quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A comemoração da derrota demotucana

Os líderes dos demotucanos falam que os dois principais partidos da oposição, PSDB e DEM, saíram fortalecidos das eleições estaduais e que governarão dez Estados, que concentram 52% do eleitorado. E que o PSDB foi o principal vencedor, com oito vitórias, e terá quase metade (47,5%) do eleitorado sob sua administração.
Os candidatos a governador do DEM venceram no Rio Grande do Norte e em Santa Catarina
O PSDB perdeu a sua terceira eleição presidencial consecutiva, mas é o grande vitorioso nas eleições para os governos estaduais, dizem os demotucanos que o partido manteve o comando em estados de peso eleitoral, como São Paulo e Minas Gerais, e ganhou em outros seis, entre eles Paraná e Goiás. Os tucanos vão governar estados que respondem por 54,6% da economia brasileira e 47,5% do eleitorado, no papel tudo certo.
O PSDB elegeu oito governadores, Geraldo Alckmin (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais), Beto Richa (Paraná), José Wilson Siqueira Campos (Tocantins) e Marconi Perillo (Goiás), Simão Jatene (Pará),  e  Teotônio Vilela (Alagoas) e  Anchieta Júnior (Roraima) e seu aliado o DEM partido de Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte).
A bóia que acharam para não afundar de vez está furada, é que os dez governadores demotucanos eleitos governarão 52% do eleitorado, só que esse mesmo eleitorado deu aproximadamente seis milhões de votos a mais para Dilma nos dez estados, 26 milhões de votos contra 20 milhões de votos a Serra.
Só em Minas Gerais, Dilma teve 17% dos votos a mais que Serra, quase dois milhões de votos, o governador eleito Antonio Anastasia é do PSDB e a maioria de eleitorado mineiro votou em Dilma. 
Ou seja, os demotucanos vão governar para os eleitores que preferiram votar em Dilma do que em Serra, outro dado para essa comemoração estranha dos perdedores é o fato que no Congresso, a formação de bloco, pois, pela primeira vez nos últimos 20 anos, a oposição não terá número para propor CPIs e barrar emendas à Constituição, e só o PSDB terá o número regimental para liderar obstrução, instrumentos próprios da disputa parlamentar.
Explicar a derrota já é difícil e ainda comemorar então, as vezes ultrapassa o bom senso, e pior ainda quando diziam há um ano que Dilma era desconhecida e não seria candidata a altura do experiente Serra.

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