Lula: "Se a desconstrução do nosso governo é elogiar a Dilma, morro tranquilo"
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu a presidência de honra do Partido dos Trabalhadores (PT) durante a festa de 31 anos da sigla, em Brasília. Bem humorado, Lula lembrou histórias antigas e disse que não está aposentado para a política, mas que irá viajar o país inteiro. "Estou disposto a viajar este pais. Aqui não tem aposentadoria na política. Contem com um bom soldado na causa e na rua para defender."
Lula lembrou a experiência de governar o país, mas disse que é preciso acabar com toda a injustiça social, e se disse honrado em ver avanços. “Vocês não sabem o prazer que sinto em ver um pobre andar de avião. Antes, era congestionamento de 'Brasílias', agora é de carro novo”, afirmou.
Ele também disse que saiu do governo de cabeça erguida e se sentiu feliz com a abordagem ao entrar em um avião de carreira após sair do governo. "Fui muito bem tratado. Não sei quantos presidentes teriam essa coragem. Eu aprendi que político que tem medo de povo não deveria ser político."
O ex-presidente também defendeu o governo Dilma e disse que o PT causa inveja a outros partidos políticos. “Apenas não estou no governo, mas eu sou governo tanto quanto qualquer outro companheiro. O sucesso da Dilma é o meu sucesso, o fracasso da Dilma é o meu fracasso”, disse Lula, muito aplaudido, ironizando em seguida as tentativas de desconstruir seu legado: "Se a grande ofensa e a grande desconstrução do governo Lula que eles querem fazer é elogiar a Dilma, eu posso morrer tranquilo."
Além de defender o governo Dilma, Lula afirmou também que o PT criou um novo jeito de governar e que isso precisa ser divulgado. “Nós fizemos mais e muito mais. É só comparar. Criamos uma nova governança." Depois citou que seu governo fez mais do que aquilo que estava nos programas de governo de 2002 e 2006. "Quando saí, o desemprego estava em 5,3% Projetamos criar 10 milhões de empregos e criamos 15 milhões com carteira profissional assinada."
O ex-presidente disse também que pretende criar um memorial das lutas sociais, mas "não do jeito em que a elite nos contou a vida inteira".
Com Ricardo Negrão - Rede Brasil Atual
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