domingo, 8 de novembro de 2009

A questão não é a campanha, e sim o “delivery”





Durante o congresso do PCdoB realizado na última sexta-feira em São Paulo o presidente Lula estranhou a fórmula encontrada pelo PSDB em treinar cabos eleitorais nas cidades do Nordeste.

A operação, segundo reportagem da "Folha de S.Paulo, tem a previsão de gasto R$ 450 mil, o programa tem como meta o recrutamento e qualificação de mão-de-obra - voluntária ou contratada - para a campanha presidencial de 2010, entenda-se militância paga, que virou uma constante nas últimas eleições praticadas principalmente por partidos que não tem muitos filiados voluntários, militância terceirizada, como é o caso do PSDB.

A direção nacional dos tucanos reagiu na hora, o presidente do partido, Sérgio Guerra, quer a paz, não quer confrontos, e nem falar de ditadores que causaram a guerra mundial. E o ex-presidente FHC declarou “não sou candidato, e não estou em campanha”.

A ira demonstrada pelo sociólogo e professor Fernando Henrique deve ser pelo momento em que chega a comparação inevitável de seus oito anos de governo com o de Lula, mesmo faltando para este um ano e dois meses para concluir o seu segundo mandato.

O descontrole do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é notado na semana que o presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu um título de “Estadista do ano”, prêmio concedido pelo instituto de assuntos internacionais do Reino Unido, Chatham House.

A premiação é uma forma de reconhecimento por sua atuação no governo ao distribuir renda e de reduzir a pobreza no Brasil por meio de políticas econômicas que mantiveram o equilíbrio fiscal e evitaram o aumento da inflação.

O site da Chatham House cita também a atuação de Lula na solução de crises regionais, na América do Sul, e o estabelecimento da missão de paz no Haiti, além do fortalecimento da inserção do Brasil no cenário mundial e sua atuação para fomentar o consenso nos foros multilaterais econômicos e comerciais.

As comparações já estão na boca do povo, enquanto o presidente Lula, o ex-operário, é reconhecido internacionalmente como “estadista” e o ex-presidente FHC, o sociólogo e professor universitário é reconhecido pelos brasileiros por sua gestão como “entreguista” ou como sempre preferem falar em outra língua, pelo “governo delivery”, governo de entrega do patrimônio público nacional de porta em porta ao capital privado internacional.

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