segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conversando no Jardim


Reality da vida
Quase toda rede de TV brasileira tem seu reality show, o da Globo os integrantes ficam confinados em uma casa, os da Record em uma fazenda, o do SBT em cabines individuais e testam conhecimento. Esse tem um sistema rigoroso que não permite o participante de tomar banho, alimentação é mínima e outras privações.
Mas, o reality da vida mesmo são os moradores das regiões alagadas que estão confinados em alagamentos  com água e esgoto em suas casas a mais de 40 dias.


Porque tanto medo?
Na últimas semanas assistimos as reações das casernas principalmente da velha guarda do quartel, aqueles que hoje estão na reserva. A discussão sobre a abertura dos casos de tortura é um assunto que atemoriza os militares que estiveram no comando no período da ditadura, 1964 a 1985. No Link abaixo vejam as opiniões de quem esteve nos porões da ditadura. Assista o vídeo gravado em frente ao Clube Militar no Rio de Janeiro durante manifestação em defesa da revisão da Anistia .
O grande  erro  foi torturar e não matar
http://www.youtube.com/watch?v=3X_jsQfOOkE



Tem jornal que ainda chama de "Ditabranda"
Segundo trabalho de Janaina Teles, da USP, os dados da repressão durante a ditadura, foram mais de 20 mil pessoas presas submetidas a tortura somente no 1º semestre de 64, há 356 mortos no período, quase 7.400 acusados, mais de 10 mil na fase de inquéritos,  4.862 cassados, e centenas de campones assassinados. E ainda centenas desaparecidos e sem os parentes poder enterrar seus entes. O jornal "Folha de S.Paulo" reconhecido como colaborador da repressão chama esse período de "Ditabranda".

A imprensa era livre?
Veja no link abaixo uma entrevista que demonstra como era a relação dos comandantes do Exército com a imprensa, principalmente de órgãos da mídia que não resavam a mesma cartilha. O general era muito calmo e de fino trato.

Sem lenço e sem documento
Parece que estamos caminhando para o esquecimento de tantas vítimas da repressão, onde não era só executada por militares e também por civis. Esse pessoal vai ficar impune e muitas famílias não vão poder enterrar  seus filhos, maridos, mães e pais, não vão usar o lenço em um enterro digno e nem terão os documentos necessários para justificar o desaparecimento e morte dos torturados.

E os paramilitares?
Naqueles tempos os repressores nem todos eram militares, os civis principalmente caracterizado pelos "paramilitares" transvestidos com roupas de militares reprimiam a todos que achavam ser inimigos do regime militar. Pessoas portavam armas ilegais e invadiam casas, empresas, vigiavam pessoas como se tivesse alguma autoridade para tal. Adoravam usar um coturno do exército, e andar em grupo, característica dos covardes e invadir propriedade alheia.

Em outros países é diferente
No Chile as ações que apuram os torturadores já condenou alguns repressores do período da ditadura chilena, na Argentina também. Na América do Sul quase todos os países apuram quem foram os torturadores, civis ou não, de seus filhos que lutaram por liberdade e democracia.


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