Ivone Lara hoje no Sesc Vila Mariana: A Dona do Samba

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Bunga-Bunga do inocente Berlusconi

Ruby descreve como eram as orgias, os "bunga-bunga" festinhas comandadas  e organizadas por Berlusconi
Dezenas de mulheres nuas dançando e se acariciando em torno do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disputam sua atenção para excitá-lo: de acordo com "Ruby Rouba Corações", pivô do escândalo envolvendo Il Cavaliere, era assim que aconteciam as chamada "festas bunga-bunga" do chefe de governo italiano.
"Depois do jantar, íamos para um salão no subsolo, onde acontecia a bunga-bunga", relata Karima El Mahroug, dançarina marroquina que ficou conhecida pelo apelido "Ruby Rouba Corações" e cujo depoimento para os investigadores que apuram o caso teve trechos vazados e publicados no jornal "La Repubblica".
"Todas as garotas ficavam nuas durante a bunga-bunga, e eu tinha a sensação de que elas estavam competindo umas com as outras para fazer com que Berlusconi as notasse, com performances sexuais cada vez mais ousadas", lembra Ruby, citada no diário italiano.
Ela é peça-chave do processo que corre na justiça italiana contra Berlusconi, acusado de contratar seus favores sexuais quando Ruby ainda era menor de idade - embora tanto ela quanto ele neguem.
Berlusconi também é acusado de abuso de poder, por um episódio em que obrigou a polícia a libertar Ruby, detida por roubo.
O julgamento do primeiro-ministro, que declarou não estar nem um pouco preocupado com o processo, começará no dia 6 de abril.
Em outro trecho do depoimento, Ruby descreve como foi seu primeiro encontro com o premier italiano.
"Naquela noite, Berlusconi me disse que a bunga-bunga era um harém, o que ele copiou de seu amigo (o ditador líbio Muamar) Kadhafi, e que consistia de garotas tirando a roupa e concedendo-lhe 'prazeres sexuais'".
"O primeiro-ministro me levou até seu escritório, e me fez entender que minha vida mudaria completamente se eu participasse na bunga-bunga", acrescenta a jovem.
Ela conta ter se recusado em uma primeira ocasião, mas acabou se unindo ao "harém" de Berlusconi da segunda vez em que o visitou, em março - mas garantiu que sua condição era manter-se vestida.
Eu não tirava a roupa e não tinha relações sexuais", afirma. "Eu era a única garota vestida, e apenas para ter algo para fazer eu levava para o primeiro-ministro um Sanbitters de vez em quando", contiua, referindo-se a um popular drink não alcoólico vendido na Itália.
Não houve acusações judiciais relacionadas com as festas "bunga bunga", que, no entanto, se tornaram motivo de inúmeras piadas na Itália nos recentes meses.
Berlusconi admitiu que é "um pecador, como todo mundo", mas acusou os juízes moralistas e adversários puritanos de orquestrarem uma campanha contra ele.

Com Agência AFP

Ronaldo e RC: Nóis fumo do Corinthians

NunKassab é craque, cracolândia abre filiais

Em 2004: NunKassab e Serra prometeram revitalizar o centro
A Cracolândia não se limita mais ao centro da cidade, agora tem filiais. Prefeitura enrola há seis anos com o plano de revitalização do centro
Quem passa pela avenida Jornalista Roberto Marinho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, e vê seus “novos moradores” diz que a sensação é uma mistura de constrangimento, tristeza e medo. O canteiro central da via, por onde passa o córrego Água Espraiada, foi transformado em ponto de consumo de crack. Dezenas de dependentes se acumulam ali, dia e noite, compondo uma nova Cracolândia na capital.
Em janeiro, quando a reportagem do R7 esteve no local, já era possível ver usuários escondidos atrás do muro. Alguns dormiam, outros consumiam a droga. PMs passam perto do canteiro e descem do carro, expulsando os chamados “craqueiros”. Eles se espalham, entram nas ruas que cortam a avenida e voltam para o mesmo lugar em pouco mais de meia hora.
Uma das usuárias, conhecida como Magrela, ironiza a situação e diz que é mais fácil “colocar uma grade em volta do córrego e transformá-lo em uma clínica”.
- A polícia vem aqui, mas não adianta. Não é uma questão de polícia. É um problema de saúde. Aí, eles levam a gente para a cadeia. Na cadeia, eu fumei crack, eu fumei maconha. Nem dez dias eu fiquei. De que adiantou?
Magrela diz ter nascido e crescido no bairro. Aos 32 anos, ela viveu os últimos 15 entre melhoras e recaídas no vício do crack. Há sete meses, a usuária vive perto do córrego Água Espraiada.


Com r7

Para a ONU um exemplo, para os demotucanos é esmola

Bolsa Família: PSDB-DEM chamam de Bolsa-Esmola
Bolsa Família é apontada como exemplo de política de previdência social em reunião da ONU
O Bolsa Família foi citado numa reunião da ONU, nesta segunda-feira, como "um exemplo de mecanismo bem-sucedido" de assistência social. O programa foi mencionado num debate, em Nova York, sobre a criação de uma espécie "de piso de proteção social" que possa garantir segurança alimentar, serviços de saúde a todos e a aposentados idosos.
O exemplo do Bolsa Família foi destacado pelo diretor do Departamento de Previdência Social da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Michael Cichon disse que a previdência social é um direito humano.
Segundo Cichon, apenas 20% da população tem acesso à assistência. Para ele, falta vontade política para implementar iniciativas que necessitam um mínimo de investimento.
Sistemas de segurança
O representante da OIT disse que se trata de um "escândalo, uma vez que são precisos apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) global para promover sistemas de segurança para todos os pobres do mundo".
Michael Cichon destacou o Bolsa Família como um exemplo de programas que "não custam quase nada"e fazem grande diferença na redução da pobreza e das desigualdades. Ele ressaltou que o programa custa apenas 0,5% do PIB brasileiro e alcança 25% da população.
Cichon alertou que quem pagará a conta dos cortes de gastos públicos decorrentes da crise econômica global serão os idosos, as pessoas com deficiências e os pobres.

Com Brasil de Fato