A cor da pele virou critério explícito para a seleção de profissionais em São Paulo.
A empresa Resilar, dedicada ao recrutamento de recursos humanos na Vila Mariana, zona sul da capital, oferece aos empregadores a opção de escolha da "cútis", ou cor da pele, para estabelecer o perfil desejado do funcionário, informa o jornal. O principal foco da atividade é a seleção de empregados domésticos, motoristas.
A prática é crime com pena de um a três anos de prisão, segundo o Estatuto da Igualdade Racial. A legislação em vigor há 22 anos proíbe preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional para a seleção profissional.
Segundo o jornal, Carli Maria dos Santos, presidente do Sindicato das Empregadas Domésticas do Rio de Janeiro, classificou a conduta de "descaramento". Ela lembrou, porém, que é comum as empresas recrutadoras pedirem currículo com foto, o que mascara a discriminação. O deputado federal e ex-ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, promete levar o caso à Polícia Federal.
Repórteres de O Dia telefonaram para a empresa fazendo-se passar por uma empregadora interessada em contratar uma empregada doméstica. O mesmo procedimento foi usado em visita à sede da companhia. Em ambos os casos, a atendente confirmou que a "etnia" ou a cor da pele eram critério possível na seleção, para evitar "constrangimento" na hora da entrevista.
Com O Dia
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