domingo, 21 de março de 2010

Só tem um jeito de acabar com o MST

O movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento iniciado no final dos anos 70 e início dos anos 80 a partir da ação aglutinadora de entidades comprometidas com uma luta efetiva pela terra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada aos setores progressistas da Igreja Católica, é o melhor exemplo.
Os "excluídos" e "marginalizados" pelo desenvolvimento capitalista no campo encontraram um canal de expressão e puderam manifestar-se e se organizar através do MST.
A constituição e o crescimento do MST é, em parte, uma resposta ao próprio modelo de desenvolvimento capitalista da agricultura implementado durante o regime militar e à concentração da propriedade da terra dele decorrente.
O momento atual, o objetivo dos trabalhadores aglutinados pelo MST é, acima de tudo, fugir do desemprego, do subemprego, ou mesmo da possibilidade de, num futuro próximo, tornar-se um desempregado.
Uma espécie de busca de um "porto seguro", ou seja, como um meio capaz de garantir o sustento próprio e também o de suas famílias, longe da insegurança do emprego na cidade ou no campo
O MST também registra em sua história, e com especial orgulho, as 100 mil crianças e adolescentes que estão estudando em escolas conquistadas em suas áreas de assentamento e acampamento, as cirandas infantis, que aos poucos vão produzindo a cultura da educação infantil no campo.
O MST pode também ser definido como o “Movimento Sem TV”, pois a exposição na mídia dos casos envolvendo integrantes do movimento é sempre mostrada com a intenção deturpada pela violência.
Principalmente as redes de TV em que seus proprietários não são comprometidos com as causas sociais de país, e ainda fazem coro com a mídia impressa na divulgação dos casos em que envolve o MST. A mídia golpista.
O mais recente caso de distorção dos fatos aconteceu nas terras pertencentes a união, em Iaras - SP, onde a mídia destaca que o movimento invadiu as terras da Cutrale.
Quando a verdade só foi confirmada em divulgação da empresa que monopoliza o setor do agrosuco, a Cutrale, que devolveu à união as terras invadidas por ela antes de plantar o laranjal que foi amplamente mostrado destruído.
Em entrevista a imprensa João Pedro Stédile declarou que o movimento visava mostrar como empresas, até  multinacionais, invadem terras da união.
Ao ser perguntado como evitar as cenas que aconteceram no laranjal e qual solução para acabar com esses atos. Stédile não titubeou, e disse  "O MST só vai acabar quando aprovarem a reforma agrária". A reforma agrária não vai acabar com movimento e sim concretizar a justiça social no campo.  

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