O Brasil Rural Contemporâneo é o maior evento da América Latina de exposição e venda de produtos da agricultura familiar. Ao todo, nas seis edições realizadas desde 2004 – quatro em Brasília (DF) e duas no Rio de Janeiro (RJ) – cerca de 700 mil pessoas compraram e saborearam produtos e se deliciaram com espetáculos e apresentações culturais.
Em maio deste ano foi realizada uma edição especial em Porto Alegre (RS). Montada no Cais do Porto, a feira recebeu cerca de 160 mil visitantes e proporcionou negócios de R$ 11 milhões.
A feira reflete a importância do setor para a economia do País. No Brasil, há mais de 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares, que respondem pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros.
O Censo do IBGE/2006 aponta que a agricultura familiar é responsável por sete em cada dez ocupações no meio rural, contando com apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos rurais. Os agricultores familiares produzem 87% da mandioca consumida no Brasil, 70% do feijão, 58% do leite e 46% do milho.
Os recursos disponíveis para custeio, investimento e comercialização do Pronaf é de R$ 16 bilhões (R$ 1 bilhão a mais que no ano passado). Houve também alteração dos limites de financiamento: Pronaf Jovem e Semiárido passaram de R$7mil para R$10mil; Agroindústria, de R$18mil para até R$20mil.
Foram reforçados também o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em sua fala, Alberto Broch disse que o Plano Safra consolida ano a ano as políticas públicas conquistadas pela agricultura familiar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/11, as conquistas da Agricultura Familiar nos últimos oito anos. “Antes discutíamos o êxodo rural, hoje percebemos que as pessoas estão voltando ao campo, porque foram criadas as condições para produzir com dignidade”, lembrou o presidente, que destacou a importância do Estado em garantir infraestrutra no meio rural. “Na hora que o mercado não vê rentabilidade, entra o estado para levar benefícios, sobretudo onde o mercado não vê rentabilidade”.
Lula ressaltou a importância do crédito oferecido por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que avançou de R$ 2,4 bilhões na safra 2002/2003 para R$ 16 bilhões na safra 2010/2011, um crescimento de 572%. Ele atribuiu este avanço a atuação dos bancos do Brasil (BB), do Nordeste (BNB) e da Amazônia (Basa), que passaram a atender também os agricultores familiares.
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