terça-feira, 12 de julho de 2011

Fundo de R$ 12,5 mi vai proteger terras caiapós

Nos próximos cinco anos, comunidades caiapós terão à disposição R$ 12, 5 milhões para projetos dedicados à proteção e monitoramento de suas terras no sudeste da Amazônia, beneficiando cerca de 7 mil pessoas que vivem na região.
Os cerca de 10,6 milhões de hectares de terras em reservas caiapós - mais ou menos o território da Islândia - ficam na rota do chamado "arco do desmatamento" que concentra não só as maiores taxas de destruição na Amazônia como os maiores índices de confrontos por terra.
O Fundo Caiapó será gerido pelo Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e deve utilizar a renda anual do capital investido para financiar a administração de longo prazo das terras indígenas. Todos os projetos terão que ser propostos e formulados por organizações indígenas.
A partir daí, passarão por uma comissão técnica e serão então submetidos às aprovações da Funai (Fundação Nacional do Índio) e de uma comissão formada por investidores do fundo. De início, as organizações indígenas que podem receber financiamento são: Associação Floresta Protegida, Instituto Kabu and Instituto Raoni.
O financiamento é dividido entre o Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que entra com metade do valor, e a organização não-governamental Conservação Internacional, que entra com a outra metade.
A ideia é depois dos cinco primeiros anos, o montante do fundo suba para R$ 23,4 milhões, mas a Conservação Internacional trabalha com a expectativa de que mais investidores possam participar da iniciativa.
De todo jeito, será uma boa injeção de capital em uma das áreas que mais sofrem pressão na Amazônia.

Com BBC Brasil
Foto: Cristina Mittermeier/ iLCP


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