O governador Alckmin culpa a chuva pelas enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, mas esquece que os tucanos são negligentes na realização de obras para prevenção e redução dos alagamentos ao aplicarem recursos ínfimos.
Para se ter ideia, conforme Plano de Microdrenagem do Alto Tietê, de 1998, para São Paulo se livrar dos alagamentos seriam necessários mais 91 piscinões a um custo de R$ 3,6 bilhões. Entre 2007 e 2010 (gestão Serra) os recursos aplicados para todas as ações no programa de infraestrutura hídrica de saneamento e combate às enchentes foi de apenas R$ 615 milhões, ou seja, praticamente seis vezes menos do que seria necessário apenas para a construção dos reservatórios.
Além disso, especificamente para a implantação de piscinões, neste mesmo período, foram investidos apenas R$ 134 milhões – foram previstos a construção de 13 piscinões e entregues de fato apenas 6
A continuar neste “ritmo de tartaruga”, o governo do Estado vai precisar de 60 anos para construir os 91 reservatórios que faltam em toda a Região Metropolitana.
Verbas cortadas
Ainda no período de 2007 a 2010, houve corte de R$ 20 milhões para serviços e obras na Bacia do Alto Tietê e não foi investido um centavo sequer em estudos de macrodrenagem, apesar de nos orçamentos destes anos estarem previstos recursos que totalizavam R$ 44 milhões para este fim. Os dados são do SIGEO – Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária do Governo do Estado.
Para agravar ainda mais a situação, na última semana, o governo do Estado interrompeu a licitação de mais um piscinão – Jaboticabal - previsto para ser construído em área historicamente afetada por enchentes, como a Avenida Guido Aliberti, em São Caetano, e o Km 13 da Via Anchieta, em São Bernardo. O reservatório é reconhecido como o maior instrumento para conter enchentes no Grande ABC e em parte da Capital, o que beneficiaria cerca de meio milhão de pessoas.
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