sábado, 27 de novembro de 2010

Quando irão derrubar este muro?

O conflito árabe-israelense no Oriente Médio é um dos mais longos da história da humanidade. Acontece desde o fim do século XIX em constantes ataques de cada lado, com cenas de tristes lembranças
O muro da vergonha
O Muro consiste numa rede de vedações com trincheiras rodeadas por uma área de exclusão média de 60 metros (90%) e por paredes de concreto de até 8 metros de altura (10%). Em certos lugares, como na região da cidade palestina de Qalqiliya, o muro chegaria à altura de oito metros. Em alguns pontos, a construção tem 45 metros de largura; em outros, pode chegar a 75 ou 100 metros. A muralha deve conter também dispositivos eletrônicos capazes de detectar infiltrações, fossas antitanques e pontos de observação e patrulha.
Com extensão prevista de 350 km, o muro deve cobrir de norte a sul a Linha Verde e englobar também o setor oriental de Jerusalém, anexado por Israel desde 1967, e onde os palestinos pretendem construir um dia a capital do seu Estado.
Prevê-se que a construção vá custar USD 1 bilhão. Até agora, estima-se que a obra defensiva já custado cerca de US$ 2 milhões ao Estado de Israel.
Sua maior extensão está na Cisjordânia, acompanhando, em parte, as fronteiras definidas no Armistício árabo-israelense de 1949 - a Linha verde, que marcava os limites entre Israel e os países vizinhos, inclusive os Territórios Palestinos. Agora, o muro marca os limites da Cisjordânia. Quando estiver terminado, aproximadamente 10% do território da Cisjordânia, inclusive Jerusalém Ocidental, estará isolado pela barreira e conectado a Israel.
A muralha começou a ser construída em 2002, durante o governo do primeiro ministro israelense, Ariel Sharon, para evitar a infiltração de terroristas suicidas palestinos em Israel. A iniciativa suscitou críticas da comunidade internacional, que considera o muro como um símbolo de segregação.
O Tribunal Internacional de Justiça de Haia o declarou ilegal em 2004, pois a barreira corta terras palestinas e isola cerca de 450.000 pessoas.
Segundo dados de Abril de 2006, a extensão total da barreira, definida pelo governo israelense é de 721 km, dos quais 58,04% estão construídos, 8,96% em construção e 33% por construir.
O The Jerusalem Post relatou, em Julho de 2007, que a barreira pode ter a sua conclusão adiada para 2010, sete anos depois da data prevista. Segundo os ativistas de Direitos Humanos, incluindo organizações israelenses, a construção viola as fronteiras demarcadas pela ONU, com a apropriação indevida de territórios por Israel, e os controles militares minam o desenvolvimento econômico do povo palestino, além de limitar a chegada de ajuda humanitária. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário