sábado, 6 de agosto de 2011

Nem o Capitão América salva a economia dos EUA

EUA deixam 'clube' de 14 países com dívida mais segura
O anúncio na sexta-feira, 05/08, de que a Standard & Poor's (S&P) rebaixou pela primeira vez na história os papéis da dívida americana - de AAA para AA+ - fez com que o país deixasse uma seleta lista de nações consideradas mais seguras para os investidores.
Com a saída dos Estados Unidos, o restrito "clube" possui apenas 14 países cujas dívidas recebem a nota máxima das agências de risco.
A dívida total americana, de US$ 14,3 trilhões, equivale a quase uma vez o PIB do país. O acordo aprovado na segunda-feira autoriza a elevação da dívida em até US$ 2,4 trilhões em troca de cortes de gastos no mesmo valor.
Com um déficit público na dimensão do atual, o novo teto da dívida seria alcançado até o final do ano que vem.
Juros mais baixos
As classificações de risco avaliam a capacidade do país de honrar suas dívidas e servem como parâmetros para orientar os investidores. A classificação AAA significa um risco praticamente zero de a dívida não ser paga, portanto mais segura para os investidores.
Em teoria, os países com classificação da dívida mais alta têm mais facilidade de captar empréstimos no mercado internacional a juros mais baixos do que os países cujas dívidas são consideradas menos seguras.
Atualmente, apenas 14 países têm a classificação AAA nas três principais agências – Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Suíça.
Além desses países, a lista AAA da Standard & Poor’s inclui também Liechtenstein e os territórios de Ilha de Man, Guernsey e Hong Kong, a Fitch inclui Bermuda e Nova Zelândia e a Moody’s, Ilha de Man e Nova Zelândia.
Os Estados Unidos perderam a classificação máxima de sua dívida pela primeira vez na história, mas outras grandes economias já sofreram com o problema no passado.
O Japão, que tem a maior proporção mundial da dívida em relação ao PIB (mais de 200%), foi rebaixado pelas principais agências entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, quando a economia do país começou a patinar.
Segundo alguns analistas, França e Grã-Bretanha são os países que correm mais risco de ter suas dívidas rebaixadas pelas agências no médio prazo, por terem dívidas altas em relação aos seus PIBs, altos déficits públicos (5,6% do PIB no caso da França e 8,7% no da Grã-Bretanha) e economias com perspectivas de baixo crescimento.

Com BBC Brasil

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