sábado, 22 de maio de 2010

Candidatura de Netinho de Paula leva a periferia e a juventude dos movimentos ao lado de Mercadante


“Este é um momento especial para mim porque sei que os manos de todo Brasil estão aqui representados. Sei que eles se orgulham por poder ter um negro com a minha origem disputando uma vaga ao Senado”, disse Netinho de Paula.

Renovação, juventude, periferia. Estas foram as palavras mais ouvidas na tarde desta sexta-feira, 21, durante o lançamento da candidatura do vereador Netinho de Paula, do PCdoB, ao Senado, em dobradinha com Marta Suplicy.

O evento – que lotou o auditório de um hotel do centro da capital paulista – marcou também o apoio do PCdoB ao pré-candidato ao governo estadual, Aloízio Mercadante.

Após lembrar o papel do histórico dirigente comunista João Amazonas na chegada de Lula ao poder, o senador Aloízio Mercadante disse que Netinho “tem papel histórico extraordinário” no processo de mudanças em São Paulo.

“O governo que aí está, depois de tantos anos no poder, não foi capaz de resolver a questão do transporte público que hoje é um dos piores problemas da cidade”, enfatizou, indicando que uma de suas bandeiras será a ampliação da rede metroviária e ferroviária.

No quesito educação, o petista defendeu a escola em tempo integral e atacou os tucanos: “temos também de valorizar os professores e não tratar com cacetete quem trabalha com giz”.

Com relação a Netinho, disse que ele será um “mano senador” e que “sua história mostra, assim como a do presidente Lula, que é possível vencer”.

Mercadante completou ainda dizendo: “se temos de vencer um grupo que há 27 anos governa São Paulo, o desafio de Netinho é ainda maior porque consiste em vencer os problemas e o preconceito que há séculos os negros sofrem”.

Para Mercadante, a hipótese de Netinho vencer para o Senado representa “o enfrentamento dessa direita preconceituosa que nunca admitiu haver discriminação no país”.

A candidatura de Netinho de Paula ao Senado com a chapa de Mercadante não representa somente uma coligação partidária, representa a participação na campanha da periferia, dos movimentos culturais de jovens, das entidades em defesa igualdade racial, que nem sempre são lembrados e quase sempre esquecidos.

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