São Paulo corre risco de ficar fora da Copa do Mundo de 2014
Que a CBF não queria a Copa em São Paulo estava claro desde que vetou o Morumbi. O que faltou ali foi atitude de estadista para quem governava o Estado então. Faltou dizer que ou seria no Morumbi ou São Paulo declinava da Copa.
E a suja Fifa, que obviamente nada tem a ver com as picuinhas da CBF, que resolvesse e engolisse que a região mais preparada do país estava fora de seu convescote.
O paulistas veriam felizes a Copa pela TV e se divertiriam com as lambanças de Cuiabá, Brasília, Natal, Recife etc., do Rio, inclusive, embora a Cidade Maravilhosa seja mesmo a mais adequada para receber a Olimpíada, a abertura da Copa, o centro de imprensa e tudo o mais que disser respeito a turismo com T maiúsculo no Brasil.
Mas o governador de São Paulo, (José Serra-PSDB), teve medo e chegou a dizer que, se dissesse à CBF que ele "conduz, não é conduzido", os editoriais desta Folha e do "Estado de S.Paulo" o liquidariam, numa observação vesga sobre o orgulho dos paulistas -segundo, aliás, recentes pesquisas comprovam em relação ao apoio da população para que não se use dinheiro público em estádio de futebol, como se fará no Itaquerão.
Pesou também, por mais que ele negue, não o fato de ser palmeirense, mas seu confessado desapreço ao presidente do São Paulo.
Veio o sucessor (Alberto Goldman-PSDB) para completar o mandato e este, corintiano, encantou-se tanto com a casa de seu time que até se apressou em anunciá-la antes que o próprio clube. Não cuidou, também, de ser altivo e se deixou enredar por assessores melífluos que só falam o que o interlocutor quer ouvir.
Finalmente, chegou o governador santista, (Geraldo Alckmin-PSDB) mais uma vez eleito, alguém que sabe tanto quem é o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local,que um dia, em sua gestão anterior, fez o que podia para evitar uma foto ao lado dele. Mas manteve a atitude subserviente, a ponto de se deixar enganar sobre a Copa das Confederações na capital. Ora, bolas!, outra vez: cair no conto do cartola?! Mas nem em Pindamonhangaba.
E o resultado está aí: aquilo que São Paulo deveria ter feito pelas próprias mãos está assumindo características de um autêntico pé no traseiro dos paulistas, mas imputado à incompetência tucana e com o sádico aval do governo federal.
Resta saber o que dirão os patrocinadores da Copa da enlameada Fifa em relação a deixar de fora o principal mercado do país-sede.
Celso Jardim reproduz Blog do Juca Kfouri
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