Filha de Joaquim Roriz estava no esquema
O Conselho de Ética da Câmara aprovou por 11 votos contra 3 o parecer do deputado Carlos Sampaio pela cassação do mandato parlamentar da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) por quebra de decoro parlamentar. A votação foi aberta e o processo vai seguir agora para apreciação do plenário, em votação fechada. Para que Jaqueline Roriz perca mandato são necessários 257 votos favoráveis à cassação.
O deputado Carlos Sampaio, relator do processo, propôs aos integrantes do conselho a cassação do mandato parlamentar da deputada por entender que ela quebrou o decoro parlamentar ao receber dinheiro do operador e delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, mostrado em gravação de vídeo em março deste ano. Segundo o relator, as ações da deputada na gravação revelam conduta reprovável e indecorosa.
Em parecer de 67 páginas, Carlos Sampaio traçou um histórico da deputada desde 2006, quando ela foi candidata e eleita deputada distrital. Foi na campanha daquele ano que ela recebeu de Durval Babosa os cerca de R$ 50 mil mostrados em fita de vídeo. Segundo o relator, se o vídeo em que ela aparece recebendo o dinheiro tivesse sido mostrado na campanha de 2006, Jaqueline não teria sido eleita naquela época, assim como se tivesse sido mostrado na eleição do ano passado também não teria sido eleita deputada federal.
“A conduta indecorosa da deputada Jaqueline Roriz teria levado à sua cassação na Câmara Distrital como ocorreu com outros deputados”, disse o relator, no seu parecer, ressaltando que se as fitas tivessem sido mostradas quando era deputada distrital, ela teria sido cassada como ocorreu com a então deputada Eurides Brito e com outros deputados que tiveram que renunciar ao mandato para não serem cassados.
Com Agência Brasil
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