Brasileiras participam do "bunga-bunga"
A lista completa não foi divulgada, mas pelo menos três brasileiras tiveram um papel importante no caso que pode levar Berlusconi a um desastre político e judicial.
O primeiro caso investigado pelo tribunal de Milão é o da brasileira Iris Berardi, 19 anos, filha de mãe brasileira e pai italiano. Iris sempre teve um papel em primeiro plano no harém de Berlusconi, e pode se transformar num problema sério para o premier, porque magistrados provaram que seu celular esteve ligado na mansão de Arcore quando ela ainda tinha 17 anos. Se conseguirem provar o fato, ela pode ser o pivô de um novo processo por prostituição de menor.
Iris foi criada em Forlì pela nova mulher de seu pai, fala italiano fluentemente e foi quem ganhou mais presentes do político. A polícia provou que ela recebeu, pelas 31 vezes em que participou de festas em Arcore; na mansão de Porto Rotondo, na Sardenha; e no palácio Grazioli, em Roma - três das muitas residências do primeiro-ministro -, doze pulseiras, dez anéis, sete colares, dois relógios e 40 mil em dinheiro vivo.
Todos os presentes foram anotados cuidadosamente na agenda da brasileira. Alegando que os jornalistas "só escrevem coisas falsas", ela se recusa a dar entrevistas, e seu namorado insinua que talvez, por 2 mil, ela responda a algumas perguntas.
A segunda brasileira importante no caso é Michelle Conceição Oliveira dos Santos, que frequentava as festas de Arcore e hospedou a marroquina Ruby Rubacuori (Karima el Mahroug) por alguns meses no seu apartamento em Milão.
Foi ela que chamou a polícia, acusando Ruby de ter roubado jóias e dinheiro. A denúncia levou Berlusconi a telefonar à delegacia milanesa pedindo para soltar Ruby - que seria "uma sobrinha do (então) presidente egípcio Mubarak". Michelle defende Berlusconi e se diz pronta para fazer passeatas a favor do premier.
- Ele é uma ma pessoa honesta e de bem, que sempre me respeitou - diz Michelle.
A terceira brasileira num dos maiores escândalos da política italiana é a carioca Miriam Marcondes. Segundo a mídia, Miriam era a organizadora da presença de bailarinas brasileiras nas festas romanas chamadas "bunga-bunga". Ela nega tudo e diz que os jantares de Berlusconi eram inocentes, que nunca viu ou ouviu falar de orgias na residência do premier. Por enquanto, as festas do Palácio Grazioli em Roma ainda não foram investigadas pelos juízes. Mas é possível a abertura de um novo front judiciário romano a respeito do "bunga-bunga".
Com informações de O Globo
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