quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A mais indecente declaração em 40 anos

Familiares exibem fotos de desaparecidos durante a ditadura
Vergonha é não ter vergonha
Começa muito mal a gestão Dilma Rousseff: deveria ter demitido no ato o general José Elito Carvalho, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, para quem não há motivo para vergonha no fato de o país ter desaparecidos políticos.
No mínimo, no mínimo, a presidente deveria ter exigido de seu subordinado que emitisse nota oficial explicando as declarações que deu e que, segundo ele, foram mal interpretadas. Não cabia interpretação nenhuma. O general produziu a mais indecente declaração que ouvi até hoje em 40 anos de acompanhamento de questões vinculadas aos direitos humanos nas muitas ditaduras sul-americanas.
Achar que se trata de "fato histórico" é zombar do público. Quer dizer então que os desaparecidos foram tragados por um tsunami, por um terremoto, um vendaval, "fatos" naturais contra os quais não há mesmo remédios nem culpados?
Não, meu Deus do céu, não. Foram produzidos por mãos humanas, se é que são de fato humanas pessoas capazes de tal barbaridade. Mãos que, até agora, não tiveram as digitais colhidas nem as responsabilidades devidamente apuradas, é bom lembrar.
Por extensão, há, sim, todas as razões do mundo para ter vergonha do que aconteceu. Como é possível a um ser humano não sentir vergonha de o Estado brasileiro, em uma determinada etapa, ter feito desaparecer adversários políticos? É indecente, é obsceno.
Um funcionário público, graduado ou não, fardado ou não, que não sinta vergonha não é digno de continuar a serviço da sociedade, muito menos ainda na posição de responsável pela segurança institucional da República. É, visivelmente, um promotor da insegurança, jurídica e pessoal, ao tomar como "fato histórico" o que é crime.
Ou o general explica, limpidamente, o que pensa sobre o assunto ou se demite.

Celso Jardim reproduz texto de Clóvis Rossi

Um comentário:

  1. Oque dizer disso tudo??? Este é o comentario de um brasileiro indignado e com vergonha na cara...

    ASSIM NASCEU O PODER...!!!

    Homo Sapins, os primitivos,
    Pré historia, “inicio” da sociedade,
    Nômades, o fogo e instrumentos,
    Viver em tribos, “comunidades”.
    Povos criando seus próprios “estilos”,
    Surgem “culturas” e necessidades,
    O “Intelecto” e observação “humana”,
    “Descobre” o cultivo e a diversidades.

    Domesticar animais, suprir o necessário
    “Agricultura”, “sobrevivência”, criação,
    Sistema de “troca”, “equivalência”.
    “Moeda”, “mercadoria”, evolução,
    A “civilização”, “conhecimento apropriado” “Mercado” polis e “exploração”,
    Dominação feudos, burguesia,
    Império, capitalismo, industrialização.

    “Proteger seus interesses”,
    O “estado” foi criado,
    “Legitimados” pelas “leis”,
    “Justificar” os seus pecados,
    Começam a “controlar”,
    Todos os “recursos naturais”,
    Aquilo que “...seria de todos”,
    “Está na lei! Foi privado! É capital!”

    Uns concentram demais,
    Muitos sem ter o que comer,
    Reprimem os descontentes,
    É legal impor o “PODER”.
    São quatro as esferas do “poder”,
    Pro povo eles dominar,
    O “PODER BÉLICO” origina as guerras,
    Não é “crime” eles matar.

    O “PODER ECONÔMICO” é concentrado,
    Acúmulo e controle financeiro,
    Recursos naturais, estruturas,
    Meios de produção e o dinheiro.
    O “PODER POLÍTICO” legisla as leis,
    Executa e judicía no martelo,
    Nos plenários e gabinetes,
    Tribunais, reprime os flagelos.

    O “PODER IDEOLOGICO” é o mais importante,
    O qual forma nossa razão,
    Criam seitas, controlam as escolas,
    E os meios de comunicação.
    O “político” é planejado,
    Pro “econômico” ser garantido,
    O “ideológico” manipula, aliena,
    Acomoda com fetiche é iludido,

    O “bélico”, chacinas legalizadas,
    Se o das “idéias” perder o controle,
    Das “leis” que amparam e garantem,
    Os “privilégios” dos senhores.
    A “escola” prepara as pessoas,
    Pra servir o seu ”patrão”,
    “Anestesia” as consciências,
    Pra “competir” com o irmão.

    O “inimigo” é o pobre colega,
    No posto de trabalho “competir”,
    “Puxa saco” de seu patrão,
    Querer ser melhor em “produzir”.
    Em cada ano de “eleição”,
    A “mais-valia” da força de trabalho extraída,
    “Compram” votos nas campanhas,
    Pra roda do poder ser “garantida.

    Se o povo se “revoltar”,
    Usam a “lei” pra calar,
    Se “persistirem” exigir os direitos,
    Vem o “outro...” pra dizimar.
    O “político” quando desmoralizado,
    Ameaça o “econômico” desabar,
    Fragiliza, coroe o “ideológico”,
    O “bélico” é o desespero...e eles vão usar!

    Este labirinto, parece sem saída,
    É a atual estrutura do “estado”,
    Até quando andaremos em circulo,
    Igual cão correndo atrás do rabo.
    O gigante dos “QUATRO PODERES”.
    Acreditem! Está fragilizado!
    Existe um “poder” ainda mais forte!
    Que é o “PODER do POVO ORGANIZADO”.

    Clairton Buffon, Chapecó, 06 de Agosto de 2010.
    http//:Poetadaterra.blogspot.com

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