terça-feira, 13 de abril de 2010

O descaso na área da educação em São Paulo

Na área da educação os governos tucanos de São Paulo colecionam uma série de equivocos, aprovação progressiva quando os alunos são aprovados sem avaliação. A contratação temporária, quase a metade dos 250 mil professores paulistas que não lecionam escolas fixas, ficam em trânsito de uma escola para outra.

Distribuição de livros com pornografia para crianças entre 8 e 12 anos, livros de história com erro de impressão, mapas da América Latina com dois paraguais. Arrocho salarial aos professores da rede estadual de ensino, e agora o erro de registro dos alunos na pré-escola. 

Depois de três meses do ano letivo 15 mil alunos da rede estadual de São Paulo que cursavam o primeiro ano do ensino fundamental foram transferidos para o segundo ano. As escolas têm consultado os pais para saber se eles querem que o filho mude de série.

O governo paulista permitiu a mudança alegando estar pressionado pelo Ministério Público, devido à alteração em 2010 no ensino fundamental, que passou de oito para nove anos.

Segundo o governo paulista, diversas famílias procuraram a Promotoria reclamando que o filho na casa dos sete anos deveria estar no atual segundo ano (considerado equivalente à primeira série no antigo fundamental) em vez de frequentar o primeiro ano (equivalente à antiga pré-escola).

A confusão ocorreu devido à polêmica sobre a data de aniversário usada para definir em qual série cada criança deveria ser matriculada na capital paulista. Determinou-se, inicialmente, que aquelas nascidas até fevereiro de 2003 deveriam estar no primeiro ano.

Nos anos anteriores, porém, escolas haviam estipulado junho como o mês de corte. Ou seja, uma criança de sete anos, nascida em março de 2003, pela regra adotada em 2010 está no primeiro ano. Mas, pela lógica anterior, estaria no segundo ano (antiga primeira série).

Ainda na gestão José Serra (PSDB), em 25 de março, a Secretaria de Estado da Educação divulgou comunicado dizendo que poderia pular de ano a criança que já tenha cursado o ensino infantil e tenha nascido até 30 de junho de 2003, desde que os pais concordem e que a escola avalie que ela está apta para a transferência.

Essa decisão é um remendo pretendido por aqueles que não tomaram providências em prazo adequado, diz o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.

A lei de ampliação do ensino fundamental foi aprovada em 2005, com validade para todo o país. Este ano foi o prazo limite para que os Estados se adaptassem às novas regras.

Imagine a criança que está começando a frequentar escola neste ano e já ser jogada, no meio do ano, para uma outra turma, com um outro currículo, que traumas pode sofrer.

E os jornais da imprensa golpista diziam que a greve dos professores era política, diante de tantos erros na área da educação nesses 16 anos dos governos do PSDB-DEM, a greve serviu também para mostrar como é tratada e conduzida a educação em São Paulo. 

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