sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Operadora privada: cara, lenta, irregular e nem chega

Na última semana, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou a Telebrás a comercializar o serviço de conexão à internet. A participação da estatal se dará através do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). No final de 2010, um decreto do ex-presidente Lula concedeu isenção fiscal aos fabricantes de equipamentos utilizados na conexão.
O presidente do Centro de estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, defende a participação estatal, pois considera que as operadoras comerciais não têm condições de oferecer um serviço de qualidade.
“Elas não vão chegar em determinadas áreas do país, determinadas cidades e comunidades onde não tenha retorno financeiro. Então, se deixar na mão da iniciativa privada, vai continuar cara, lenta, irregular e nem vai chegar.”
Nos Estados Unidos, a internet já ultrapassou a mídia impressa e está alcançando a televisão como fonte primária de informação. Para Altamiro, essa tendência se espalhará pelo resto do mundo e terá grande influência na formação de opinião.
“A mídia brasileira só não via a ditadura da Tunísia porque é uma mídia colonizada, com base em informações dos estados Unidos, mas um dos fatores para derrubar essa ditadura foi o uso da internet. Por isso, está sendo chamada de ‘Revolução da Internet’, ‘Revolução do Twitter’, porque foi um fator de mobilização da sociedade.”
Em 2010, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) divulgou uma pesquisa que apontava o serviço de internet disponível no Brasil como um dos mais lentos do mundo. A Coréia do Sul, por exemplo, oferece um serviço com velocidade até 93% maior. Em 20% dos municípios, a velocidade de conexão é inferior ao recomendado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).


Com informações da Radioagência NP

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