Um trabalhador rural aposentado de 70 anos, de Matão, no interior de São Paulo, acaba de fechar um acordo milionário com uma usina da Cosan, líder em capacidade de moagem de cana.
Depois de dez anos na Justiça, ele fechou um acordo trabalhista de R$ 2,2 milhões.
Por causa do alto valor, o ex-tratorista que hoje vive numa pequena cidade próxima a Matão decidiu não revelar sua identidade, segundo informou o advogado dele, Pedro Cassiano Bellentani.
De acordo com o defensor, o ex-trabalhador rural atuou por 25 anos em uma fazenda de cana da Usina Bonfim, comprada pela Cosan.
Em 2000, ele foi demitido e, em seguida, se aposentou.
Entre as verbas trabalhistas estão valores referentes a horas extras, adicionais noturnos e refeições. Os juros e as correções monetárias do período alavancaram parte da quantia milionária, segundo o advogado.
O acordo foi assinado no último dia 26 de outubro. A juíza Gislene Aparecida Sanches, de Matão, afirmou que essa foi a primeira vez que presenciou um acordo milionário entre ex-trabalhador rural e grupo usineiro.
Segundo ela, a Cosan tem 20 dias para efetuar o pagamento integral ao ex-trabalhador, sob pena de multa de 50% do valor total.
O processo chegou a ficar no TST (Tribunal Superior do Trabalho) -instância máxima superior- por cinco anos, segundo o defensor.
CONCILIAÇÃO
Em maio, segundo a juíza, o ex-trabalhador rural procurou a Justiça durante a Semana Nacional da Conciliação, para que fosse feito o acordo da data de pagamento.
"Houve todo o tipo de recurso possível pela empresa e divergência nos cálculos, até a elaboração de um laudo pericial", afirmou a juíza.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a Cosan informou que optou por fazer acordo, entendendo ser esta a solução mais adequada aos interesses de todas as partes envolvidas.
"A Cosan reafirma sua posição de total respeito aos direitos e interesses de seus colaboradores, bem como seu compromisso com as boas práticas trabalhistas."
Com Folha OnLine
Celso,
ResponderExcluironde está o trabalho escravo, apregoado pela Folha OnLine? Pelo relato trata-se de uma ação trabalhista que reivindicou horas extras, adicionais, refeições etc. Trabalho escravo é outra coisa, é caso de polícia. Pagar baixos salários não é trabalho escravo, né? Enrolar o trabalhador é safadeza, mas não é trabalho escravo. Depois os escoteirinhos e órfãos da madre Tereza de Calcutá, europeus, claro, nos imputam tarifas e regras não alfandegárias, por causa de notícias como essa...