Hospital Municipal de SP: Pacientes ficam até quatro dias em macas no chão
Macas espalhadas pelos corredores, pacientes colocados sobre cadeiras ou poltronas reclináveis e falta de separação entre homens e mulheres, adolescentes e adultos foram encontrados ontem no Hospital Doutor Alexandre Zaio, na Vila Nhocuné (zona leste de SP).
A reportagem do Agora flagrou a situação crítica em que se encontra a unidade e a revolta dos pacientes no local, que é administrado pela Secretaria Municipal da Saúde.
Por falta de leito, pacientes ficam até quatro dias "internados" nos corredores sem previsão de conseguir um lugar com privacidade e conforto. Promessa de ampliação da unidade, feita em maio do ano passado, ainda não foi cumprida.
Por falta de leito, pacientes ficam até quatro dias "internados" nos corredores sem previsão de conseguir um lugar com privacidade e conforto. Promessa de ampliação da unidade, feita em maio do ano passado, ainda não foi cumprida.
No setor de medicação, a reportagem encontrou pelo menos dez pessoas espalhadas pelo corredor, incluindo um paciente jogado em maca rente ao chão. Idosas e homens adultos dividem o mesmo espaço. Bastante alterado, um dos homens "internados" no corredor chegou a gritar contra o que considerava falta de atenção por parte dos funcionários, que se dividem em múltiplas tarefas com os pacientes.
O espaço destinado apenas à medicação conta até mesmo com paciente que sofreu AVC (acidente vascular cerebral). É o caso de uma aposentada de 66 anos. Um adolescente de 15 anos que sofreu acidente de moto também aguardava o atendimento em uma poltrona reclinada, que o deixava com um buraco sob as pernas.
Com o Agora
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