A Câmara de Vereadores de São Paulo concedeu o título de Cidadão Paulistano a Virgilio Gomes da Silva (Jonas), um operário da indústria química e dirigente do Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos do estado. Foi preso durante 4 meses em 1964. Perseguido por sua militância, não conseguia emprego nas fábricas e sobreviveu mantendo um pequeno bar. Militantes presos na mesma época afirmam que a polícia torturou sua mulher e o filho mais novo, ainda bebê, para obrigá-lo a colaborar.
Virgílio, ex-guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN), foi preso novamente em 29 de setembro de 1969, na Avenida Duque de Caxias, cento da capital paulista, por agentes da Operação Bandeirantes - Oban (DOI-CODI/SP). O operário não resitiu a tortura é morreu na sede da Oban, nas mãos dos assassinos liderados pelo major Inocêncio F. de Matos Beltrão e pelo Major Valdir Coelho, chefes daquele centro de torturas. Laudos encontrados, por acaso, em 2004 no Arquivo do Estado comprovaram que de fato Virgílio foi assassinado dentro da Oban.
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