O enredo nada tem a ver com as belezas naturais de nenhuma parte do Brasil. Não há passistas, musas, rainhas de bateria em minúsculas fantasias ou destaques individuais.
Todos desfilam iguais na Unidos da Lona Preta, a escola de samba do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Todos desfilam iguais na Unidos da Lona Preta, a escola de samba do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
O nome é referência aos abrigos montados nos acampamentos dos sem-terra. O enredo fala sobre a produção alimentar e o pavilhão é, claro, a bandeira do movimento. O "sambódromo"? Cerca de 1 km nas ruas em volta da Comuna Urbana Dom Helder Câmara, na periferia de Jandira, na Grande São Paulo.
Na sexta-feira (4), os cerca de 90 integrantes da agremiação desfilaram mesmo de baixo de chuva.
Ali vivem 128 famílias ligadas ao MST, que pelo sexto ano consecutivo assistiram os integrantes do Lona Preta levar para a "avenida", o "samba-luta".
"Temos uma visão de mundo e transmitimos isso por meio do samba", diz Tiaraju Pablo, 30, coordenador da Lona Preta.
Gabo Morales/Folhapress
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