Nesta campanha eleitoral as manifestações de cada candidatura das coligações em disputa pela preferência do eleitorado apresentam temas e controversias sob grande temperatura, mas o candidato José Serra tem se destacado com uma série de inverdades ao proclamar como sendo de sua autoria projetos e ações que foram de outros idealizadores.
A cada semana de uma nova declaração de José Serra segue-se outra desmentido o que assumiu, muitos provados pelos próprios autores e tiveram seus direitos autorais surrupiados por Serra, e ainda as próprias declarações do tucano assumindo que foi um engano ou interpretação equivocada de suas palavras.
Fatos esses que se tornaram uma constante desde seu governo em São Paulo e suas frases contestadas pelas categorias envolvidas, para elencar algumas delas mostramos a seguir as mais comentadas, e a verdade dos fatos na sequência
Serra mente: "Sempre votei a favor dos direitos dos trabalhadores"A verdade: Por sua performance na votação da Carta Magna, Constituinte de 1988, Serra recebeu uma nota negativa (3,7, numa escala de zero a 10) do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ele não votou a favor da redução da jornada para 44 horas semanais, não votou pela garantia de aumento real para o salário mínimo, não apoiou o direito de greve e voltou as costas à classe trabalhadora em vários outros temas, conforme esclarece o minucioso manifesto das centrais sindicais.
Serra mente: "Eu criei o FAT - Fundo de Assistência aos Trabalhadores"
A verdade: Cinco das seis centrais sindicais que representam 94% de todas as categorias de trabalhadores, lançam o manifesto: “Serra: impostura e golpe contra os trabalhadores”. Documento contesta declarações de que Serra criou o FAT e tirou do papel o seguro-desemprego, e acrescenta: "Não fez nenhuma coisa e nem outra" .
O deputado Jorge Uequed, PMDB/RS, foi quem apresentou o projeto um ano antes que Serra, e o deputado Jorge Uequed conforme consta nos anais da Câmara dos Deputados é o verdadeiro autor do Fundo de Assistência ao Trabalhador.
Serra mente: "Eu que inventei o programa dos Genéricos"
A verdade: O próprio Serra desmentiu a autoria, e disse; "Não fui eu quem inventei genérico. Os genéricos, já existiam. Eu nem sabia quando eu assumi o Ministério da Saúde, afirmou. Além de negar a paternidade dos genéricos, Serra disse que também NÃO implementou no Ministério da Saúde o programa de combate à AIDS.
Como se sabe Serra diz que fez os genéricos e quem fez foi o então ministro da Saúde Jamil Haddad, no governo do presidente Itamar Franco (1992 -1994).
Serra mente: "Eu que implantei o Programa de AIDS no país"
A verdade: Em 1983 é implantado no Estado de São Paulo o primeiro programa de controle da Aids no Brasil. O seu coordenador era o dermatologista Paulo Roberto Teixeira Leite. Na sequência, é criado o programa no Estado do Rio de Janeiro. Começa também a organização do Programa de Aids do Ministério da Saúde.
No ano seguinte, 1984, o Programa de Aids do Ministério da Saúde surge no âmbito da Divisão de Dermatologia Sanitária, que tinha como chefe a dermatologista Maria Leide de Santana. José Sarney era o presidente da República e Carlos Santana, ministro da Saúde. Nessa época, chegam ao programa Lair Guerra de Macedo Rodrigues (bióloga), Pedro Chequer (médico epidemiologista e sanitarista), Euclides Castilho (médico epidemiologista), Luís Loures (clínico geral), Celso Ferreira Ramos-Filho (infectologista), entre outros.
Serra mente: "Não pode ter dinheiro público para os movimentos sociais"
A verdade: Em uma CPMI criada como dispositivo de criminalização dos movimentos sociais e contra avanços na Reforma Agrária, durante oito meses foram feitos todos os esclarecimentos ao Congresso Nacional em relação à denúncias, com base em jornais e revistas contra a Reforma Agrária.
A verdade: Em uma CPMI criada como dispositivo de criminalização dos movimentos sociais e contra avanços na Reforma Agrária, durante oito meses foram feitos todos os esclarecimentos ao Congresso Nacional em relação à denúncias, com base em jornais e revistas contra a Reforma Agrária.
Nesse período, as entidades sociais provaram que os objetos dos convênios foram cumpridos, o trabalho realizado melhora a qualidade de vida dos trabalhadores rurais e não houve desvio de recursos públicos, de acordo com o relatório final da CPMI.
Após a conclusão da CPI dirigente de movimento social declarou que José Serra representa os interesses do latifúndio improdutivo, do agronegócio e das empresas transnacionais que não resolvem o problema das famílias sem terra e não garantem o abastecimento de alimentos saudáveis para a população brasileira.
