Britânica é condenada por escravizar mulher africana, confinada em um quarto só recebia informação pela TV, e pior em idioma que não conhecia
Uma ex-diretora de hospital foi condenada pela Justiça britânica a pagar 25 mil libras (cerca de R$ 67 mil) a uma africana que mantinha como escrava em sua casa, em Londres.
Mwanahamisi Mruke, 47 anos, se mudou da Tanzânia para a Grã-Bretanha em 2006, onde foi obrigada a trabalhar por 18 horas por dia para Saeeda Khan, 68 anos, em sua casa em Harrow, no noroeste londrino.
Mruke foi levada ao Reino Unido depois de conseguir um emprego em um hospital na cidade de Dar Es Salaam, na Tanzânia, que era de propriedade de Khan.
A mulher foi informada que trabalharia seis horas por dia em Londres e que sua filha na Tanzânia receberia 120 mil xelins tanzanianos (cerca de R$ 135) por mês, para ajudar em seus estudos universitários.
No entanto, Mruke teve seu passaporte retido e foi proibida de sair de casa. Além disto, ela nunca conseguiu aprender inglês, porque a família de Khan via somente TV paquistanesa, e recebia apenas duas fatias de pão por dia, cuidava da casa e do jardim.
Os jurados do caso foram informados que a africana dormia em um colchão no chão da cozinha, e que recebia ordens por meio de um sino que sua patroa tinha no quarto.
Mruke disse, durante o processo, que era impossível perdoar a sua ex-patroa pelos quatro anos que passou como escrava. "Eu me senti uma boba, eu fui tratada como uma escrava", afirmou.
Com BBC de Londres
Nenhum comentário:
Postar um comentário