Com a expectativa e proximidade de operação da Telebras as operadoras diminuem preços dos serviços.
Está cada vez mais barato navegar em alta velocidade.
Em São Paulo, por cerca de R$ 100 mensais, é possível assinar planos de banda larga fixa na faixa de 10 Mbps -com essa velocidade, em condições ideais, baixa-se uma música de 5 Mbytes em cerca de quatro segundos e um filme de 1 Gbyte em pouco mais de 13 minutos.
Em 1999, um plano de 512 Kbps, em que baixar aquele filme levaria cerca de quatro horas, custava cerca de R$ 4.000 mensais. Hoje, essa velocidade é considerada "popular" e comercializada a menos de R$ 30 por mês.
Em promoções, as operadoras parecem buscar constantemente superar umas às outras em velocidade.
Em junho de 2010, o Virtua anunciou o plano de 10 Mbps por R$ 119,90, valor semelhante ao cobrado à época por 8 Mbps no Ajato, que pouco depois lançou 16 Mbps na mesma faixa de preço durante uma promoção.
"A banda larga no Brasil é um serviço com uma demanda altíssima e que está cada vez maior", afirma Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, responsável pelo Virtua.
"Essa escala faz com que os preços da tecnologia dos equipamentos necessários para oferecer o serviço caiam", diz Carvalho.
O aumento contínuo de velocidade é relacionado ao ritmo do desenvolvimento dos aplicativos e dos conteúdos de internet que demandam cada vez mais banda, segundo Fabio Bruggioni, diretor-executivo residencial da Telefônica, responsável pelo Speedy e pelo Ajato.
Para evitar que usuários mais famintos sobrecarreguem sua rede, o Virtua tem franquias de consumo -em um plano de 5 Mbps, por exemplo, pode-se trafegar até 50 Gbytes por mês (cerca de 10 mil músicas).
Se superar esse valor, o usuário tem a velocidade reduzida até o final do mês corrente. Carvalho afirma, porém, que a quantidade de clientes que extrapolam esse limite é "quase desprezível" e que essa política é um dos fatores que fazem com que, segundo ele, "haja a percepção de que a Net oferece o melhor serviço".
Já o Speedy e o Ajato não têm franquia de consumo -um "diferencial competitivo", de acordo com Bruggioni, que diz não haver planos de adotar a prática.
Embora geralmente ofereça velocidades maiores, mais estabilidade e menor preço por Mbps, em 2010 a banda larga fixa foi superada em 51,5% pelo serviço móvel -em muitas regiões não atendidas pela banda larga fixa, o 3G é a única opção.
Com informações da Folha de S.Paulo
Quem possui o cliente mais idiota?
ResponderExcluirHouve certa esperança quando a GVT ofereceu internet banda larga a preços muito mais baixos que os oferecidos pelas concorrentes. Em mercado cartelizado por empresas que tratam clientes como o cocô do cavalo do bandido, a notícia parecia alvissareira. Mas é tudo propaganda enganosa.
O serviço de 5 mega não sai R$ 49,90, como afirmam os anúncios e a própria página da GVT. No rodapé, em letras minúsculas e desbotadas, lê-se que tal valor não existe. É apenas uma “estimativa” de quanto valeria o serviço dentro dos pacotes que incluem também o serviço de telefonia. O mais baratinho é R$ 104,45. Diferença de 110%.
Partindo da página inicial da empresa, o incauto precisa procurar bastante, apertando cinco vezes sucessivas o botão do mouse, até descobrir que, sem telefone fixo, aquela saborosa banda larga a preços módicos se transforma numa cacetada de R$ 150,00 pela instalação, mais R$ 129,90 de mensalidade, desde que o infeliz permaneça 12 meses pagando. O que era R$ 49,90 passou para R$ 279,90. Diferença de 560%.
A “ouvidoria” da GVT alega que não se trata de venda casada, pois a empresa oferece alternativa para quem só quer um dos serviços. Essa explicação é tão ridícula que chega a equivaler a uma confissão da irregularidade: a própria legislação estabelece que cobrar preços abusivos é uma forma ilegal de constranger o cidadão a comprar o que não quer.
A Anatel sabe de tudo isso. Pesquisando rapidamente na internet, descobrimos que a prática tem pelo menos dois anos. E ninguém faz nada. O consumidor brasileiro simplesmente não tem qualquer direito.
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