sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O DEMônio é contra os jovens



Segundo dados da Universidade Federal de Brasília, UnB, o país possui mais de 22 mil alunos negros matriculados em faculdades públicas.

Ingressaram no ensino superior graças às cotas raciais, o número representa menos que 2% dos mais de 1.200.000 alunos matriculados em Instituições de Ensino Superior.

A lei, que entrou em vigor em dezembro de 2008, beneficia estudantes carentes negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, portadores de deficiência física e filhos de policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço

Nos últimos sete anos ingressaram mais negros nas universidades públicas do que nos 20 anos anteriores. Muitas pessoas não têm consciência da intensidade da revolução que é ter mais negros e indígenas nas faculdades.

Além das cotas raciais , existe também o Prouni, Programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudo em instituições particulares, para a inclusão de afrodescendentes.

Em três anos de aplicação do programa, que funciona desde 2005, dos 380 mil alunos beneficiados, 45% eram pardos ou negros.

Tudo muito justo, muito promissor e com grande apoio da opinião pública, menos para o DEM, Democratas, partido político herdeiro do PFL, da Arena, e da UDN, e também dos chicotes e correntes usados na senzalas.

Há três meses o Demo entrou com um pedido no STF, Supremo Tribunal Federal, visando a suspensão das cotas nas universidades.

O pedido de suspensão foi negado, mas pode ser julgado no ano que vem. Como também será julgado pelo voto em outubro, os demos pelos eleitores.

O Demo, como o partido DEM é chamado, apesar do pedido de plágio do demônio, que se acha mais bonzinho que os seus políticos. E pior ainda farão parte como vice da chapa de um dos candidatos do PSDB, José Serra ou Aécio Neves, nas eleições do ano que vem.

Talvez os demos queiram que jovens de famílias mais humildes, sejam negros ou não, simplesmente não estudem.

Os demos não se esquecem da época da escravidão, em que seus pais ou avós mantinham os jovens presos nas correntes aos troncos das senzalas ou vendiam para os fazendeiros vizinhos.


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