terça-feira, 7 de junho de 2011

Os Fujimori, a filha perdeu e o pai vai mudar de prisão

Fujimori cumpre 25 anos de prisão por ter sido considerado culpado por sequestros e massacres no Peru, nos anos 90, e responde ainda por corrupção e abuso de poder
O vice-presidente eleito do Peru, Omar Chehade, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o ex-presidente Alberto Fujimori deve ser transferido do quartel militar onde cumpre pena de 25 anos de prisão para uma prisão adequada à gravidade dos crimes pelos quais foi condenado.
Chehade, que foi o procurador adjunto do Estado encarregado do processo de extradição de Fujimori do Chile, ressaltou, no entanto, que o governo de Ollanta Humala, que assumirá a Presidência no dia 28 de julho, respeitará os direitos fundamentais do ex-líder.
"Evidentemente, o mais provável é que o ex-presidente mude de centro de detenção e siga para um centro penitenciário 'ad hoc' a uma pessoa que cometeu graves crimes, o que não quer dizer que sua saúde e seus direitos fundamentais não serão respeitados", explicou.
O vice-presidente virtualmente eleito no domingo, 5, pela chapa de Humala também confirmou o anúncio feito por este último na sexta-feira passada de que poderia conceder indulto humanitário a Fujimori caso sua saúde se deteriore seriamente, já que o ex-governante sofre câncer na língua.
"Como toda pessoa que sofre um mal ou um câncer terminal, lhe será concedido indulto ou um benefício, mas para isso primeiro será necessário ver se Fujimori o tem ou não, e se é credor para recebê-lo", destacou.
Pai da deputada Keiko Fujimori - candidata derrotada nas urnas neste domingo, rival de Humala -, Alberto Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000, quando fugiu para o Japão, país do qual possui cidadania. Anos depois, estava no Chile e foi extraditado de volta ao Peru, onde seria julgado e condenado em 2009 por crimes contra a humanidade.
"Definitivamente (o quartel de) La Diroes não é um centro apropriado para uma pessoa que cometeu crimes tão graves, que foram reconhecidos por todo o mundo", assinalou Chehade.

Com informações do Estadão

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