segunda-feira, 16 de maio de 2011

Esse é um assunto do Governo de SP, bye,bye


A análise dos dados de Boletins de Ocorrência e de laudos da semana de ataques do PCC, entre 12 e 21 de maio, dá uma clara mostra de uma ação de represália por parte dos agentes públicos. O pesquisador Ignácio Cano, que coordenou o exaustivo trabalho de levantamento de informações, aponta que há uma reação policial entre os dias 14 e 17. Enquanto nos dias 12 e 13 a razão de civis mortos para agentes públicos mortos não passava de 1,7, a proporção sobe para 13 civis para cada agente público no dia 14 e atinge um pico de 21 no dia 17.
Ao mesmo tempo, a razão de mortos para o número de feridos é muito maior nesse segundo período (14 a 17) e cresce a ação de grupos de extermínio, nos quais historicamente há a presença de policiais. No cômputo total da semana de ataques, 505 civis morreram, contra 59 agentes públicos. Confrontos com a polícia e execuções sumárias respondem por 189 vítimas, boa parte com alto número de disparos na cabeça e no tronco.
Cinco anos depois os crimes continuam sem esclarecimentos pelo Governo de São Paulo, e ainda os governadores desse período fogem do assunto quando entrevistados, como fez Alckmin, em 2006, logo depois de ter deixado o governo estadual paulista para disputar eleição presidencial.

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