Ditadura: Polícia Militar e IML recomeçam busca de ossadas de desaparecidos
Peritos da Polícia Federal e do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo reiniciam hoje escavações no cemitério paulistano de Vila Formosa em busca de ossadas de desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar.
Nessa etapa do trabalho o objetivo é localizar os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva, militante da organização de esquerda ALN (Ação Libertadora Nacional), desaparecido desde 1969.
Silva era conhecido como Jonas e participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick em setembro de 1969.
Uma equipe de geofísica da PF analisou nas últimas semanas fotos aéreas, mapas e registros antigos do cemitério e delimitou três áreas em que há maior possibilidade de o corpo dele ter sido enterrado.
Os trabalhos de exumação serão feitos por cinco legistas (três da PF e dois do IML), um dentista e um perito em geofísica. A expectativa é que as buscas durem dois dias.
As ossadas retiradas do cemitério serão encaminhadas para uma base permanente de exames montada no IML.
No instituto, já foram iniciadas perícias para tentar identificar o corpo do militante Sérgio Corrêa, também da ALN.
Na primeira fase dos trabalhos de busca, em dezembro, foram recolhidos restos mortais de uma vala de Vila Formosa que provavelmente recebeu o corpo de Sérgio.
Essas ossadas estão sendo submetidas a exames de verificação de arcadas dentárias, dimensões de ossos e características de sexo e idade, para comparação com dados disponíveis sobre o militante.
Com Folha OnLine
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