segunda-feira, 26 de abril de 2010

Serra e Kassab abandonaram os moradores de bairros afetados pelas enchentes e retorno do esgoto

      
Mais de 800 litros de esgoto por segundo não foram tratados de forma adequada na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de São Miguel Paulista desde dezembro, quando uma forte chuva atingiu a cidade de São Paulo e deixou o extremo da zona leste completamente alagado.

As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas no início de dezembro, para evitar alagamentos nas marginais a periferia da zona leste e parte da sudeste ficaram alagadas por meses.

Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.

A estação de tratamento está danificada. Isso significa que milhões de litros de água suja estão voltando para o rio Tietê ou estão parados nos canos de esgoto das casas dos bairros afetados, transbordando.

Nem a ausência de enchentes consola a dona de casa. “Eu morei mais de 12 anos ali [na Chácara Três Meninas] e não tinha a água [da enchente]. A água começou de uns tempos para cá. Eu não ia viver dentro da água suja esses anos todos, né? Mas ninguém faz nada”, afirmou.

Desde que começaram a aparecer os primeiros alagamentos nos bairros da várzea do rio Tietê, na zona leste de São Paulo, a Defensoria Pública do Estado já requisitou diversos esclarecimentos aos órgãos responsáveis, recomendou medidas para garantir a saúde da população e pediu na Justiça que providências fossem tomadas. Meses depois constatou-se que quase nada foi feito.

Confirmou-se uma situação de virtual calamidade pública. As requisições não foram respondidas de forma adequada. Isso quando houve resposta. A Sabesp, por exemplo, não respondeu. A Prefeitura deu respostas vagas e lacônicas.

E o DAEE [Departamento de Águas e Energia Elétrica, órgão do Governo do Estado] não atendeu à requisição”, explicou o defensor público Carlos Henrique Loureiro, coordenador do Núcleo de Habitação e Urbanismo.

Cinco meses depois Serra e Kassab prometeram, não assumiram a responsabilidade dos governos, municipal e estadual,  abandonaram milhares de moradores de diversos bairros. Vejam acima na reportagem feita hoje pela equipe de jornalismo da UOL

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