quinta-feira, 14 de julho de 2011

China: mercado aberto, internet fechada

Cerca de 1,3 milhão de sites foram fechados na China em 2010, segundo um centro de estudos do governo chinês.
De acordo com um levantamento da instituição, havia 41% menos de sites na China no final do ano de 2010 do que no mesmo período do ano anterior.
Os dados fazem parte do Relatório sobre o Desenvolvimento da Indústria de Novas Mídias na China, que foi apresentado pelos pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Nos últimos anos, oficiais chineses endureceram o controle sobre a internet, e deram início a uma perseguição contra sites de pornografia em 2009.
No entanto, o pesquisador do Instituto de Pesquisa sobre Mídia, Liu Ruisheng, um dos responsáveis pelo levantamento, disse que a diminuição no número de sites não tinha relação com o controle governamental.
Durante a apresentação do estudo, ele disse que a China tem "um alto nível de liberdade de expressão".
'Supervisão rigorosa'
De acordo com Liu, o número de páginas de conteúdo nos sites em funcionamento aumentou para 60 bilhões - 79% a mais do que no ano anterior -, apesar da redução no número total de sites.
"Isso quer dizer que o nosso conteúdo (na internet) está mais forte, enquanto nossa supervisão está se tornando mais rigorosa e ordenada", disse.
No entanto, ativistas pelos direitos civis vem protestando contra a censura à internet do governo chinês. De acordo com críticos, muitos sites são fechados no país por razões políticas.
O levantamento diz ainda que cada vez mais chineses usam fóruns imonline para debater acontecimentos do país e do mundo.
Uma série de sites são bloqueados habitualmente, como o serviço de língua chinesa da BBC e sites de redes sociais como Facebook, YouTube e Twitter.

Com BBC Brasil

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