Serra mente: "Os professores temporários irão melhorar o ensino"A verdade: Descaso de Serra com a educação leva professores à greve “O sindicato dos professores apresentou toda discordância em relação ao PL 19/2009, que propõe contratar ACTs por tempo determinado de 200 dias e deixou claro que a precariedade para novos temporários é inaceitável, indo na contramão de qualquer discurso de melhoria da qualidade da educação”.
Serra mente: "Não foi por falta de diálogo que aconteceu o confronto"
A verdade: O diretor do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal, Luciano Marinho de Moraes, iniciou ontem contatos com sindicatos de Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Ele afirmou que passará ainda hoje nos gabinetes de deputados e senadores para apresentar moção de repúdio ao atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, e ao governo de José Serra.
Serra mente: "A situação na Polícia de São Paulo está normal" A verdade: O diretor do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal, Luciano Marinho de Moraes, iniciou ontem contatos com sindicatos de Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Ele afirmou que passará ainda hoje nos gabinetes de deputados e senadores para apresentar moção de repúdio ao atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, e ao governo de José Serra.
A verdade: Sindicatos de diferentes Estados do País paralisam suas atividades por duas horas, em apoio aos grevistas e repúdio à maneira que eles classificam como "desrespeitosa" com que o governo paulista tem tratado os policiais. A decisão foi motivada pelo confronto entre policiais militares e civis, na frente do Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira.
Serra mente: "As OSs não prejudicam os atendimento aos usuarios do SUS"
A verdade: Desde 1998, com a edição/promulgação de um projeto de lei pelo então presidente FHC, as Organizações Sociais (OSs) passaram a gerir uma série de instituições hospitalares Brasil afora, mas encontraram no Estado de São Paulo seu porto pacífico.
A partir de então, os hospitais e serviços de saúde, que vinham sendo administrados diretamente pelas autarquias municipais e estaduais tiveram seu gerenciamento progressivamente terceirizado, privatizado – sempre pelas mesmas (e poucas) empresas (OSs), e sempre sem licitação.
O esquema, de contratos milionários, envolve aquilo que FHC e Serra fizeram enquanto foram gestores federais: sucateamento e pauperização crescentes das estruturas públicas, principalmente as hospitalares e educacionais, e desvalorização de seus funcionários, para que o argumento privatizador pudesse encontrar respaldo junto à população em geral.
O secretário de saúde de SP, Paulo Roberto Barradas disse: "O InCor e o Hospital das Clínicas tem fila dupla, a dos pacientes particulares anda rápida, já a dos usuários do SUS é muito lenta".
Serra mente: "A paralisação de transporte é política? "
O secretário de saúde de SP, Paulo Roberto Barradas disse: "O InCor e o Hospital das Clínicas tem fila dupla, a dos pacientes particulares anda rápida, já a dos usuários do SUS é muito lenta".
Serra mente: "A paralisação de transporte é política? "
A verdade: O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, ao longo de seus 73 anos de existência tem participado ativamente das lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores em transportes e de todas as mobilizações da classe trabalhadora para manter as conquistas que custou milhares de vida em defesa de uma sociedade mais justa.
As declarações do Governador de São Paulo, José Serra, mostra claramente de que lado está o governo paulista, que se tornou um dos maiores tercerizadores da mão-de-obra dos trabalhadores nas empresas públicas, onde incluímos o Metrô e a EMTU, com a contratação de mão-de-obra através de empresas de pessoas jurídicas, como já tinha acontecido no transporte público de passageiros na cidade de São Paulo durante seu curto mandato como prefeito e que tem continuidade com seu sucessor Gilberto Kassab.
Serra mente: "Assino comprometendo-me a cumprir 4 anos na prefeitura"
A verdade: José Serra formaliza sua renúncia ao cargo de prefeito da maior cidade do País exatamente um ano e três meses depois de ter assumido o posto e assinado um documento em frente as câmeras de televisão atestando o compromisso de ficar o mandato de prefeito por quatro anos, ao anunciar a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Serra marcou para o período da tarde uma reunião com seu secretariado, na qual anunciará à equipe que o vice Gilberto Kassab (DEM) passa a ser o novo prefeito da capital paulista.
Serra mente: "Isso [as privatizações] é usado mais como terrorismo eleitoral"
A verdade: O ex-presidente Fernando Henrique em declaração a imprensa diz;"Quem mais queria privatizar as estatais durante o seu governo não era ele, mas sim o governador de São Paulo, José Serra (PSDB): “O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale”, afirmou Fernando Henrique. E ainda acrescentou; "FHC lembrou ainda que José Serra brigou, também, pela entrega da Light. “A Light também foi o Serra”.
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