Os cerca de 1,5 milhões de árabes israelenses são descendentes dos 160.000 palestinos que permaneceram no país depois da criação do Estado judeu. Cerca de 760.000 palestinos foram forçados ao exílio.
A sorte destes refugiados e de seus descendentes, que representam no total quase 4,5 milhões de pessoas, é um dos temas mais sensíveis do conflito israelense-palestino. Israel se recusa a deixar que esses refugiados voltem para seu território.
Os palestinos ainda se lembram da noite em que as forças israelenses invadiram a aldeia, que tinha cerca de 5.000 habitantes em 15 de maio de 1948. A maioria das casas foi arrasada pelos soldados israelenses. "Até daqui a um milhão de anos, estaremos pedindo o direito ao retorno dos refugiados na Palestina".
Afirmou, um estudante de 21 anos, segurando uma imensa bandeira com uma foto de Che Guevara, que considera como "um símbolo de vitória". Para marcar seu compromisso com uma terra da qual seus refugiados foram expulsos por Israel, os palestinos inauguraram na Cisjordânia um "campo do retorno".
O campo abriga uma exposição de fotos e documentos relatando a "Nakba" (a catástrofe em árabe) que representou para os palestinos a criação de Israel, em 1948. Em Belém, no sul da Cisjordânia, centenas de palestinos desfilaram em volta de um caminhão que transportava uma gigantesca chave metálica.
A chave, de 10 toneladas, simbolizava o compromisso de cada refugiado com a casa que foi obrigado a abandonar em 1948. Com cerca de 10 metros, a chave foi especialmente fabricada por uma associação de jovens refugiados para a comemoração do 62º aniversário da Nakba.
Muitos ainda guardam a chave de suas residências antes de "Nakba", como símbolo da esperança de um dia poder voltar para ao antigo lar, mesmo sabendo que as casas onde moravam não existem mais.
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