sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para o funcionalismo arrocho, para Alckmin aumento

A bancada do PSDB na Assembleia Legislativa e os deputados eleitos pelo partido cobraram do tucano Geraldo Alckmin uma mudança de postura do próximo governo na relação com o funcionalismo. O grupo acredita que os conflitos da gestão José Serra/Alberto Goldman com professores e servidores da saúde e da policia civil, em especial, foram o “calcanhar de Aquiles” da legenda na eleição de outubro.

Em reunião de três horas os tucanos pediram a Alckmin uma reaproximação com os servidores estaduais, negociação com os sindicatos da categoria e uma política de reajustes salariais e planos de carreira. A relação conflituosa do governo Serra com setores do funcionalismo virou munição do PT nas campanhas ao governo paulista e à Presidência.
“Ficou muito claro nesta eleição o descontentamento do funcionalismo. Isso prejudicou o partido porque respingou em algumas candidaturas proporcionais e afetou a presidencial”, afirmou a tucana Maria Lúcia Amary, que se reelegeu. “Falamos para o governador se empenhar mais para estreitar o relacionamento com o funcionalismo. Sair na frente para evitar greves”, emendou o deputado reeleito Celino Cardoso.
O primeiro teste de Alckmin será com servidores do Judiciário paulista, que ameaçam nova greve por reajuste, a categoria parou por mais de 120 dias este ano. Para atender a demanda, o Tribunal de Justiça pediu ao governo um orçamento de R$ 12 bilhões para 2011, mas Goldman reservou R$ 5,6 bilhões.
Enquanto o funcionalismo público amarga anos sem reajuste salarial, com o valor de R$ 4,00 do vale-refeição congelado desde 2000 , os deputados estaduais de São Paulo aprovaram nesta quinta-feira (9) uma emenda que eleva a R$ 18.725 o salário do governador, R$ 3.875,00  a mais do que o atual, R$ 14.850.
O reajuste, de 26,1%, começa a vigorar em janeiro, quando o eleito Geraldo Alckmin (PSDB) chega ao Palácio dos Bandeirantes.
O efeito cascata atinge o vice Guilherme Afif Domingos (DEM), que receberá R$ 17.789 (ante os atuais R$ 14.110), e secretários do Estado, que passam de R$ 11.885 para R$ 14.980.
A Assembleia Legislativa paulista é constituida em sua ampla maioria  por deputados da base de apoio ao governo tucano de São Paulo, o último reajuste foi aprovado em 2006.
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o reajuste do salário do governador, que passou de R$ 14.850 para R$ 18.725. O aumento - de 26.1% - também foi repassado aos dissídios do vice-governador e dos secretários, que foram para R$ 17.789 e R$ 14.980, respectivamente. O salário do governador é o teto do funcionalismo público no Estado e o do funcionalismo público paulista é abaixo do piso, e é uma vergonha.



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