Hoje, dia 15 de maio, é o 65 ºaniversário da Nakba. Anualmente, nosso povo realiza manifestações nesta data, e a Frente Popular para a Libertação Palestina reafirma a sua rejeição ao reassentamento forçado dos palestinos e rejeita o chamado Estado judeu, e que o direito de retorno é um direito inalienável e natural, humano, político e jurídico, individual, coletivo e sagrado, que não tem prazo prescricional e que é inegociável, garantido por leis e pelo direito humanitário internacional e direitos nacionais.
A Frente Popular considera que a "catástrofe" de nosso povo é o resultado natural da implementação do projeto sionista sobre a terra e nação que não poderia ter sido alcançado sem a cumplicidade e conspiração colonial britânica e norte-americana, que existe ainda até hoje.
Por isso, é necessário instalar e confirmar o direito de retorno de nosso povo e compensação por danos a ele, aos palestinos de outras gerações, as suas terras e suas instituições, em conformidade com a lei Internacional e as resoluções de legitimidade internacional, em especial a Resolução 194, segundo a qual a Inglaterra, os Estados Unidos e a União Europeia deveriam admitir suas responsabilidades pelos danos ao nosso povo, pela opressão, injustiça e destruição história. São responsáveis pelos prejuízos na histórica, política e moral, pelo crime de século que tem sido perpetuado contra o nosso povo.
Na visão da Frente, as declarações de ontem da delegação de chanceleres árabes em Washington para alterar o que se chama de pequenos ajustes nas fronteiras às vésperas do aniversário da Nakba é a continuação do papel de cúmplice que adotam historicamente, e a situação traz tristeza e indignação, uma vez que revela que alguns países árabes ainda estão viciados em implorar e seguir a posição norte-americana, e se enquadra no âmbito de concessões generosas e gratuitas, e quem paga por isso é o nosso povo, como um reflexo dos seguidores de negociações de Madrid - Oslo e que se chama a iniciativa árabe.
As políticas de ocupação, colonização, bloqueio, detenções, assassinatos, judaização, expulsão e crimes de guerra praticados contra a terra, o homem e os santuários pelas terras palestinas, desde a Galileia e o Triângulo até Negev, Jerusalém e o Vale do Jordão, tratam-se de um comprimento real da estratégia do sionismo com base na lei da selva, violência, terrorismo e negação dos direitos do povo palestino, principalmente pelos direitos inalienáveis de retorno e autodeterminação e pelo direito de um Estado independente. O cenário histórico e atual na Palestina representa um modelo de racismo baseado em políticas de Apartheid.
A Frente Popular apela para que abandonem os círculos de negociações, que são articulados visando soluções bilaterais e geralmente a partir de promessas do governo dos EUA. Também apela para abandonar os interesses individuais, as pressões externas, e para que se inicie uma implementação imediata do acordo de reconciliação como fim de organizar a casa palestina sob o modelo democrático e assim salvar a identidade nacional de nosso povo. Isso, por meio de uma estratégia firme que vise a uma nova politica nacional e social, que possa mobilizar as forças e os aliados de luta pelo nosso povo.
É pensando nessa estratégia que poderemos trazer uma liderança unificada nacional comprometida com o direito da resistência, com o objetivo de derrotar a ocupação, os assentamentos e pela libertação dos prisioneiros. Comprometida em conquistar os direitos inalienáveis de nosso povo, começando por um Estado independente com plena soberania incondicional, com sua capital em Jerusalém. Comprometida para que se inicie a construção de um caminho para um Estado laico democrático na Palestina, e que possa ser amanhã mais que um sonho, mas uma realidade.
Frente Popular para Libertação da Palestina
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