Prêmio Anual da Saberania Alimentar
A Coalizão Comunidade Soberania Alimentar (Community Food Security Coalition -CFSC) escolheu o MST para receber o Terceiro Prêmio Anual de Soberania Alimentar. A entrega do prêmio será realizada durante a 15º Conferência Anual do CFSC, prevista para acontecer entre os dias 4 e 8 de novembro deste ano em Oakland, Califórnia, EUA.
Em comunicado por email, o Diretor Executivo da CFSC, Andrew Fisher, agradeceu ao MST pelo esforço de garantir a soberania alimentar brasileira e do mundo. Segundo ele, o Movimento foi escolhido em função do excelente trabalho de conscientização social sobre o direito de produzir e consumir alimentos saudáveis, de baixo custo e sem o uso de defensivos agrícolas. O Diretor Executivo da CFSC também destacou o grande valor das ações locais realizadas pelo MST em todo o país em prol da produção de alimentos agroecológicos.
Em texto, ele disse: “o MST foi escolhido para receber o prêmio devido ao excelente trabalho, promovendo soberania alimentar através da conscientização da população, ações em nível local, desenvolvendo e implementando programas e políticas; reconhecendo a importância de ações coletivas para que ocorram mudanças sociais; reconhecendo as conecções globais no trabalho de soberania alimentar e demonstrando claro reconhecimento da importância de mulheres nas questões de agricultura e alimentação”.
Para o MST, ganhar mais esse prêmio significa que os esforços para romper com o modelo agrícola capitalista vigente não tem sido em vão. Em outras palavras, reflete a importância de se discutir, em nível nacional, as reais consequências geradas pelo uso de organismos geneticamente modificados e de agrotóxicos.
Itelvina Masioli, Coordenadora Nacional do Setor de Relações Internacionais do MST, comentou que ao conceder este prêmio ao Movimento, a CFSC também reafirma o projeto baseado na Reforma Agrária e na soberania alimentar como saída fundamental para, de fato, acabar com a fome e a miséria no país e no mundo.
“Esse modelo da agricultura industrial, do agronegócio, é daninho a sociedade. Ele gera trabalho escravo, não produz alimentos e nem empregos. Pelo contrário, ele destrói a natureza”, declarou Itelvina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário