quinta-feira, 8 de abril de 2010

Distribuição de renda,30 milhões chegam a classe C


Pela primeira vez na história, a classe C do Brasil, cuja renda familiar é de R$ 1.115 a R$ 4.807 por mês, passou a representar a maior fatia da renda nacional, segundo a Fundação Getulio Vargas.

Já as classes A e B correspondem a 44%. Entre 2003, quando a classe C tinha 37% da renda, e 2008, quase 30 milhões chegaram a este grupo, que soma masi de 91 milhões de brasileiros.

O novo público está mudando o conceito de classe média, padrões de consumo e investimentos das empresas. Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias. 

Outro levantamento aponta que a classe média brasileira cresceu quase 50% nos últimos cinco anos, segundo a Financeira Cetelem, do grupo francês BNP Paribas. O número de brasileiros pertencentes à classe C passou de 62,7 milhões em 2005 para 92,8 milhões no ano passado.

A maior parte desse crescimento veio das famílias que antes pertenciam às classes D e E: esses dois grupos “encolheram” de 92,9 milhões de pessoas há cinco anos para 66,8 milhões em 2009. A classe A/B, por sua vez, passou de 26,4 milhões para 30,2 milhões de pessoas no mesmo período.

No ano passado, a renda média das famílias brasileiras alcançou o recorde de R$ 1.285,00, alavancada principalmente pelo aumento da renda das classes C e D/E, aponta o estudo. De 2008 para 2009, apenas a renda da classe A/B teve recuo, de R$ 2.582,00 para R$ 2.533,00.

Nas classes C/E, essa renda subiu de R$ 650 para R$ 733. O gasto total das famílias foi o maior desde 2005, alcançando R$ 1.066,25. Isso é distribuição de renda no páis, ainda mais em uma ano em que o mundo registrou a maior crise desde 1929.

 

 A visão do IBGE, baseada no número de salários mínimos, é mais simples e divide em apenas cinco faixas de renda ou classes sociais, conforme a tabela acima válida para este ano (salário mínimo de R$ 510 em 2010).

Todo o dinheiro extra desde então vem sendo investido na aquisição de bens antes inatingíveis. Entre os lares da nova classe média, um terço já conta com aparelho de micro-ondas, 27% ostentam o luxo de ter uma geladeira duplex e 22% exibem um carro na garagem.

Nas famílias em ascensão, uma das prioridades é comer bem e são os emergentes que hoje lideram o consumo de alimentos antes restritos às mesas da alta renda. E tem ainda politicos da oposição que criticam incentivos como o bolsa-família e a economia do governo Lula, dizendo,“O pobre vai usar o dinheiro para comprar TV, geladeira, sofá e outros artigos de luxo

Eles compram 41% de todo o leite longa vida vendido no país, 40% dos derivados de leite e 39% do leite condensado. Seu peso tornou-se tão importante que muitos economistas defendem que foi a elevação do consumo dessa nova classe média que fortaleceu a economia brasileira durante a crise. 

O surgimento da nova classe média figura como um fenômeno social sem precedentes na história do país, e também um desafio sem paralelo para o mundo dos negócios. Por décadas, boa parte das empresas ignorou essa camada da população que hoje chega ao mercado de consumo.

Por esses números históricos da economia brasileira que a oposição ao governo Lula é vazia, sem discurso e muito menos tem um plano ou programa de governo para as eleições que se aproximam. Além do fracasso no passado do Governo de FHC e de seu ministro do planejamento, José Serra, que a maioria da população quer esquecer.

(Fontes: IBGE, Fundação Getúlio Vargas, e Sites de Economia)

Um comentário:

  1. Eli Braz - Pariquera-Açu/SP11 de abril de 2010 às 11:22

    Achei tão excelente, tão fácil de entender esse texto, que em vez de encaminhar o link do blog por e-mail, copiei direto, colei e encaminhei para todos os meus contatos.
    Que coisa boa né? Eu pensei que não viveria para ver isso no meu país.
    Vamos lutar para que os avanços continuem, lutar para eleger Dilma presidente.
    Parabéns pelo blog.

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