terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Indústria bélica: Onde os EUA mete o dedo dá nisso

Os Estados Unidos estão tentando conduzir o Egito para a evolução e longe da revolução, procurando um caminho do meio para a mudança no país.
Os americanos não querem simplesmente desistir de um aliado de 30 anos, um país que apoiou o tratado com Israel e que tem muita importância para a política dos Estados Unidos para o Oriente Médio.
Mas agora os Estados Unidos indicam que a saída do presidente Hosni Mubarak, imediatamente ou então mais tarde, precisa ser parte da mudança.
E é possível notar isto na mudança da linguagem dos americanos.
Na semana passada, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que o governo egípcio era "estável e em busca de formas de responder às necessidades legítimas e aos interesses do povo egípcio".
No domingo, entretanto, ela pediu por "uma transição ordenada para um governo democrático".
Quando?
A questão agora não é se Mubarak deve deixar o poder, mas quando. Uma eleição presidencial deve ocorrer em setembro, então esta pode ser uma solução, mas a data ainda está longe para acalmar os manifestantes.
Ao mesmo tempo, foi enviada a mensagem para que os militares egípcios tenham moderação. Os Estados Unidos têm uma influência considerável neste setor.
Os americanos fornecem mais de US$ 1 bilhão (cerca de US$ 1,68 bilhão) em ajuda militar ao Egito por ano. O Exército do Egito conta com tecnologia americana.
Os tanques nas ruas do Cairo, por exemplo, são M1A1 Abrams, de projeto americano e montados no Egito.
Mas, enquanto isso, o governo americano quer que o processo de mudança comece. Isto é o que Hillary Clinton também disse no domingo.
"Queremos ver este levante pacífico do povo egípcio, para exigir seus direitos, ter uma resposta clara e sem ambiguidades do governo e então (o início de) um processo de diálogo nacional que vai levar às mudanças que o povo egípcio quer e merece."
No entanto, ela acrescentou: "Isso vai levar tempo. É improvável que aconteça de um dia para outro sem graves consequências para todos os envolvidos."

Com a BBC (Paul Reynolds Analista para Assuntos Internacionais da BBC News)

Um comentário:

  1. eu queria que a irmandade ganhase para calar o bico des estados unidos

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