quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PMDB: O partido dividido que só pensa em multiplicar

O partido rachado que cobra unido o que não ofereceu
PMDB- Partido Mais Dividido do Brasil
O PMDB é um partido que surgiu no início da década de 80, ainda durante o regime militar.
Antes das eleições o PMDB era a maior agremiação política do país, e detinha nada menos que nove governos estaduais, 91 cadeiras na Câmara dos Deputados, 17 no Senado, 1.201 prefeituras e cerca de 2 milhões de filiados.
O então presidente nacional do partido, Michel Temer foi indicado para compor a chapa que venceu as eleições presidenciais com Dilma Rousseff.
Já na primeira semana do novo governo os pemedebistas agitam o Congresso em busca de maior espaço na máquina governamental.
O partido é sui generis, pois não tem uma união é dividido e exige muito e cobra a participação no governo o preço da aliança com o PT, durante as eleições aconteceram casos em que o PMDB inclusive se coligou à oposição, como São Paulo, onde o ex-presidente estadual Orestes Quércia concorreu e depois renunciou a candidatura ao Senado na chapa do tucano Geraldo Alckmin apoiando Serra.
O PMDB teve candidatos próprios em 13 Estados: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Em seis, o partido teve como adversário direto um petista, indo na contramão da aliança nacional. Outro exemplo é o Rio Grande do Sul, onde o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça enfrentou nas urnas o petista Tarso Genro, ex-ministro da Justiça. Em outros seis Estados, o PMDB está coligado com siglas diferentes e também rivaliza com o PT.
O governador André Puccinelli (PMDB) conseguiu formar um arco de alianças com 15 partidos para concorrer a reeleição e apoiar o candidato Serra no Mato Grosso do Sul. Entre os partidos que caminharam juntos com ele, estavam o PSDB e o DEM.
A cúpula estadual do PMDB em Curitiba ao discutir a campanha de Dilma Rousseff no segundo turno no Paraná, o presidente do partido, deputado Waldyr Pugliesi, admitiu que a legenda estava dividida, e que a briga entre o governador Orlando Pessuti e o ex-governador Roberto Requião prejudica a unidade da sigla. “O PMDB não é o Requião, não é o Pessutão. O PMDB não tem dono, e isso vai ficar muito claro daqui para frente, mais claro do que já é”, afirmou Pugliesi.
Existiram outros casos de divisão do partido em todo o país durante as últimas eleições, dos 27 estados brasileiros o PMDB apoiou a chapa de Dilma e Temer em 14 estados, e fez oposição ou não apoiou abertamente em outros 13 mostrando como o partido é dividido, mas na hora de negociar cargos e funções no governo o partido é unido e só sabe fazer contas de multiplicar, o número de pretensas vagas no governo.

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