Contratado no final de agosto para turbinar a campanha de José Serra na internet, o americano de ascendência indiana Ravi Singh, da empresa ElectionMall, voltou para os EUA sem ter o contrato renovado.
A coordenadora da campanha tucana na internet, Soninha Francine, argumenta que o trabalho dele "foi concluído conforme o combinado". A versão, porém, não contempla o pandemônio causado pela contratação do "guru" nas hostes serristas.
Singh foi bombardeado por todo lado -de interneteiros preteridos ao setor de marketing, passando pelo núcleo político.
Um profissional que trabalhou com o indo-americano relata que ele era truculento e costumava rejeitar sugestões afirmando: "Vocês não estão aqui para ter ideia, quem tem ideia sou eu".
As críticas mais frequentes foram às mudanças implantadas pelo consultor na página de Serra na internet, de saída, o "guru" priorizou um burocrático cadastramento de eleitores pelo site.
"Ele não tem sentido de rede, tem sentido de spam", criticou um colaborados, referindo-se aos e-mails que depois inundaram a caixa postal dos cadastrados.
Outra criação tida como infeliz foi adotar um novo slogan para a página oficial, "É a Hora da Virada", em vez de "O Brasil Pode Mais" usado na propaganda serrista.
Soninha, que atua em conjunto com a empresa DDBR, que contratou Singh, diz ter "adorado" trabalhar com o consultor. "O site é hoje muito mais interativo, colaborativo, 2.0", afirmou.
Entre os tucanos, ninguém assume a paternidade da ideia de trazer Singh. Uma versão diz que o primeiro contato com ele foi feito por Arnon de Mello, filho do ex-presidente Fernando Collor e sócio da Loops, uma das fornecedoras de serviços de internet da campanha.
Outra atribui a ideia à filha de Serra, Verônica.Ninguém, nem críticos nem entusiastas, quis revelar quanto custou a aventura.
Com informações de Fabio Victor FSP
Nenhum comentário:
Postar um comentário