Professores que ingressaram na rede estadual de ensino por meio do último concurso público afirmam que seus salários estão atrasados porque seus dados não foram cadastrados no sistema.
Segundo os docentes, o pagamento referente ao mês de fevereiro não será realizado porque eles não estão inscritos na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), empresa de tecnologia da informação do governo paulista.
Os docentes que nunca trabalharam no Estado – nem como temporários – dizem ser os principais prejudicados. “Eu nunca dei aula na rede, então não tenho cadastro prévio, de outro contrato”, relata o professor B. L., de 31 anos, que leciona sociologia em uma escola da rede. “A minha inserção de cadastro na Prodesp foi negada porque o sistema não localizou dados como RG e CPF nem para a atribuição de aula.”
A nomeação dos docentes ocorreu em 8 de janeiro. Os professores entraram em exercício um mês depois, em 8 de fevereiro, e as aulas começaram dois dias depois. “Nesse período, é impossível que não tenham conseguido processar os dados. Quando pedi informações à escola, disseram que o site estava congestionado”, afirma B., que é pai de duas crianças pequenas. “Estou vivendo de empréstimos, pegando dinheiro emprestado com familiares.”
A principal reclamação dos docentes ouvidos pela reportagem é a falta de informações referentes à solução do problema. Também dizem que terão um maior desconto no Imposto de Renda na fonte porque, como os salários de fevereiro e março serão pagos juntos, eles trocarão de faixa do IR.
Não há um número fechado de quantos professores estariam nessa situação, mas a pasta estima que seriam “pouquíssimos casos” e afirma que, a partir de 30 de março, as escolas conseguem acessar os cadastros negados para, no início do mês seguinte, reabrir para regularização. O prazo está aberto e os professores que estiverem com problemas devem procurar a secretaria da sua respectiva escola. Após a regularização, os salários serão pagos de forma retroativa.
Com JT
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