A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se destacou no governo Lula a frente da pasta com muita projeção internacional e preocupação com projetos e regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade, tem uma admirada história de vida.
Aos 15 anos foi levada para a capital, com uma hepatite confundida com malária. Teve a proteção do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das irmãs Servas de Maria. Queria ser freira. Analfabeta, foi matriculada no Mobral - o ambicioso projeto de alfabetização do regime militar. Seu primeiro emprego foi de empregada doméstica. Como poderia ser qualquer outro.
Marina acabou por ter contato com obras marxistas quando entrou na universidade. Ali, entrou para o Partido Revolucionário Comunista (PRC), que se abrigava no Partido dos Trabalhadores. Formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, porém não foi eleita.
Em 1988, foi a vereadora mais votada do município de Rio Branco, conquistando a única vaga da esquerda na Câmara Municipal. Como vereadora, causou polêmica por combater os privilégios dos vereadores e devolver benefícios financeiros que os demais vereadores também recebiam. Com isso passou a ter muitos adversários políticos, mas a admiração popular também cresceu.
Pode-se dizer que se tornou uma das principais vozes da Amazônia. Hoje Marina Silva está do outro lado da sua história de vida admirada por todos nós, ao lado de políticos e de representantes da elite branca que a chamavam logo após assumir o Ministério do Meio Ambiente, de "Empregadinha do Lula".
O seu companheiro de partido no Rio de Janeiro e provável candidato a governador, Fernando Gabeira, provocou uma saia justa, ao declarar, "Faz parte de um acordo meu com Serra. O PSDB me apóia aqui no Rio, e eu apoio a candidatura da Marina. Caso haja um segundo turno, eu o apoio, mesmo que seja contra a Marina".
A chapa ao governo do Rio foi confirmada ontem, em aliança com PSDB, DEM e PPS. O ex-deputado tucano Márcio Fortes, tesoureiro de Serra na eleição de 2002, deve ser o vice. O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) tentará ao Senado. Marina e o DEM não consigo enxergar.
De repente uma maxista de formação é recebida de braços abertos por César Maia pai de Rodrigo Maia presidente do "Demos", desse jeito Marina vai acabar abraçando o capeta.
A vocação de Marina Silva pela adoração à Amozônia talvez tenha a inspirado tentar a fortalecer a candidatura de Serra, que está meio queimada, devastada e sem palanque no Rio de Janeiro como em outros estados.
CELSO
ResponderExcluirMuito bom seu artigo, limita-se a constatações que nos constrangem.
Que diabo de mosquito terá picado essa Marina ?