quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Acordo faria Maluf admitir crime

“Maluf não tem e nunca teve dinheiro no exterior"
O deputado federal Paulo Maluf (PP), que completa 80 anos em 3 de setembro, negociou ao longo de quase um ano acordo com a promotoria de Manhattan (EUA) para ter seu nome excluído da lendária lista dos mais procurados da Interpol em todo o mundo. Em troca, o ex-prefeito admitiria a autoria de um crime pela primeira vez na vida – no caso, a falsificação de registros contábeis praticado nos Estados Unidos.
A confissão histórica se daria perante o Tribunal Criminal de Nova York e de viva voz pelo réu. Sob a condição de não correr nenhum risco de ser algemado, nem mantido em cela prisional, Maluf viajaria para a audiência nos EUA.
Ele também estava disposto a declarar que “não tem interesse” em US$ 22 milhões do Macdoel Trust, na Ilha de Jersey – fundo controlado por três empresas offshore cuja titularidade o Ministério Público Estadual atribui ao ex-prefeito e ao filho mais velho de Maluf, Flávio.
Mas o pacto fracassou há duas semanas, à beira do ato final – a assinatura do documento pelas partes envolvidas, os defensores de Maluf, ele próprio e a promotoria americana. Os advogados temiam que Flávio, presidente da Eucatex, ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para eventual ação de natureza penal.
Desde que caiu na malha fina da promotoria paulista, que o acusa por desvio de recursos públicos e fraudes, Maluf jamais admitiu a prática de um único crime. Sempre foi categórico ao negar a manutenção de ativos em paraísos fiscais. “Maluf não tem e nunca teve dinheiro no exterior”, repetia.
O deputado tem gasto muito com influentes advogados que cobram por hora de expediente, em Jersey, Genebra e Nova York. O segundo: a idade. Próximo dos 80 anos, ele sabe que a demanda na corte americana tende a se arrastar por muito tempo – no mínimo, três anos.
Além dos US$ 700 mil, nenhuma outra multa ou taxa seria imposta com relação a esse caso, exceto despesas obrigatórias impostas pelo tribunal de acordo com a lei penal.
A defesa respondeu que seu cliente “está disposto a aceitar a responsabilidade por sua própria conduta criminal e se declarar culpado, sob os termos deste acordo, para resolver este caso”. Maluf renunciaria, por escrito, a todo o direito de apelação.

Com o JT

Um comentário:

  1. Celso...Passei por aqui para dizer um olá...gostei também da Postagem sobre...
    Palestina: Justiça, Paz e Liberdade já.
    At+

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