terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Refundar, tentar acabar com a pecha de direita

Depois de se aliar por 20 anos com o PFL, agora o DEM, de não criar uma  militância, não ter penetração nos movimentos sociais, e nem nas classes trabalhadoras, de ver diminuir a cada eleição sua bancada no Congresso Nacional, de relizarem uma campanha de cunho neoliberal, retrógrada e ultra-direitista da candidatura Serra e recheada de preconceitos, os tucanos agora tentam apagar a imagem de um partido comprometido com os herdeiros da extinta UDN
Senador eleito por Minas, Aécio Neves conseguiu ontem o apoio do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para seu projeto de "refundação do PSDB".
Líderes da sigla nos maiores colégios eleitorais do país, Alckmin e Aécio almoçaram ontem por cerca de uma hora e meia na capital paulista para tratar do tema.
Já a conversa com FHC aconteceu à noite, na casa do ex-presidente, e durou cerca de uma hora.
Na saída do encontro com Aécio, Alckmin insinuou que as propostas do PSDB estão obsoletas e endossou a tese de que a sigla precisa passar por uma "reformulação".
"O partido foi fundado na década de 1980 e nós estamos em um outro momento. É importante atualizar o programa partidário e fazer uma oposição inteligente", disse Alckmin.
Segundo o mineiro, FHC coordenará a elaboração de um documento -símbolo das novas diretrizes do PSDB- a ser apresentado até junho, mês das convenções da legenda.
No texto serão defendidas, por exemplo, políticas específicas para o Nordeste, profissionalização do serviço público, agendas de sustentabilidade e revisão do pacto federativo.
Aécio começou a propagar a teoria de que a sigla precisa de uma "refundação" logo após a derrota de José Serra na eleição presidencial.
A tese encontrou resistência entre partidários do ex-governador de São Paulo, que enxergaram no discurso uma tentativa de isolar o tucano no partido.
Questionado ontem sobre a possível candidatura de Serra à presidência do partido, Aécio disse que, "a priori, ninguém pode ser vetado para nada" e que conta com o ex-governador para a "refundação" da sigla.

Com informações da Folha de S.Paulo

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